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Sistema semi-hidropônico aumenta produção

Embora alguns produtores ainda prefiram o sistema de plantio no chão, há tempo produtores adotaram o sistema de produção semi-hidropônico.

Embora alguns produtores ainda prefiram o sistema de plantio no chão, há tempo produtores adotaram o sistema de produção semi-hidropônico. O cultivo de morangos semi-hidropônicos traz uma série de vantagens ao produtor, como o plantio em substratos, colocados em sacos brancos, conhecidos como travesseiros, onde as mudas são plantadas. O substrato pode ser uma mistura de casca de arroz carbonizada e esterco de curral curtido. O espaçamento entre os pés de morangos chega a 30 cm, de forma a dar um bom desenvolvimento à planta, que recebe por meio de gotejamento a água e o adubo solúvel. Uma das diferenças do cultivo semi-hidropônico para a plantação em solo é a adubação. Dessa forma, a terra recebe uma quantidade de adubo na época do plantio e continua apenas com a fertirrigação. A vantagem do cultivo semi-hidroponico é que a planta recebe adubação desde o plantio até a frutificação. Neste caso o pé de morango recebe o adubo solúvel durante três vezes por semana, obtendo os nutrientes necessários durante todo o processo, na medida certa. De acordo com o produtor Izaia Galiotto, o sistema semi-hidropônico permite que o agricultor coloque os travesseiros com substrato em bancadas, possibilitando que ele possa trabalhar com as bancas na altura que desejar, melhorando o bem-estar de quem trabalha na cultura. Além disso, com esta modalidade de plantio, reduz consideravelmente a área plantada, e aumenta a produção. Porém, ele reconhece que a fruta produzida no solo é mais saborosa. “No solo o pé adquire melhor os produtos da terra, e a fruta fica mais gostosa”, aponta Ermelinda Galiotto Dani, esposa de um dos produtores do 3° Distrito. Cor, sabor e preço. A combinação parece irresistível, tanto para quem compra como para quem planta morangos em Otávio Rocha. Há pouco mais de uma década o fruto era considerado um artigo de luxo, caro e importado de outras regiões. Hoje, o morango se popularizou e pode ser encontrado nas feiras do produtor, nos mercados e padarias da cidade, ao preço de R$ 2,50 a bandeja com 450g. Conforme Galiotto, no início da cultura em Flores da Cunha o produto chegou a ser transportado de avião, a um preço que o produtor exigia, no entanto, hoje quem não possuiu uma clientela formada é difícil começar. “Se fosse começar hoje, não começaria mais”, avisa. Por outro lado, na propriedade de Antônio Dani, onde são cultivados morangos no solo, a atividade emprega 30 pessoas, para cultivar 300 mil pés da fruta. A esposa de Antônio, Ermelinda Galiotto Dani, 48 anos, quase não dá conta das tarefas de casa, além de ter que preparar as refeições para os colaboradores, enquanto o esposo percorre diariamente 300 quilômetros, cinco vezes por semana, para entregar a fruta no Ceasa, em Porto Alegre. Em média na propriedade de Antônio Dani são produzidos 1 milhão de quilos por ano. 3º Horti Serra Gaúcha acontece em maio A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul lançou segunda-feira, dia 19, a terceira edição do Horti Serra Gaúcha. O evento regional, que ocorrerá dos dias 20 a 23 de maio no Centro de Eventos da Festa da Uva, oferecerá extensa programação de palestras sobre variados segmentos da agricultura. Serão três dias de cursos e seminários com a finalidade de oferecer crescimento profissional e tecnológico, bem como promover os valores da potencialidade agrícola da Serra. O evento tentará atingir desde o pequeno produtor rural até empresários e demais interessados no agronegócio. Os temas centrais abordados serão vitivinicultura, fruticultura, olericultura e floricultura. O Horti Serra Gaúcha será realizado paralelamente ao 4º Shopping Rural (oportunidade para compra de maquinário agrícola, mudas, sementes e folhagens), e terá como tema Desenvolvimento da Agricultura Sustentável. Ainda nesta edição, a novidade é a formação da Comissão Comunitária, que conta com representantes de entidades parceiras. As duas primeiras edições do Horti Serra (2007 e 2008), reuniram mais de 7 mil produtores de 120 cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Adélio Servinski cultiva cerca de 90 mil pés da fruta a cada safra. - Na Hora / Antonio Coloda
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