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Talento traduzido em telas

Nova exposição no Museu florense pode ser conferida até 18 de julho

Uma mistura de técnicas e traços forma uma exposição de arte imperdível no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi. São 20 obras assinadas por dois artistas florenses de coração. Luiz Ernesto Garcia Velasquez, 45 anos, é uruguaio e escolheu a cidade para viver e constituir família; e Luiz Henrique Borges Lima, 51 anos, é natural de Rio Grande, mas há 24 anos reside e trabalha na cidade.

A mostra reúne trabalhos com maioria das obras em acrílico sobre tela. Os motivos são variados, com temas musicais, cenas do cotidiano e uma série especial de barcos. A exposição pode ser conferida até o dia 18 de julho com visitação gratuita. O horário de atendimento do Museu é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 17h30min. Nos finais de semana da Feira de Inverno, até 20 de julho, o espaço fica aberto das 12h às 17h.

Velasquez fez curso na Escola de Arte e Artesanato Pedro Figari, no Uruguai, e veio para o Brasil vender artesanato e mostrar um pouco da sua cultura. O artista destaca que a arte sempre fez parte de sua vida. “Comecei percebendo que tinha facilidade com trabalhos manuais e necessidade em expressar as minhas ideias por meio da arte. Desde criança gosto de desenhar, e na adolescência veio a curiosidade em aprender. Então decidi fazer o curso”, conta. Nas obras do uruguaio estão experiências de vida. “Aprendizados bons que de alguma forma acabam aparecendo nas telas: a solidão de forma contemplativa, viagens, e as músicas que escutei”, cita.

Lima diz que tem lembranças de arte desde os primeiros anos de vida. O fascínio pelos lápis de cor, artigo de luxo na época, sempre foi item de desejo, mas comprado pelos pais quando possível. “Um fato que sempre conto é que quando criança eu rabisquei um sofá novinho de casa e achei maravilhoso poder deixar do jeito que eu queria. Minha mãe não aprovou, é claro, mas acredito ter sido ali minha descoberta para a arte”, relembra. Aos oito anos uma caixa de lápis de cor foi presente de aniversário e a magia das cores já fazia a sua felicidade.

Em Rio Grande, no Sul do Estado, estudou na Escola de Belas Artes Heitor de Lemos, mas acredita que o conhecimento tenha vindo com a experiência. “Na época eu era muito jovem, hoje eu sinto que posso pintar em qualquer lugar, tanto se eu estiver na rua ou em casa. Faço releituras de obras famosas, dando sempre meu toque particular e pinturas por encomendas”, frisa.

Arte sacra
Logo que Lima veio para Flores da Cunha precisou identificar na cidade os pontos fortes para poder direcionar seu trabalho. A fé e a religiosidade logo se destacaram, e o artista passou a participar de uma das maiores festas da cidade: Corpus Christi. Há 22 anos Luiz Henrique participa da elaboração dos tapetes de serragem colorida, sempre inovando nas técnicas e fazendo arte de uma forma que gosta: na rua. Outros trabalhos que ganharam destaque na carreira de Luiz Henrique é a pintura de igrejas e imagens sacras. Recentemente, o artista fez a pintura da imagem de São Pedro, em frente à Igreja Matriz.

Outras obras assinadas por ele são as igrejas do Travessão Carvalho, em Otávio Rocha; dos bairros São José e União, capela da prefeitura, e igrejas de São Judas Tadeu, de Nova Roma e de São João, entre outras.


Lima e Velasquez apresentam seus trabalhos no Museu. - Larissa Verdi
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1 Comentários

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    Bom dia! Em primeiro lugar quero parabenizar os artistas, ambos são muito talentosos e alegram nossas vidas com suas belas obras! Parabéns!!! Sou natural de Rio Grande e durante alguns anos trabalhei com o Henrique,inclusive morei em Flores da Cunha! Temos uma grande amizade. Há 6 anos mudei para Florianópolis e perdi o contato do meu grande amigo Henrique. Neste sentido peço a gentileza de algum leitor, a redação ou o próprio artista de conseguir o contato de telefone do Henrique! Sou Paulo Rogério e meu telefone é (48) 99800 83 75. Agradeço muito!!



    Comentário editado pela redação.

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