Salas de aula ganham novo recurso pedagógico
Escolas municipais de educação infantil de Flores da Cunha utilizam tablets em atividades com crianças de quatro anos
Eles ainda não sabem ler e nem escrever, mal sabem dizer as horas, mas já dão os primeiros toques no mundo da tecnologia. O uso de smartphones, tablets ou computadores está cada vez mais presente na vida dos estudantes de ensino fundamental e médio de Flores da Cunha. Agora, quem mal saiu das fraldas também começa a se familiarizar com a prancheta eletrônica, inclusive na escola. O tablet é utilizado em duas escolas de educação infantil do município. Os estudantes de quatro anos das instituições de ensino Santa Teresinha e Irmã Tarcísia estão tendo aulas com o uso dos equipamentos como recurso pedagógico.
A Secretaria de Educação, Cultura e Desporto adquiriu 45 unidades do equipamento para serem utilizados pelas crianças. O objetivo é trabalhar como uma ferramenta didático-pedagógica que diverte as crianças e ajuda no seu desenvolvimento. “O tablet é um instrumento muito familiar das crianças, pois elas já vivem essa cultura digital e o uso em sala de aula irá proporcionar atividades para desenvolver habilidades importantes para essa faixa etária, como memorizar, raciocinar, criar, lidar com soluções de problemas”, explica a secretária de Educação, Ana Paula Zamboni Weber.
O tablet é usado para trabalhar essas habilidades na educação infantil de forma lúdica. As crianças terão à disposição aplicativos de jogos educativos. Todos eles têm um objetivo e trabalham no desenvolvimento da memória, criatividade, imaginação e sequência lógica. “O eixo para desenvolver essas habilidades é a ludicidade e a utilização da ferramenta é uma forma de linguagem, como são as brincadeiras na educação física ou os trabalhos com conteúdos diferentes. A tecnologia é mais uma forma de aproximar a criança desse novo século e que já vive numa cultura digital”, ressalta a secretária.
Pela tecnologia
Uma vez por semana, durante uma hora, os pequenos podem interagir com o equipamento. Tudo supervisionado por um professor treinado e que a cada aula terá um objetivo diferente de utilização da ferramenta – jogos, sons, imagens, pintura. A professora de Educação Física e horas-atividades da Escola Municipal Irmã Tarcísia, Nathanna de Figueredo, não vê problemas na iniciação precoce e acredita que a linguagem virtual ajuda na relação com outros conteúdos trabalhados em sala de aula. “É uma aula diferente que estimula o pensamento, o raciocínio, a memória e o visual. Os alunos ficam ansiosos pela atividade”, comenta Nathanna.
Na companhia de outros professores, a docente realizou uma formação focada no uso didático do tablet por meio dos aplicativos educacionais que trabalham o desenvolvimento da memória, da criatividade, da imaginação e da lógica. “Para trabalhar com os tablets os alunos seguem regras que foram apresentadas pelo professor. O papel da escola é permitir que as crianças tenham acesso a fontes diferentes, e a informática é uma delas”, cita a diretora da creche, Bernardete Carniel Debon.
Para as crianças, o tablet é mais fácil de ser utilizado. É menor que um computador, mais leve e rápido, o que facilita a interação. Durante a visita do Jornal O Florense à Escola Irmã Tarcísia, os pequenos Vanessa Bonny Carius, Daniel Pedrozzo, Lariane Valêncio e Joel da Silva, todos com quatro anos, não pararam de interagir com o equipamento durante a tentativa de conversa. Eles já conhecem os ‘truques’ para usar o tablet e dos jogos.
Além dos equipamentos usados pelas duas escolas municipais destinadas especificamente à educação infantil, os alunos da mesma faixa etária matriculados em escolas que abrangem outros anos do ensino fundamental já utilizam ferramentas tecnológicas nos laboratórios de informática. As escolas municipais têm à disposição também uma lousa digital, recurso que permite aumentar a interação nas aulas.
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