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Todas as semanas, quando o Jornal O Florense chega ao distrito de Otávio Rocha, a aposentada Zaidinha Muterle Zilli, 72 anos, vai buscar seu exemplar. Após a leitura da família, comentários e reflexões sobre as matérias, o exemplar é cuidadosamente armazenado com outras edições. A coleção quase completa iniciou com a paixão do esposo João Batista Zilli, falecido, mas que foi o precursor desde a primeira edição, em 1986. “Ele dizia que era nossa história documentada e que deveria ser guardada”, conta Zaidinha.

João Batista era colecionador de objetos antigos, livros e revistas históricas, selos, moedas e outros tantos artigos que por ele eram rigorosamente armazenados. O zelo em manter a história preservada veio ainda do pai dele, Francisco Zilli, que sempre manteve viva a coleção de raridades que deixou aos cuidados da família. Zaidinha teve a ajuda das filhas, Vanessa e Gabriela, para organizar o arquivo e também da filha Giovana, que mora em Londres, mas sempre apoiou a iniciativa. Por sinal, as três filhas já trabalharam por algum período no Jornal O Florense, Giovana como jornalista, Vanessa no administrativo e Gabriela fez alguns trabalhos como freelancer. O pai delas, João Batista, também foi agente e colunista do jornal. “A nossa ligação com O Florense é desde sempre. Por isso, guardamos cada exemplar com muito carinho, pois é a nossa história nas páginas”, frisa Zaidinha.

A coleção, organizada por anos e por número da edição, facilita a procura de algum exemplar quando necessário. “Quando abrimos os arquivos ficamos horas conversando e vendo os jornais, é maravilhoso”, conta. Apesar de exigir tempo e dedicação, Zaidinha pretende dar continuidade à coleção até que tiver espaço e disposição. “Não pretendo parar, agora aguardaremos a edição 2.000”, vislumbra a aposentada.