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Um caminho novo, mas, de continuidade

Bertinho Piccoli, que atuou por oito anos como diretor do Hospital Fátima, assumiu como presidente da instituição

Desde o dia 1º deste mês o Hospital Beneficente Nossa Senhora de Fátima, de Flores da Cunha, conta com uma nova equipe diretiva, eleita durante Assembleia realizada no dia 26 de março, que divulgou os nomes dos integrantes que passam a fazer parte da instituição na gestão 2022-2025. Bertinho Piccoli assumiu como presidente, ao lado de Daniel Sozo, como vice-presidente. A diretoria é composta por: Ana Celeste Fante Sogari (1ª tesoureira), Luiza Fante (2ª tesoureira), Jaluza Marini (1ª secretária) e Juliana Muraro Rigo (2ª secretária). O conselho fiscal é integrado por: Paulo Roberto Finger, Bruno Debon e Larissa M. Peruzzo. Já os suplentes são: Jakson Antoniazzi, Eduarda Marini, Rosmari Muraro Piccoli e Ismael Bulla. 
O jornal O Florense conversou com Bertinho Piccoli para conhecer um pouco mais sobre o presidente da instituição. Piccoli é natural de Flores da Cunha, tem 58 anos de idade, é representante comercial e possui formação superior em Processos Gerenciais e MBA em Gestão de Negócios. Ele revela sempre ter se identificado com o trabalho do hospital e estar envolvido há anos com a comunidade. 

O Florense: Como começou sua relação com o Hospital Fátima? 
Bertinho Piccoli: Há 65 anos fundaram o Hospital Fátima e eu faço parte disso. A minha mãe é da família Zim, então eu seria um representante da família, conforme os estatutos do hospital. Mas, além de ser descendente dos fundadores, é gratificante levar essa caminhada porque a gente adora fazer isso, adoramos chegar aqui e dar continuidade a esse trabalho, porque mesmo com todas as dificuldades eles construíram esse local, e o legado que nos deixaram é a minha maior motivação.

OF: Há quanto tempo atua no hospital?
Piccoli: Na diretoria estou há oito anos, toda a gestão da Olga e parte da gestão do Bruno, sempre ajudando na parte da construção. A gente se envolveu mais na questão e, claro, fomos auxiliando no funcionamento como um todo. Então esse tempo foi dedicado exclusivamente ao nosso hospital.

OF: O que significa, na prática, a mudança do cargo de diretor para o de presidente? 
Piccoli: Nesse período de oito anos a gente vem com essa questão de adquirir toda a informação, de entender o funcionamento do hospital, e essa troca de diretor para presidente, ela não é muito diferente, até porque nós temos um belo grupo, que sempre foi muito unido e comunicativo, então isso nos facilita. Eu diria até que é meramente uma mudança de cargo, porque toda a linha, a frente, o pensamento, o trabalho, continua igual, e vindo desse período muito longo eu diria que isso nos facilita nessa caminhada que é nova, mas, ao mesmo tempo, contínua. 

OF: Pretende dar sequência ao modelo de gestão adotado nos últimos anos? 
Piccoli: Sim. Nós temos um planejamento estratégico, um guia, mas eu sempre digo que na gestão o importante também é ter a cara da nova presidência, da nova diretoria. Temos um presidente e duas diretoras então é dar essa cara para a gestão, mas claro, seguimos essa agenda e esse planejamento todo e, com certeza, haverá novas vertentes e novos guias para nossas administradoras e para a instituição. Então, claro, seguimos uma agenda, mas dentro da gestão, com certeza, terá pequenas mudanças.

OF: Qual é a expectativa de assumir o comando da instituição no ano em que a pandemia começa a ter certa estabilidade? 
Piccoli: Eu sempre digo que a pandemia, ela não foi para todos um obstáculo, mas ela foi um ensinamento para nós todos, de que às vezes nós somos vulneráveis, que somos fracos, que nós devemos como nunca estarmos juntos. E no hospital não é diferente, porque o hospital é uma empresa, então a pandemia, e agora a pós-pandemia, ela nos ensina muito, que devemos ter a mesma sintonia, a mesma comunicação. Desafios nós temos, sim, os cenários mudam, porque até no Brasil a economia constantemente passa por essas mudanças muito rápidas, então nós também, claro, temos esse cenário na nossa frente, mas a partir dele, buscamos mudanças e melhorias.

OF: Nesse novo cenário, quais devem ser suas primeiras medidas como presidente?
Piccoli: É evidente que, por termos assumido agora no dia 1º de abril, estamos com a nova equipe, com a nova diretoria e montando as diretrizes, mas será focado em cima de melhoramentos porque a qualidade de um serviço – e nós somos prestadores de serviço – ela se faz e você tem um êxito dela se há melhoramentos. Por isso é importante que nossos profissionais, colaboradores, realizem cursos e melhoramentos para termos um resultado diferente. Um dos grandes desafios é a comunicação, o que nós queremos focar muito, não só internamente, mas do hospital com a sociedade, nos comunicar, até porque o hospital é de todos e todos devem, como nunca, cuidar dele. O nosso foco principal será em cima desse encurtamento da relação entre hospital e sociedade.

OF: Em relação às melhorias, está em andamento um processo de reformulação de entrega da Ala SUS para a comunidade. Isso deve ter sequência?
Piccoli: Sim. Essa questão da nova Ala SUS nós vamos concluir ela, certamente, até porque é uma questão de humanização, o objetivo principal de nós queremos terminar a Ala SUS é a questão igualitária, de se ter um ambiente favorável a todos que procuram e visitam o hospital. Certamente outras obras ou reformas serão inclusas nas nossas diretrizes, e a partir de 30 dias nós teremos elas definidas. Então haverá novos melhoramentos, e nós temos hoje, aqui dentro do nosso hospital, fisicamente, ele é muito aconchegante, muito bom, na parte de equipamentos, que são de última geração. Por exemplo, adquirimos no final do ano passado uma tomografia das melhores que existe no mercado, contamos com aparelhos de Raio X novos, além de profissionais 100% qualificados para dar esse atendimento, esse retorno a nossa sociedade.

OF: Qual acredita que será o maior desafio à frente do Hospital Fátima? 
Piccoli: Bem, o desafio, até porque o hospital é a empresa mais complexa do mundo. Isso porque nós não temos Natal, final de ano e feriados, estamos sempre preparados as 24 horas do dia. É um desafio sim estarmos sempre prontos até porque o cenário, na questão administrativa, ele pode apresentar uma situação, mas na questão prática do funcionamento de atendimento do hospital você não sabe o que pode acontecer daqui a 30 minutos, por isso, nós temos uma equipe qualificada de profissionais que estão sempre prontos. O desafio maior é continuar, porque o cenário muda constantemente e nós devemos estar sempre prontos, em todos os sentidos da nossa constituição, até porque o hospital é uma empresa de todos. A responsabilidade e o desafio é cuidar dele, pegar aquele legado dos nossos fundadores que deixaram, um legado muito bonito para nós na questão de trabalho, de transparência, e esse legado nós queremos dar continuidade nessa administração, nessa gestão.

OF: Como conciliar a vida pessoal, política e profissional com a presidência?
Piccoli:  São desafios, somos movidos por desafios, isso vem desde a minha formação de família, de estarmos ajudando a sociedade, isso eu aprendi com meus avôs, e com meu pai não foi diferente. Participo de vários setores, sou presidente também no bairro Granja União. É um desafio estar ali na frente, mas também na questão de se fazer esse trabalho social, eu sou representante comercial, então conciliamos também a vida profissional do dia a dia juntamente com o hospital. porque constantemente a gente vem para a instituição, duas ou três vezes por semana, não há horários, nos reunimos e procuramos formar uma agenda que fique boa para todos. É uma correria, mas nós temos uma equipe e uma estrutura muito boa. Junto comigo estão 12 profissionais com conhecimentos em várias áreas e temos a certeza de que o desafio se torna um prazer ao estar na gestão 2022-2025.

OF: Que Hospital Fátima pretende entregar à comunidade florense em 2025, no término de sua gestão?
Piccoli: No final da nossa gestão o que queremos é, realmente, dar a maior qualidade do serviço do nosso hospital, que sempre é procurado em momentos não confortáveis e o que nós queremos aqui dentro é simplesmente ter o ambiente bonito, harmônico. Entregar em 2025 um hospital com mais serviços qualificados, porque sempre somos vulneráveis com essas situações que nos encontramos. Será possível entregar um hospital ainda melhor e isso certamente acontecerá mediante a própria sociedade nos ajudando nessa administração. Porque não serão somente os 12 diretores com o presidente para se ter melhorias, para se ter um hospital de ponta – nós somos um hospital de referência em seis cidades – nós queremos buscar constantemente melhoramentos, e nunca chegaremos a perfeição, a excelência de um atendimento, porque nós buscamos diariamente a continuidade, as melhorias, então nunca chegaremos a uma excelência. É um processo contínuo.

O desejo de manter vivo o legado dos fundadores do hospital é o que serve de motivação para Piccoli. - Karine Bergozza
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