Um dia para dedicar aos pais
Jonas Feltrin Rigotto e Antonio Marcos Xavier comemoram neste domingo, junto a todos os pais, uma data especial
Todo segundo domingo do mês de agosto eles são homenageados. O Dia dos Pais é uma das mais importantes comemorações familiares do ano, que será neste domingo, dia 12. Todas as histórias detêm particularidades e, neste ano, o Jornal O Florense conta a história de dois pais em diferentes momentos. Enquanto Jonas Feltrin Rigotto aguarda ansioso a chegada do primeiro filho, em um misto de expectativas e incertezas, o pai de dois adolescentes Antonio Marcos Xavier fala sobre as responsabilidades e as influências que um pai presente exerce sob a personalidade dos filhos.
A transformação que a chegada dos filhos faz na vida das mães é tão grande quanto a que faz na vida dos pais, porém, em momentos e medidas diferentes. O Dia dos Pais é um dia para abraçar, lembrar de histórias e estar perto do homem que muito se transformou para ser o que é: o nosso pai.
Corações ansiosos
Realizados e muito felizes, o comerciante Jonas Feltrin Rigotto, 37 anos, e a jornalista Ana Carolina Sirtori, 31 anos, passarão o Dia dos Pais deste ano já com ares de comemoração. Eles aguardam a chegada do primeiro filho, o Joaquim, que nasce no mês de outubro. Talvez o sentimento materno aflore com mais facilidade devido às mudanças físicas que a mãe percebe desde o momento da descoberta da gestação, mas segundo o pai do Joaquim, o sentimento vai despertando aos poucos, e fica a cada dia mais intenso. “Acho que a ficha só vai cair mesmo quando chegar a hora do nascimento e eu poder pegar meu filho no colo. Por enquanto, ainda estou tranquilo”, assume Jonas.
O casal conta que vem sendo um período de muita preparação para a chegada do pequeno Joaquim. Jonas já antevê que terá de mudar alguns hábitos, como dormir mais cedo e buscar mais tempo livre, como sair para pedalar aos finais de semana. “Quero ser um pai participativo, e sei que esse papel envolve muitas responsabilidades, mas estamos prontos para essa mudança nas nossas vidas”, acredita Jonas. Ana já adianta que ele será um pai maravilhoso, pois sempre se envolveu em todos os passos. “Sonhamos juntos, montamos o quartinho, organizamos o chá de fraldas, e somos muito parceiros. Também vou aprender a deixar ele assumir algumas tarefas, como dar banho, trocar fraldas e tudo mais”, conta Ana.
Os olhares trocados entre o casal transbordam realização e superação, inclusive pelo fato de já terem perdido duas gestações. “É sempre complicado porque se geram muitas expectativas, mas temos certeza que isso nos fortaleceu como pessoas, como casal e como pais”, valoriza Ana. Por isso, também deu-se a escolha do nome Joaquim, que significa ‘Deus quis assim’. Para Jonas, o momento mais emocionante, sem dúvida, foi o dia em que ouviram o coraçãozinho do bebê bater pela primeira vez. “Devido a tudo o que já tinha acontecido, ficamos receosos até não escutar o coração dele batendo. Mas talvez por isso mesmo demos ainda mais valor a cada etapa e a cada conquista”, enfatiza o casal.
Para Ana e Jonas, ter uma família sempre foi um sonho e, inspirados nos casamentos duradouros dos próprios pais, eles esperam passar boas referências ao pequeno Joaquim, que logo mais chega ao mundo, com muito amor esperando por ele.
Os prazeres e os desafios
Mesmo já sendo pai de dois adolescentes, o cirurgião dentista Antonio Marcos Xavier, pai do Anthony, 12 anos, e do Marco, 15 anos, concorda que o pai sente a chegada de um filho diferente da mãe. Apesar de acompanhar os processos de gestação, acariciar a barriga e pensar em como conviver com a criança, para o pai a emoção só é descarregada no momento do parto, onde realmente percebe que chegou a hora de assumir seu papel. “Enquanto as mulheres estabelecem um vínculo maior durante a gestação, o homem cria ou fortalece esse vínculo no momento do nascimento”, acredita.
Para Xavier, o processo natural de encarar a responsabilidade acontece naturalmente, quando o homem aprende a ser pai, pois até então só sabia ser filho. “Ajudar a dar banho, colocar para dormir, acalmar quando estão chorando e trocar fraldas são as primeiras atividades que os pais se envolvem. Mas conforme a criança cresce, se percebe a confiança que aquelas pessoinhas depositam em você, e vale todo e qualquer esforço”, valoriza o pai.
Conforme os filhos crescem, mudam também as preocupações e as responsabilidades. Junto da esposa Luísa Helena, Xavier enfatiza que o desafio da educação e valores em casa é constante, sempre com o intuito de formar cidadãos e pessoas de bem. “Faz parte dizer mais não do que sim, ensinar respeito pelas pessoas e atenção aos familiares e avós. Tentamos passar valores éticos e morais, sem preconceitos”, acredita o dentista.
Assumir o papel de pai, ou mãe, é desafiador e é onde se entende a transição de ser somente filho para depois ter filhos. Para o dentista, é importante criar uma relação de amizade entre pais e filhos, sem esquecer-se dos limites. “Somos uma família parceira, viajamos muito juntos e procuro curtir cada momento, desde que eles nasceram”, conta.
A prática de esportes foi o que uniu ainda mais pai e filhos, que juntos praticam taekwondo. “Foi algo natural, pois o Anthony, que logo será faixa preta, levou a família para um campeonato e foi onde percebi que seria uma oportunidade de passarmos mais tempo juntos. Aí, eu e o Marco, começamos a praticar e, juntos, treinamos e participamos de campeonatos”, conta Xavier. A filosofia do esporte também une pai e filhos, entre o que pensam e o que podem aprender juntos. “Acho que estamos fazendo o melhor que podemos, pois temos muito orgulho de nossos filhos”, valoriza.
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