Geral

A Feira do Produtor existe desde 1989, a partir da criação de uma lei. Inicialmente era realizada na Rua Dr. Montaury, ao lado do Banco do Brasil, com o passar do tempo mudou-se para a esquina da Rua Garibaldi com a Júlio de Castilhos, ao lado da Agrobichos, na qual está localizada até hoje.  
Atualmente, os produtos da feira são comercializados duas vezes por semana, nas quartas-feiras, das 8h às 18h, e aos sábados pela manhã, das 7h às 12h, por dois agricultores do município, Vanio Sandi e Nelson José Molon. “O movimento não é muito grande na quarta-feira, mas no sábado está sendo bem bom. Eu calculo que nesse período de trabalho passam umas 200 pessoas na quarta e umas 400 no sábado”, relata Sandi.
Nela é possível encontrar produtos frescos e de qualidade, por ser um espaço no qual a comunidade pode adquirir diversos alimentos produzidos em Flores da Cunha, entre eles estão as frutas, as hortaliças, os temperos e, em breve, estarão os orgânicos. “O produto mais procurado sempre é o que está mais caro, eles reclamam do preço, mas é o que mais tem procura”, explica o agricultor, ao mesmo tempo em que informa que tomate, mamão, batata, cebola, saladas e cenoura são alguns dos itens mais vendidos, além de queijo e salame.
Apesar de a feira ocorrer somente duas vezes por semana, ela é uma forma de renda para os agricultores que participam. “No meu modo de vista a venda na feira é rentável e vale a pena, claro que, ela te dá lucro, mas, você não vai ficar rico em cima dela”, argumenta Sandi, que além da feira faz entregas aos mercados, restaurantes e pizzarias. “Só com a feira a gente não daria certo, tem que fazer outras entregas porque acaba sobrando as mercadorias, elas acabam ficando velhas e feias, e o pessoal quer qualidade. O pessoal normalmente compra com os olhos e não com o dinheiro”.
Vanio Sandi, de 50 anos, participa da feira há mais de 15 anos. Nesse período, o agricultor pôde acompanhar de perto a mudança de lugar do espaço, uma vez que iniciou seus trabalhos ainda quando a feira estava localizada ao lado do banco. “No começo a gente achou ruim sair do lado do Banco do Brasil, mas depois foi bom, aqui tem mais estacionamento, a estrutura é muito melhor do que tínhamos lá”, recorda Sandi, ao mesmo tempo em que diz acreditar que a mudança que ocorreu na época foi sem um planejamento.
Foi pensando em novas melhorias para a feira e na oferta de mais diversidade de produtos aos consumidores que, em maio de 2021, surgiu um novo projeto, o qual previa a reestruturação da atividade. De acordo com o atual secretário da Agricultura, Ismael Fortunatti, a pasta está trabalhando no projeto, mas, por enquanto, a comercialização permanecerá no mesmo local.
“A Feira do Produtor visa a cooperação entre os agricultores, consumidores e o poder público, aumenta a renda e fortalece a organização do pequeno produtor, aumenta o valor agregado dos produtos e oferece aos compradores produtos diversificados, com qualidade e preços mais acessíveis”, finaliza Fortutanati, dando ênfase a importância da feira para a comunidade florense.