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Taxistas voltam para a Praça da Bandeira sem autorização

Quem circula pelo Centro de Flores da Cunha deve ter reparado que os táxis da área central deixaram o ponto atual, na esquina da Rua John Kennedy com a Avenida 25 de Julho, ao lado da loja Volpato e, de forma improvisada, utilizando cones e uma placa de madeira – que já foram retirados no meio da semana – ocuparam o antigo local, na mesma rua, porém na revitalizada Praça da Bandeira. Esses pouco mais de 20 metros entre uma esquina e outra são motivo de desentendimento entre taxistas e prefeitura. Enquanto os oito permissionários do serviço pedem pelo retorno ao antigo terminal, a administração avalia a situação, já que o atual projeto da Praça não prevê ponto de táxi. Nesse tempo, os taxistas pretendem permanecer no local, embora a Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito admita que eles não têm autorização para isso.

Em maio de 2015, um mês antes de se iniciarem as obras de revitalização na Praça, o antigo ponto foi transferido para a esquina diagonal. A contemporânea praça central foi inaugurada em fevereiro deste ano e os táxis mantidos na quadra acima. A mudança definitiva, contudo, não agradou alguns permissionários do serviço público que, na última segunda-feira, dia 29, improvisaram o próprio espaço e retornaram para a praça. Entre as reclamações do atual terminal estão que o local fica escondido dos passageiros que desembarcam de ônibus, não tem moradias próximas, o que facilitaria a ação de possíveis assaltantes, além de ser um local frio. “Tem ainda uma ladeira, que fica ruim para os passageiros. Na época em que desocupamos o antigo ponto, não discutiram conosco a possibilidade de ficarmos para sempre em outro lugar”, alega o taxista Dorvalino Antônio Viapiana, que diz ser o coordenador do ponto central.

Pedido vai aguardar

De acordo com a secretária de Planejamento, Ana Paula Ropke Cavagnoli, além das solicitações para retornar ao ponto junto à praça, nas últimas semanas três dois oito taxistas pediram para serem deslocados para a Avenida 25 de Julho, em frente à antiga rodoviária. “Contudo, como estamos em período eleitoral, não podemos fazer concessões de benefícios. Transferi-los de ponto pode ser caracterizado desta forma, a não ser que se tivesse o aval de todos os oito permissionários. Pedimos que eles apresentassem um acordo entre si para que isso fosse possível, mas não tivemos mais retorno e nesta semana simplesmente voltaram para a praça”, sustenta a secretária.

O retorno do terminal para o espaço público segue em avaliação. “Vai contra o conceito que procuramos para a praça, que é um local mais aberto, com acessibilidade, fluxo de circulação e percebemos que vem sendo muito utilizada para isso. Fizemos diversas reuniões, propomos outros locais, pedimos para que propusessem um lugar da qual pudessem ter interesse, mas eles se mostram irredutíveis. Tudo isso está servindo como um teste, muitas pessoas nos procuraram e mostraram-se contrárias em ter táxis na praça”, sustenta Ana Paula. Um novo abrigo será licitado para a área central, feito em vidro e com proposta moderna. O local onde será instalado, contudo, segue indefinido.

Para o taxista Viapiana, “a prefeitura não se manifestou”, inclusive sobre o pedido de deslocamento para a Avenida. Nesta semana um contêiner de caliça foi colocado junto ao atual terminal para limpeza do prédio localizado na esquina, o que deve demorar apenas alguns dias, de acordo com a secretária Ana Paula, que complementa que os taxistas não têm autorização do município para ficar na praça e que o estacionamento paralelo segue liberado para a população.

 

Placa de madeira e cones foram colocados num dia; dois dias depois não estavam mais no local. - Fabiano Provin/O Florense
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1 Comentários

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    Eu sou contrário ao ponto na praça. Se não respeitam por que a guarda municipal ou a BM não multa? Se fosse eu ou você estacionado no ponto de táxi o que aconteceria? Agora, acho que o ponto deveria ser em frente da esquina da farmácia até a antiga rodoviária, passando pelo Nosso Café. Porque não fazer uma audiência e convocar a população? Pois são os maiores usuários, tanto dos táxis quanto da praça.

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