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Segunda Maravilha

Monumento de equilíbrio perfeito entre a beleza natural e a construída pelo homem.

Monumento de equilíbrio perfeito entre a beleza natural e a construída pelo homem. Assim pode ser definida a ilha monte-abadia de Saint-Michel, localizada no golfo de Saint-Malo, noroeste da França. Todos os anos, três milhões e meio de turistas se dirigem à costa da Normandia para subir as ruas estreitas da vila que se formou ao pé do velho mosteiro. Logo à primeira vista de sua silhueta, alguns quilômetros antes de chegar, fica fácil entender por que os franceses o chamam de “la merveille”.

Onipresença

Muito antes de pisar na ilha de granito, escolhida pelo bispo Aubert depois de uma visão de São Miguel Arcanjo para construção de uma igreja no século VIII, já se pode ter uma idéia da magnitude do lugar. No horizonte, o perfil da abadia fundida à rocha impera entre as paisagens rurais da região. A vista vai ficando cada vez mais impressionante quanto mais próximo se chega dos 80 metros que constituem a “maravilha”. Também se descobre que a ilha, cercada por água somente quando a maré estiver alta, é ligada à costa por uma estrada elevada. Ao menos por enquanto. Um projeto do governo francês, com planos de conclusão para 2015, vai remover a atual estrada e construir uma ponte para pedestres. O objetivo da reforma é evitar que o Mont desapareça no meio dos sedimentos que vêem se acumulando por anos, fazendo assim com que a água circule mais livremente, como no passado. Felizmente, o estacionamento em sua base também será removido e o número de peregrinos do turismo, que hoje se amontoam nas ruas apertadas e lojas de souvenires, vai ser, enfim, controlado. Logo no início da subida está o hotel e restaurante La Mère Poulard, famoso por seus omeletes, preços exorbitantes e visitantes ilustres (Ernest Hemingway, Leon Trotsky, Yves Saint-Laurent, entre outros). No entanto, conforme se prossegue na caminhada, aparecem opções mais acessíveis, como o Le Mounton Blanc, que tem quartos por apenas 85 euros. Na verdade, até se chegar na abadia, cada centímetro de espaço é muito bem aproveitado, numa sequência que intercala hotéis, lojas de produtos regionais, restaurantes e muitas lojinhas de bugigangas, que não combinam com o ar medieval das construções. Às vezes é literalmente impossível se movimentar, e, então, se tem a sensação inevitável de estar numa interminável procissão, pagando por algum pecado desconhecido. Quando se chega ao topo, percebe-se que a visita vai valer a pena e, assim, os apertos e empurrões do caminho são rapidamente esquecidos.
 - Divulgação
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