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Transporte coletivo seria mais importante que estacionamento

Sistema rotativo pago não foi consenso durante audiência pública realizada na tarde de ontem

A área central de Flores da Cunha, por enquanto, não precisa do estacionamento rotativo pago. Antes disso, o poder público deve se preocupar com o transporte coletivo. Essa foi a conclusão da audiência pública para discutir o assunto realizada no final da tarde de ontem, dia 7. Representantes de entidades do município apresentaram suas opiniões no encontro promovido pela Comissão de Educação, Saúde, Agricultura, Serviços Públicos e Direitos Humanos da Câmara de Vereadores. Pedro Quintanilha (PSB), autor do projeto de lei popular que visa implantar o estacionamento na área central, deve definir na próxima semana se levará adiante a proposta.

Entretanto, é pouco provável que isso aconteça. Na audiência, manifestaram-se contrários à rotatividade o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Alcides Carpeggiani; o secretário-executivo do Centro Empresarial, César Conz; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Olir Schiavenin; o representante da Associação Florense de Engenharia e Arquitetura (Afearq), Ricardo Carpeggiani; o presidente da Associação dos Estudantes Universitários (AEU), Julmir Rabuski; e a presidente da Associação dos Produtores de Arte e Cultura (Apac), Thaís Carpeggiani.

O argumento unânime foi o de que algo precisa ser feito, principalmente sobre a conscientização das pessoas que utilizam a área central. Para o vice-prefeito, Domingos Dambrós (PSB), o momento é de tomar uma decisão com cautela e com o apoio da população. O secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Paulo Ribeiro, ressaltou que não é contra a iniciativa, porém, em uma consulta informal feita à Rek Parking (empresa que administra o estacionamento pago em 10 cidades do Estado), a resposta foi a de que a prática não seria viável em Flores da Cunha. “Acredito que o transporte coletivo é o primeiro problema a ser atacado, o que, consequentemente, ajudará a resolver a falta de vagas”, contextualiza o secretário.

Na opinião de Quintanilha, a audiência foi importante para debater, também, outros dois importantes assuntos: Estação Rodoviária e transporte coletivo urbano. “Sobre este último, recolhi 400 assinaturas em um abaixo-assinado que pretendo entregar ao prefeito Ernani Heberle (PDT). “O objetivo da audiência foi atingido. O projeto do estacionamento é polêmico, mas acho que chegou o momento de discutir o tema”, ponderou o vereador. Um estudo apresentado pelo socialista prevê a criação de 506 vagas na área central, bem como lugares específicos para motos, idosos e portadores de deficiências (PPDs). Também participou da audiência o diretor do Departamento de Trânsito de Farroupilha, Luís Carlos Muller – que explicou como e porque o processo foi desencadeado no município vizinho.


Representantes de entidades participaram de encontro na Câmara na tarde de quinta-feira. - Fabiano Provin
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