Trajes repletos de significados
Conheça um pouco sobre os vestidos que serão usados pelas candidatas a rainha e princesas da 14ª Fenavindima, criados pela estilista Juliana Lazzari
O desfile de escolha das candidatas a soberanas da 14ª Festa Nacional da Vindima (Fenavindima) é o ápice do concurso. O vestido, carregado de simbolismos e significados, é peça-chave para esse momento tão decisivo e especial. A novidade desta edição da festa é que as 15 embaixatrizes irão vestir trajes padronizados. A modelagem é igual e apenas as cores são diferentes: azul petróleo, verde, uva, marsala e salmão – cada cor será utilizada por três candidatas e foram definidas por ordem de inscrição.
A responsável pela criação e confecção dos vestidos é a estilista florense Juliana Lazzari. A vestimenta, inspirada nas antigas vindimeiras, remete a costumes e artes trazidas e eternizadas pelos colonizadores italianos. A pesquisa da estilista também foi baseada no livro Figurinos de Vindima, da autora caxiense Véra Stedile Zattera. A saia ampla e barrada e as mangas largas são características do traje. “Eu pensei em um modelo versátil, que se ajustasse a todos os tipos de corpo”, explica Juliana. O zibeline é o tecido base do vestido, que também contém veludo italiano, plissado, renda e aplicações. Cada detalhe da vestimenta retrata origens e tradições enaltecidas na Fenavindima.
Os lenços de pescoço, utilizados pelas imigrantes, são representados pela gola de renda que, juntamente com a manga, fazem alusão aos trabalhos manuais como o crochê e o frivolité. O xadrez, que compõe a barra da saia, remete ao trançado das vimes que empalham os garrafões e ao artesanato. O corselete, usado tradicionalmente com camisa branca, ganha uma versão com cinto largo de veludo e aplicação de renda dourada. Companheiro das ‘mammas’ italianas, o avental em tela traz bordados manuais em formato de uva. “O modelo é igual, mas cada uma vai dar a sua cara para o traje”, valoriza a estilista, referindo-se ao momento do desfile.
As cores escolhidas também fazem referência à simbologia proposta pelo traje. O azul petróleo relembra a travessia dos imigrantes da Itália para o Brasil e retrata o oceano que separa os continentes Europeu e Americano. A riqueza da natureza caracteriza-se pelo verde, que expressa crescimento, frescor e fertilidade. A tonalidade uva representa o fruto tão celebrado na festa. Já a cor marsala corresponde ao vinho e, a salmão, aos espumantes. Os tecidos já foram cortados e os vestidos estão em fase de montagem – as jovens já estão realizando a primeira prova. “Elas estão vivendo um momento de princesa”, conta Juliana.
Após a escolha, os vestidos oficiais do trio eleito serão confeccionados pela estilista florense Eliana Schiavenin Gavazzoni. A escolha das novas soberanas será no dia 10 de agosto, nos Pavilhões do Parque da Vindima Eloy Kunz. Sob o tema ‘A Festa de Todas as Mãos’, a 14ª Fenavindima ocorre de 14 de fevereiro a 1º de março de 2020.
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