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UBS de Otávio Rocha não existe, mas vai mudar de lugar

Prédio inacabado no distrito de Flores da Cunha não tem previsão de ser ocupado. Nova estrutura será erguida atrás da subprefeitura

Nas vésperas de celebrar sua maior festa, a Fecouva e a Festa do Moranguinho, a comunidade do distrito de Otávio Rocha tem uma boa notícia. Teve início na última semana o processo de licitação para a construção da nova Unidade Básica de Saúde (UBS), orçada em R$ 700 mil, verba própria do município. As propostas, previstas para serem entregues até o dia 24 de fevereiro, podem ser um passo importante diante da longa espera dos moradores locais, que desde 2012 viram uma obra começar, parar na primeira etapa e a unidade nunca sair do papel.

Com previsão de ter 296m² com quatro consultórios, oito salas multiuso, farmácia, sanitários e auditório, a nova UBS de Otávio Rocha não será a conclusão daquela iniciada em 2012, onde foram investidos R$ 138 mil e que está abandonada na esquina das ruas Uva Isabel e Uva Semilon, em área da prefeitura. A nova estrutura será inclusive em local diferente, nos fundos da subprefeitura, a poucos metros de onde seria o espaço de saúde.

A justificativa é o alto investimento para edificar o prédio no mesmo terreno, que tem características de um antigo aterro. “Fizemos um estudo de solo e engenheiros e arquitetos da prefeitura concluíram que toda a estrutura necessária para a sustentação da obra teria um valor muito superior do que buscar um novo local e iniciar do zero. O prédio iniciado está inclusive comprometido, pois infelizmente na época foi escolhido um local inadequado”, informa o secretário da Saúde de Flores, Vanderlei Stuani.

A expectativa é de que as obras se iniciem tão logo seja assinado o contrato com a empresa vencedora da licitação, a qual será responsável pelo material e mão de obra. “Vamos iniciar o mais rápido possível para que até o início de 2018 o local esteja funcionando”, promete Stuani. O prédio seguirá o mesmo padrão da UBS Dr. Claudino Caetano Muraro, no bairro União, concluída em junho de 2016, porém, com dimensões menores, levando em conta a demanda local. “Recebemos algumas críticas por iniciar uma nova obra e desperdiçar dinheiro público, mas na verdade estamos economizando e ainda fazendo uma estrutura nova e com todas as condições adequadas. Não vamos arriscar gastar dinheiro em uma obra que pode dar problemas futuros, até porque nenhum engenheiro quis assumir o antigo projeto”, admite Stuani.

Em 2014 a atual administração buscou verbas junto ao governo do Estado para a conclusão da obra, estimada na época em R$ 518 mil. A proposta, contudo, não teve andamento devido às condições do terreno. Atualmente o atendimento em Otávio Rocha é realizado em um apartamento de 100m² no segundo andar de um prédio, o que dificulta o acesso para alguns pacientes, como os idosos.

Relembre

A estrutura com 98m² de área construída que contempla a recepção e banheiros para o público, referente à primeira etapa da unidade básica de saúde que foi iniciada em 2012, está abandonada e seu destino ainda é incerto. De acordo com o secretário da Saúde, é estudada a utilização do espaço de alguma forma, mas para os moradores de Otávio Rocha a estrutura está condenada. Neste espaço foram gastos R$ 138 mil, recursos provenientes dos cofres municipais.

O ex-prefeito Ernani Heberle (2009-2012), explica que todo o processo foi feito dentro das necessidades. “O projeto da UBS de Otávio Rocha foi elaborado por técnicos e previa a construção de uma primeira etapa e, posteriormente, a sua conclusão, envolvendo recursos próprios da prefeitura e uma verba originária de emenda parlamentar. Cabe salientar que o local foi sugerido e teve aprovação de pessoas da comunidade e, importante ressaltar, que houve projeto técnico idealizado por pessoas técnicas e que passou por processo licitatório, atendendo a todos os requisitos legais. Infelizmente não houve tempo hábil para a conclusão da UBS no meu mandato”, contextualiza Heberle.

Estrutura de 98m² iniciada em 2012 e com investimento de R$ 138 mil não será concluída nem reaproveitada. - Antonio Coloda/O Florense
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