Sem registros de abandono de animais
Pets são companheiros perfeitos para os dias de isolamento social
A pandemia do coronavírus está mantendo muitas pessoas em casa e, para não se sentir tão isolado, um pet tem o seu valor. A União Pela Vida Animal (Upeva) está tendo um cuidado redobrado ao passar informações sobre a Covid-19. Conforme a voluntária Nicolle Costa, os registros de abandono diminuíram. “Sentimos que deu uma normalizada na situação. Tivemos menos abandonos do que em períodos normais”, revela. E uma notícia boa, a ONG teve um aumento nas adoções. “Não é um número expressivo, mas surgiu interesse de várias pessoas, que também é fruto de um resultado de divulgação das informações corretas sobre o vírus”, diz.
De acordo com a veterinária Bárbara Ropke Cavagnoli, os cães e gatos não são transmissores do vírus humano. “O coronavírus é conhecido entre as espécies. Alguns podem infectar aves, peixes e outros mamíferos, entre eles, cães e gatos. Em cães, a doença causa diarreia, principalmente em filhotes, e pode ser evitada através de vacina. Em gatos, causa a peritonite infecciosa felina”, esclarece Bárbara. A veterinária informa que até hoje não houve nenhuma evidência que o coronavírus que infecta animais possa infectar humanos. “Cada animal tem o seu próprio coronavírus. Tanto que, há anos, já existem vacinas para coronavírus em animais, mas que em hipótese alguma funcionam para prevenir o novo coronavírus humano”, enfatiza. O Conselho Federal de Medicina Veterinária não recomenda teste de Covid-19 e nem uso de máscaras para animais de estimação.
A veterinária também informa que a recomendação é de que os tutores infectados com o Covid-19 não tenham contato direto com o seu bichinho de estimação. “Ao afagar, abraçar, beijar o animal, o vírus pode permanecer na pelagem do animal, servindo como carregador da doença. Assim, se outra pessoa tocar o animal em um curto período de tempo pode se contaminar. O ideal é deixar o animal aos cuidados de outro membro da família que não esteja infectado”, recomenda.
Outras recomendações
Neste período, os pets também precisam de cuidados diários, como lavar as mãos antes e depois de tocar nos animais, alimentos, fezes ou urina. “Intensificar banhos, limpeza das patas ao passear e não frequentar parques e locais que possa terá aglomeração de pessoas são algumas dicas”, explica.
Os tutores também podem aproveitar o tempo em casa para ensinar alguns truques, brincadeiras, estreitar laços e observar a saúde geral do pet. “Eles são uma ótima companhia em época de isolamento social humano”, garante.
Uma companhia diária
Depois de sete anos sem nenhum pet de estimação, o casal Vanessa Rizzotto Novello, 38 anos, e Lanes Novello, 39, decidiu adotar um animal. No início deste ano, a psicóloga e o ferrador de cavalos passaram a morar numa chácara e a adoção se tornou inevitável. “Já pensávamos em dois cachorros para que tivessem a companhia um do outro, pois na nossa rotina normal, teríamos quatro dias somente para auxilia-los na adaptação. Mas, neste período de quarentena, enxergamos o momento para ajudá-los verdadeiramente na adaptação, estando com eles todos os dias, pois eu estou trabalhando home office e o Lanes menos horas por dia”, conta Vanessa.
A ideia inicial do casal era adotar um filhote e um cachorro maior, ambos da Upeva. “Neste meio tempo, um cachorro abandonado estava recebendo cuidados do meu cunhado e decidimos adotá-lo. Também nos informamos na Upeva e lá adotamos um filhote de quatro meses”, conta. Desde o dia 27 de março a família está completa com o Marlei (cachorro abandonado) e o Capataz (adotado na Upeva). “Eles estão super entrosados e brincalhões. Nossa rotina agora, além de trabalho, estudos, casa e lazer, envolve tempo e organização para ajudá-los a ter um entendimento das regras da casa”, dizem. Dentre as tarefas está acordar mais cedo para alimentá-los, limpar as bagunças e brincar com eles, para depois seguir com as demais rotinas do dia. “Nós dois sentíamos muita falta de ter bichos de estimação vivendo conosco. Falávamos que assim que tivéssemos um espaço para eles correrem, adotaríamos. E isto está acontecendo neste período. Eles trouxeram mais energia e leveza neste momento de mudança que vivemos, pois a relação com os animais é simples e pura, e eles nos ensinam muito da vida sendo exatamente do jeito que eles são: verdadeiros”, pontua Vanessa.
Para ajudar a Upeva
Neste período, a Upeva não está realizando seus eventos como o bazar e o brechó, que ajudam a manter a entidade. Por isso, quem puder contribuir com a ONG, o voluntariado disponibiliza uma conta para doações ou pelo site www.upeva.com.br, no campo doação financeira.
União Pela
Vida Animal
Banco: Sicredi
CNPJ: 10.515.638/0001-19
Cooperativa: 0167
Conta Corrente: 513377
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