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Semana Farroupilha: “O meu normal é vestir as bombachas”

Ademir Erhart, mais conhecido como Bigode, é um florense que não larga mão das vestimentas gaúchas

“Estar de bombacha pra mim virou costume diário”. O autônomo Ademir Erhart, 57 anos, mais conhecido com Bigode, está sempre com a indumentária gaúcha. “São raras as vezes que as pessoas me veem sem. É tudo muito automático. O normal para a maioria das pessoas é pela manhã vestir a tradicional calça jeans, o meu normal é vestir a bombacha”, declara. 
E a paixão pela tradição se intensificou ainda mais com o nascimento de suas filhas Jéssica, 25 anos, médica veterinária, e Jeniffer, 22, estudante de biomedicina. “Desde quando as meninas eram crianças, sempre demostraram gostar dos animais e da cultura do nosso Estado. Começamos a nos envolver a partir do momento em que fui surpreendido com um pedido de Natal da Jéssica. Ela tinha cinco anos, na época, e disse que gostaria que o Papai Noel trouxesse pra ela uma égua”, conta. E não é que o pedido se realizou. “A partir daí foi um caminho sem volta. Estamos no meio até hoje”, relata. 
Para Bigode, ver as duas filhas levando a diante a tradição é motivo de orgulho. “Somos, sem dúvida, o Estado que mais preserva a cultura no país, e os jovens são quem irão mantê-la viva”. 
Com o convívio diário com cavalos, desde pequenas, Jéssica e Jeniffer declaram que é onde gostam de estar. “Eu e a Jéssica sempre compartilhamos muitos gostos parecidos, e esse amor pelos animais, em especial pelos cavalos, surgiu bem cedo. Sempre estivemos juntas em diversas cavalgadas e competições, uma sempre foi o apoio da outra, pra tudo”, enfatizam as jovens que têm orgulho da tradição. “É muito bom quando saímos do Estado e logo somos vistos como gaúchos pelas demais pessoas. É uma marca que não escolhemos, apenas carregamos no peito e passamos adiante. O 20 de setembro é uma data que nos define, define a garra de nosso povo gaúcho, trabalhador, honesto e hospitaleiro, que não desiste de seus ideais. Isso sem dúvida é muito marcante e nos orgulha muito”, destacam.
Para a família, a tradição cultiva laços, ensina a cuidar do próximo, a estender a mão a quem mais precisa. Ensina a valorizar as coisas simples da vida, como, por exemplo, tomar um mate e conversar com amigos, parentes ou vizinhos num fim de tarde. “A tradição une as pessoas”.

Ademir Erhart com as filhas Jéssica (esquerda) e Jeniffer.  - Gabriela Fiorio
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