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Um passo para o crescimento econômico de Flores da Cunha

Centro Empresarial cumpriu seu ideal de fundação e expandiu horizontes

Quando o Centro Empresarial foi fundado, no ano de 1990, a cidade de Flores da Cunha tinha 204 empresas vinícolas, 173 de gênero alimentício, 84 moveleiras e 74 comércios de vestuário. De acordo com o Perfil Socioeconômico de 2020, passados 30 anos desde sua fundação, a cidade conta com 125 empresas vinícolas, 270 de gênero alimentício (sendo 37 indústrias de alimentos e 233 comércios de alimentação e bebidas), 99 moveleiras e 111 comércios de vestuário. O valor adicionado bruto do PIB em 2017 era de R$ 502.922,24. Já em 1991, ficava no patamar de Cr$ 18.092.014,250.
Os números não demonstram um grande crescimento. Entretanto, as atividades empresariais foram se diversificando, com iniciativas na área da mecânica e metalurgia, autopeças, têxtil, confecções, plástico, indústria química, embalagens e outras, além das já tradicionais empresas do setor moveleiro e vitivinícola. Mas ao longo das três décadas, como o Centro Empresarial é percebido na história de nosso município? Sua fundação e atuação tem importância? Quais foram suas contribuições? Essa trajetória foi acompanhada pelo Jornal O Florense.

O início

O Centro Empresarial foi pensado na gestão do ex-prefeito Alberto Walter de Oliveira para, aos poucos, organizar as empresas do município e fazer com que elas participassem de eventos e das principais decisões na cidade. “Coube ao Carlos Raimundo Paviani, que na época era secretário de Turismo e Cultura, planejar e organizar a criação do Centro, junto comigo e com o primeiro presidente da entidade, Moacir Guarese”, relata Oliveira, que complementa: “A criação e a fundação do Centro foi planejada de maneira muito segura por todos os empresários. Nós nunca demos um passo muito grande”. 
Alberto, que também foi presidente da entidade de 1998 a 2001, revela que na época de sua gestão “os empresários começaram a enxergar melhor o Centro Empresarial como entidade que ajudaria no planejamento financeiro das empresas, na gestão da qualidade e atendimento do mercado, bem com a se relacionar com outras entidades”.
O ex-prefeito garante que cada gestão do CE teve uma luta. Na sua, a questão da energia elétrica foi de extrema importância. “Com a força da entidade, conseguimos que a RGE assumisse o compromisso de instalar uma subestação em Flores da Cunha. Essa foi uma conquista que a gente conduziu ali no Centro Empresarial, junto com nossos colegas, que considero muito importante para o desenvolvimento da cidade”. Oliveira também relembra um avanço na área da saúde, que promoveu a abertura do mercado e o atendimento de diversos planos junto ao Hospital. 
As bandeiras levantadas pelo Centro Empresarial vão muito do interesse das empresas instaladas no município, mas com pensamento em toda a comunidade. E isso é notório na gestão atual. “Ao longo desses 30 anos, o Centro Empresarial pode se reinventar de tempos em tempos, por um belíssimo trabalho que todas as administrações antes da nossa fizeram, acompanhando as tendências de mercado, as necessidades que ele nos mostrava. Da mesma forma, o Centro Empresarial está passando por uma etapa de reinvenção, nós estamos olhando pra dentro, estamos olhando pra fora, estamos entendendo como nós podemos ser mais assertivos pros nossos associados”, revela o atual presidente do CE, Alessandro Cavagnolli.

Uma entidade parceira da comunidade

Desde seu lançamento, a entidade procurou pontos fracos nas indústrias para poder auxiliar e, de alguma maneira, dar um retorno a quem estava pagando a mensalidade. “O que eu vi desde o início, é que existia uma deficiência muito forte em trazer palestras e propiciar o conhecimento com cursos. Então, logo começamos a trazer cursos e aperfeiçoamento para Flores da Cunha”, conta o primeiro presidente da entidade, Moacir Guarese. “Com o tempo, a gente foi encaixando as necessidades e os presidentes que sucederam deram sequência a isso e foi muito importante, tanto que a entidade tem hoje um foco bem forte em cima do conhecimento”, avalia. Guarese ainda relata que a entidade está cumprindo sua função, idealizada no seu lançamento. “Temos dois vieses importantes: a formação, que está sendo continuada e incrementada, agora com a construção da Escola do Senai, e também a aglutinação das empresas, fazendo com  que a entidade se tornasse bastante representativa, que passasse a ter força em suas reivindicações. Quando eu digo em suas reivindicações, não é para atender somente o empresariado, mas atender o município como um todo, quer seja para a cidade, quer seja na situação de obra de auxilio às administrações municipais, porque, em seguida, a prefeitura passou a convidar a entidade a participar dos conselhos municipais, onde hoje temos representatividade. Vamos lá ver de fato o que é o assunto, opinar, trazer de volta, discutir, voltar lá. Então eu acho que isso tem contribuído também com as administrações municipais no sentido de tomada de decisão do poder público, ser mais assertivo, contribuir”, enfatiza Guarese.
“Um dos grandes desafios do Centro Empresarial é permanecer importante, mostrar pro empresariado porque ele é relevante, porque é importante participar, se doar, estar junto no associativismo”, incrementa Alessandro Cavagnolli, que enfatiza: “Não só na minha presidência, mas ao longo desses 30 anos, a preocupação de todos presidentes e de todas as gestões realmente foi poder capacitar cada vez mais o ambiente empresarial de Flores da Cunha e Nova Pádua”. 

Qualificação

Conforme os presidentes, a entidade é totalmente apartidária, trabalha para o empresariado como um todo, independente da bandeira. Um dos objetivos atuais do Centro Empresarial é ter uma mão de obra cada vez mais qualificada no município. “Queremos atrair talentos pra cá, queremos atrair investimentos, empresas a Flores da Cunha. Juntamente com o poder público, outras iniciativas estão sendo feitas, mas nós não podemos captar novos investimentos ou mesmo ampliar os nossos investimentos se a gente não tiver capital humano pra isso. Nós temos que ter mão de obra qualificada, pensante, temos que ter todo esse capital humano que hoje Flores da Cunha perde pra Caxias. Perde no sentido de que nossos jovens saem daqui para fazer um curso em Caxias e depois são absorvidos pelas empresas de lá. Mesma coisa em Bento, em Farroupilha. Nós queremos mudar essa balança, queremos que o nosso talento humano fique aqui e, ainda mais, queremos poder captar talentos de fora para que a gente possa ter um crescimento sustentável dos nossos empreendimentos”, relata Alessandro, lembrando que “quanto mais diversificação na nossa cadeia econômica nós tivermos, mais estabilidade isso nos dará nos próximos anos”. 
Com olhos no futuro, a entidade pretende continuar apoiando o progresso econômico e social de Flores da Cunha do mesmo modo que fez nas últimas três décadas, procurando qualificar seu capital humano e diversificar sua matriz econômica. Sem o Centro Empresarial, esse caminho seria ainda mais longo para o município, pois a entidade foi um dos principais motivos para que Flores chegasse tão longe em seu desenvolvimento.

Algumas atuações do Centro Empresarial

- Criação da Feira de Inverno
- Construção da Escola Senai
- Instalação da Escola de Gastronomia
- Instalação Subestação RGE
- Desenvolvimento de estratégias para o desenvolvimento do turismo
- Integração regional com entidades parceiras
- Planejamento Estratégico do Consepro
- Construção da sede do Corpo de Bombeiros

                                              

 

                                                                       

 - Divulgação
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