Saiba como proceder para minimizar lesões ocasionadas por águas-vivas
Dermatologista caxiense, Grasiela Monteiro, dá dicas para lidar com os ferimentos causados pelos animais cada vez mais frequentes no Litoral Gaúcho
Quem frequenta o Litoral Gaúcho, precisa lidar com um problema que é recorrente: queimaduras de água-viva. Segundo dados da Operação Verão, na virada do ano, somente entre sexta-feira e domingo, foram registradas 3.924 lesões, sendo 2.399 no primeiro dia de 2022. As praias do Litoral Norte somam a maior quantidade de banhistas vítimas dos ferimentos causados pelos animais marinhos, segundo os bombeiros.
As águas-vivas adultas têm o corpo com aspecto gelatinoso composto 95% por água, além dos tentáculos que possuem células especializadas na produção de toxinas. Quando elas se sentem ameaçadas, liberam por meio dos filamentos uma substância venenosa que, em contato com a pele, causa a sensação de queimadura, que resulta em dor de média a alta intensidade.
Quando ocorre o contato com os animais, o que é muito comum na época do veraneio, é importante saber como proceder para não agravar o ferimento. Conforme a dermatologista caxiense, Grasiela Monteiro, a primeira atitude ao ocorrer o contato com a água-viva deve ser a higienização do local com a própria água do mar. “Para aliviar a sensação de queimação, o mais indicado é lavar a área atingida com água salgada. Para neutralizar a ação do veneno e desprender os tentáculos, a pessoa atingida pode utilizar uma solução de vinagre e deixar alguns minutos na pele até passar a ardência, depois basta lavar novamente com a água do mar”, destaca.
A médica ainda salienta que outras práticas que estão no senso comum como esfregar areia sobre o ferimento ou passar outros produtos, não devem ser utilizadas. “Não se deve utilizar água doce ou ficar passando produtos, ervas ou outras receitas caseiras. O que funciona é a água salgada e o vinagre. É indicado também fazer compressas com água ou soro fisiológico gelados ou, ainda, com gelo, mas nunca em contato direto com a pele. É preciso utilizar um pano ou uma gaze para proteger a região atingida”, explica.
Conforme Grasiela, são raros os casos em que há necessidade de hospitalização devido aos acidentes com águas-vivas. O mais comum é que a pessoa que sofreu lesões por conta do contato com o animal marinho, tenha que consultar com um dermatologista: “Às vezes, nós precisamos utilizar hidratantes e cremes à base de corticoide pra aliviar a dor e a coceira e, em alguns casos, indicar antialérgicos via oral para melhorar mais rapidamente a reação na pele”.
Em casos de ferimentos de grandes proporções a indicação é procurar com urgência atendimento médico.
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