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Seja consciente e destine o lixo de maneira correta

Além de condicionar melhor os resíduos orgânicos, orientação é para que os materiais que não são seletivos sejam encaminhados para locais próprios

Faltam respeito e consciência. Assim pode-se resumir a situação (originada por pessoas) de muitos contêineres e lixeiras de Flores da Cunha. Não se passam muitos dias para que os mais diversos materiais apareçam dentro ou ao lado dos equipamentos usados para recolher os detritos orgânicos e seletivos. São móveis e eletrodomésticos usados, restos de construção civil, pneus, lâmpadas e muitos outros objetos que deveriam ser descartados em locais diferentes, agredindo o menos possível o meio ambiente. A falta de consciência é da população (residências e empresas).

A destinação incorreta pode render multa ao indivíduo ou empresa, embora a política responsável aguarde a licitação e criação de um aterro de inertes para ser efetivada. Por isso, a fiscalização não está tão forte. “Sempre que constatamos uma irregularidade procuramos achar provas que levem ao infrator. Todo mundo que gera resíduo é responsável, mesmo que não tenhamos ainda um regramento completo. Não podemos permitir que alguém que faça uma construção coloque o lixo no contêiner, por exemplo”, explica o secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito de Flores da Cunha, Paulo Ribeiro. Aí entra o trabalho de empresas e associações que fazem o recolhimento e destinam esses resíduos.

De acordo com o secretário, os materiais mais comuns que são descartados nos contêineres são pneus e lâmpadas, além de móveis e eletrodomésticos usados que ficam ao lado dos equipamentos. “Sabemos que muitas vezes as pessoas não têm como aproveitar o móvel usado. Tente desmontar, aproveitar alguns materiais e, outros, coloque no seletivo. As campanhas de bota-fora serão realizadas mais vezes e a Associação dos Recicladores Amigos de Flores da Cunha (Araflores) também aproveita esse material. Demonstre interesse e não descarte nas calçadas”, conscientiza Ribeiro.

A prefeitura realiza a coleta de resíduos domiciliares seletivos e orgânicos. “A coleta está sendo melhorada, mas para cobrir outros serviços é necessário mais investimento”, determina Ribeiro. A administração produziu em 2011 um material explicativo que foi destinado às escolas do município, em eventos e ações nas comunidades. “A consciência na separação do lixo é uma tecla que batemos há bastante tempo. As pessoas precisam começar a despertar um interesse pela preservação do meio ambiente. A revolução tem que ser na cabeça das pessoas”, acredita Ribeiro.

Limpeza dos contêineres
A limpeza dos equipamentos está sendo feita a cada três meses, segundo a prefeitura. A última foi realizada no final de dezembro. Existem alguns contêineres localizados próximos a restaurantes, mercados e padarias que têm mau cheiro devido ao mau acondicionamento do lixo orgânico. “Temos casos em que o lixo é jogado solto no contêiner e, assim, não tem como manter o equipamento limpo e sem cheiro”, frisa o secretário.

Vindo de encontro a esse ponto, no próximo dia 29 a prefeitura irá realizar uma reunião com empresários do setor alimentício para apresentar um decreto editado neste ano. De acordo com o documento, os estabelecimentos deverão fazer o licenciamento ambiental, o que inclui a destinação de resíduos. “Além de divulgar o decreto, vamos fazer mais um apelo porque estaremos autuando quanto ao mau acondicionamento dos resíduos”, avisa Ribeiro.

E o bom exemplo?
A prefeitura apurou os responsáveis pela destinação incorreta de lâmpadas fluorescentes em um contêiner da Rua John Kennedy. De acordo com o secretário Paulo Ribeiro, a fiscalização municipal foi até a loja de onde as lâmpadas foram adquiridas e esta forneceu o comprador: a Escola Estadual São Rafael. Em visita ao colégio, os responsáveis contaram à fiscalização que as lâmpadas foram trocadas e armazenadas na instituição e, após, foram entregues para uma pessoa que dizia dar o destino correto ao material. Quem abandonou as lâmpadas ainda não foi identificado.

Preocupação com o meio ambiente
A recomendação de separar corretamente o lixo seletivo e orgânico é seguida à risca pela secretária Silvana Scarmim Marzarotto, 44 anos. Em sua casa nada vai para o lugar errado. Os dois filhos, de 14 e sete anos, sabem muito bem disso. O principal objetivo é ajudar o meio ambiente e procurar deixá-lo melhor para as futuras gerações. “É importante passar essa consciência para os filhos, afinal, são eles que vão mudar o futuro. Tudo isso vai depender muito de nós, cada um fazendo a sua parte. Precisamos pensar: que mundo deixaremos para nossos filhos e netos?”, salienta Silvana.

Ela garante que destina os resíduos sabendo da importância de se ter um planeta melhor. Ao levar os detritos para os contêineres ela procura fechar bem os sacos para que o lixo não se espalhe. Silvana ampliou sua ação ambiental quando o município passou a ter coleta seletiva. Ela garante que sempre se preocupou em seguir a orientação e opina que falta orientação. “Muitas vezes as pessoas não têm esse conhecimento. É preciso uma maior divulgação dos pontos que recolhem outros materiais, aqueles que não vão para os contêineres. Mas temos também a questão cultural, a educação é ponto fundamental”, garante a secretária.

Separe e armazene bem o seu lixo
- Para que o lixo seja destinado corretamente, sem causar mau cheiro, ele deve primeiramente estar em sacos plásticos bem fechados.
- Cuidado na hora de colocar o lixo no contêiner para que o saco não rasgue dentro do equipamento. Dessa forma o lixo vai ficar solto e com cheiro.
- Fique atento ao horário de coleta. No município o processo é noturno, e o lixo pode ser descartado no final da tarde ou à noite. Quanto menos tempo ele ficar no contêiner, menos vai gerar problemas.
- Nos contêineres verdes vai o lixo orgânico – restos de comida, cascas de frutas, casca de ovo, sacos de chá e café, folhas, caules, flores, aparas de madeira, cinzas, folhas de árvore e outros materiais que entram em decomposição facilmente e podem ser transformados em adubo. Alguns produtos industrializados, fotografias, tomadas e adesivos devem ser colocados no orgânico por não terem aproveitamento em reciclagens. Papel higiênico, guardanapos e fraldas descartáveis vão sempre no lixo orgânico.
- Os contêineres amarelos acondicionam materiais seletivos – resíduos que não têm origem biológica ou que foram produzidos pelo ser humano, como plásticos, metais, vidros e papéis.



Silvana ensina ao filho Guilherme, de sete anos, a importância de separar o lixo. - Camila Baggio
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