Geral

Setor de eventos pede retomada

Ofício com mais de 60 assinaturas foi protocolado na prefeitura para possível volta das atividades, com restrições

Dia 14 de março. Essa foi a data que muitas empresas do ramo de eventos trabalharam pela última vez. De lá para cá, foram algumas ações pontuais e pequenas que ajudaram o setor a se manter vivo. “São cinco meses parados. Sabemos que muitas empresas haviam feito altos investimentos financeiros, e isso acabou sendo um grande risco, pois algumas não vão conseguir cumprir com suas responsabilidades. Já houve demissões no quadro pessoal, pois envolvem muitos empregos diretos e indiretos e esta situação está afetando economicamente o município”, declara Igor Longui, proprietário da Tribus Beat Produções. 
Por isso, um grupo de trabalhadores formais e informais do setor de turismo e eventos sociais encaminhou na última semana à prefeitura de Flores da Cunha um documento pedindo a avaliação para a retomada gradual. Na proposta encaminhada, o grupo destaca algumas ações para impedir a proliferação da Covid-19, como capacidade reduzida quando as bandeiras do Distanciamento Controlado do Estado estiveram em laranja (50%) e amarela (75%). Outro item dispõe sobre a duração do evento, que deve ser no máximo de 6h e não ultrapassar o horário da meia noite.  
Além disso, estará vedada a disponibilização de mesas comunitárias, tais como doces, cafés, frios, sobremesas, drinks, além da proibição de pistas de danças.
“O propósito com esta sugestão é que os profissionais de eventos possam retomar, gradativamente, a realização de suas atividades, sempre em sintonia com as medidas de prevenção adotadas pelo governo estadual e municipal, com segurança e respeito aos protocolos, afirmando compromisso com o bem-estar de todos”, declara Longui. 
A proprietária da Casa Charme, que atua no ramo de decorações, Carine Gausmann, ressalta que o adiamento de eventos prejudica não somente o ano de 2020, mas sobrecarrega o planejamento para o próximo ano. Ela lembra que cerimônias mais intimistas já são realizadas em outras cidades, com a autorização das prefeituras. “Flores da Cunha é uma rota que as pessoas gostam muito para esses eventos. Por que não fazer aqui também?”, pergunta Carine, que participou de uma live no Facebook, na última quinta-feira, dia 10, esclarecendo os procedimentos que seriam adotados.
Já Eleida Mioranza, da vinícola Monte Reale, diz que a retomada dos eventos é uma reivindicação que não parte apenas dos empresários, mas também do público. Ela ressalta, no entanto, que a volta está condicionada à liberação das autoridades. “Veremos o que a prefeitura vai estabelecer. Tudo vai depender do que for decidido, nós vamos nos adequar a isso. Não queremos estar fora das regras da prefeitura”.
O prefeito Lídio Scortegagna afirma que recebeu e leu o ofício. O documento já está sob análise do Centro de Operações de Emergência (COE) e, segundo o prefeito, a decisão do órgão será respeitada. “Sou eu quem faz o decreto, mas quem deve definir se pode ou não pode são os técnicos da área da saúde. Do contrário, sem evidências científicas, a discussão é infundada”, afirma Scortegagna.

A proposta: 

O que: eventos sociais – aniversários, chás, formatura, casamento, renovação de votos, palestras e eventos corporativos.

Da realização: fica permitido o uso de espaços abertos, públicos ou privados, para a realização de eventos como casamentos, formaturas, festas de aniversários e similares somente quando a Macrorregião de Saúde Serra estiver classificada como bandeira amarela ou laranja, no percentual de 50% de capacidade do estabelecimento quando bandeira laranja e 75% da capacidade quando a bandeira estiver amarela.

Duração: a duração máxima do evento não pode ultrapassar 6 horas e o horário de término deverá ser até às 24h. 

Local: caracteriza-se local ideal para a realização dos eventos sociais durante o período de pandemia aquele que possuir áreas externas verdes, estacionamentos e pátios pavimentados ou não; salões e restaurantes com abertura de janelas e porta em tempo integral para ventilação natural do ambiente, mesmo com sistema de climatização; sanitários adequados ao número de pessoas; possuir Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio; apresentação de ART, TRT ou RRT e laudos técnicos (para montagem de palcos, estruturas metálicas ou energia elétrica, iluminação e sonorização similares).

Distanciamento e EPIs: todas as pessoas, convidados e profissionais, devem usar máscaras faciais em tempo integral, exceto ao consumir algum alimento e bebida ou em caso de artistas/músicos ao fazer sua apresentação; disponibilização de álcool 70% para cada mesa; higienização de sanitários após cada uso; controle de filas para uso de sanitários; triagem e aferição de temperatura dos convidados; comunicar as normas de conduta relativas ao uso do espaço físico e à prevenção e ao controle do novo coronavírus, em linguagem acessível; descontaminação de calçados do público presente, com uso de tapetes adequados; distância de 2m cada espaços/ambientes/mesas; corredores de circulação para garçons e seguranças; distância de 1m entre os artistas/músicos no palco.

Fica proibido: a disponibilização de mesas comunitárias tais como doces, cafés, frios, sobremesas, drinks; proibição de pistas de danças; aglomerações de pessoas; circulação de pessoas sem uso máscara facial no estabelecimento.

Proprietária da Casa Charme, Carine Gausmann. - Pedro Henrique dos Santos
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário