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Studio Tere Finger vira pousada

A pousada da arte estará pronta para receber turistas e visitantes até o final do ano, prevê Tere Finger

A artista plástica Terezinha Finger Fiorio, a Tere, chamou a atenção ao transformar a Rua Raimundo Montanari na Rua da Arte. A grandiosa casa número 1.854, atrai os olhares florenses, repleta de pinturas. O Studio Tere Finger sempre foi um espaço para aproximar as pessoas do universo artístico. A novidade é que, além de ateliê, a casa também se tornará uma pousada.

Com previsão de concluir as reformas até o final do ano, a hospedagem promete ser um local bem “arteiro”. Cada cômodo contará com trabalhos de Tere e de outros autores, como Alessandra Pauletti e o sergipano Marinho Neto. Os quartos levarão o nome de artistas brasileiros. O objetivo é receber cada vez mais pessoas, proporcionando um ambiente acolhedor de descanso.

— Em São Paulo, Rio (de Janeiro) e Porto Alegre é diferente, mas nós, aqui do interior, temos dificuldade em mexer com essa questão da cultura; as pessoas só se preocupam em consumir coisas, mas não arte, não cultura. É difícil, mas, desde a infância, eu queria isso: servir e receber as pessoas.

Motivada por este sonho de infância de ter um hotel, e incentivada por amigos e o marido Paulo Fiorio, Tere decidiu ampliar o espaço, unindo manifestações artísticas com a hospitalidade, transformando o antigo Studio em uma hospedagem pelo Airbnb.

— Sempre quis ter um hotel para arrumar as mesas do café da manhã e receber as pessoas. Gosto do humano e de estar perto, gosto dos diferentes e acho que, com a arte, vou buscar os diferentes. Decidi (fazer essa transformação) porque tinha o espaço ocioso. Tínhamos que decidir o que fazer e eu tinha esse sonho de ter um hotel, e pensamos: vamos juntar isso (a pousada ao ateliê), né? A Vivi Pradella, que é arquiteta, sempre se reúne comigo para falar de arte e me incentivou muito. Ela também tem uma cabana que recebe pessoas, e o incentivo dela foi agregando ao que eu tinha. Agora vai estar aí, pronto para receber pessoas — comemora.

A artista plástica assegura que o Studio continuará existindo, pois se trata de um espaço separado. A expansão para a pousada foi pensada justamente para atrair um público maior. Tere espera receber visitas tanto de artistas quanto de observadores comuns que ainda estão aprimorando seu olhar para as artes.

— Nós desenvolvemos o olhar para a arte; não é uma questão de "gosto" ou "não gosto". Você pode começar a gostar, assim como um bom vinho. Tem gente que não sabe tomar, mas aprende a gostar — compara.

Portas abertas

Tere, que já está presente no ramo há mais de uma década, sempre deixou o Studio de portas abertas para a comunidade florense, antes mesmo de se tornar uma pousada. Lá, os visitantes são livres para desfrutar das obras que exploram a figura humana, pintar e participar das aulas filantrópicas oferecidas pela artista.

— Como sempre gostei (de arte), gostaria que os outros também tivessem esse olhar, que pudessem ter a oportunidade de desenvolver essa visão. As pessoas sempre me perguntam: “O que você desenha?”. E não importa o que a gente desenha, não quero passar mensagem nenhuma. Quero que as pessoas tirem sua própria conclusão. Está dentro de cada um a resposta. Eu tinha que abrir esse espaço para as pessoas virem. Caxias, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo têm. Por que Flores não? Com tanta gente que viaja e quer encontrar novos caminhos, a arte abre possibilidades e ajuda o ser humano a enxergar o mundo de forma diferente. 

A artista plástica considera que abrir o seu Studio não chega a ser uma novidade, afinal sempre convidou a todos.

— O espaço é aberto para a comunidade; aqui já teve até sarau. Sempre deixei aberto para as pessoas que querem viver a experiência. Poucas vieram e demonstraram interesse, mas, aos poucos, vamos plantando e colhendo.

Proporcionar vivências. Esse é o principal objetivo de Tere com sua futura pousada, que pretende oferecer um ambiente para que seus hóspedes escapem um pouco da rotina, seja para usufruir das inúmeras facetas da arte, seja para curtir, tomar vinho e descansar.

— Vou proporcionar que eles possam pintar aqui. Já recebi pessoas para pintar com vinho. Se quiserem fazer uma biodança, daremos essa oportunidade também. Vamos oferecer experiências ligadas às artes; às vezes, deixaremos um violão aqui para quem quiser tocar. Quero que as pessoas se sintam bem e que esse espaço seja o que eu sempre sonhei. Quero que as pessoas "viajem na maionese" — humoriza.

 - Antonio Galvão  - Antonio Galvão  - Antonio Galvão
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