Termo de cooperação é assinado entre Brasil e Portugal
O termo tem o objetivo de criar produtos turísticos comercializáveis e capacitar recursos humanos
Um projeto de cooperação entre Brasil e Portugal para potencializar o enoturismo. Este foi o objetivo da visita de uma comitiva portuguesa, da Região Saloia/Lisboa, nas cidades de Flores da Cunha e Nova Pádua. Com o intermédio da consultora do projeto de Desenvolvimento do Turismo dos municípios, Ivane Fávero, o Centro Empresarial e o poder público florense e paduense receberam os membros da Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia – A2S, para firmarem um termo de cooperação entre instituições dos países. Em Portugal, a associação criada em 2015 trabalha com estratégias para alavancar o enoturismo através da agricultura e agroindústrias, inovação, promoção de produtos locais, produção de bens e serviços para o turismo, promoção e valorização do patrimônio e inclusão social. Outras instituições ligadas ao enoturismo da Serra Gaúcha também integram esta iniciativa.
O encontro ocorreu na terça-feira, dia 15, onde a entidade, prefeitos e empresários do setor, puderam esclarecer dúvidas e saber um pouco mais sobre o projeto que estabelece contatos e agrega conhecimentos na área do enoturismo, apostando na criação de produtos turísticos comercializáveis e na capacitação dos recursos humanos.
A região Saloia/Lisboa (formada pelos municípios de Loures, Mafra e Sintra) possui cerca de 10 mil hectares de videiras certificados, com uma exportação de 80% do vinho elaborado na região (aproximadamente 40 milhões de garrafas). Entre os países que mais recebem o produto estão Estados Unidos, Canadá e Brasil. Em relação ao turismo, Portugal possui 11 milhões de habitantes e recebe 22 milhões de turistas. Por isso, de acordo com Ivane, o país é referência em turismo. “Se compararmos com o Brasil, possuímos uma população de 200 milhões e recebemos apenas seis milhões de turistas vindos de fora”, ressalta a turismóloga.
Para o presidente da entidade, Alessandro Cavagnoli, há muita similaridade entre Flores da Cunha-Nova Pádua e Portugal. “Esta cooperação é também uma possibilidade de networking que pode abrir outras portas. Vai ser uma troca de informações e conhecimentos que só tem a agregar”, afirma.
A comitiva visitou diversos pontos das cidades, como a Vinícola Luiz Argenta, a propriedade Fernandes Muraro, que compõe o roteiro Mérica Mérica, as vinícolas Dom Camilo, Viapiana e Casa Gazzaro, além de pontos turísticos e desfrutou do prático típico de Flores da Cunha, o menarosto.
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