Geral

Rua cede e problema aumenta em São Cristóvão

Além do muro de contenção ter caído em fevereiro, após temporal, queda do asfalto expôs galeria do Arroio Curuzu. Não há previsão de obras em curto prazo

Um problema exposto no final de fevereiro, quando um forte temporal caiu em Flores da Cunha, vem se agravando com o passar dos meses. A estrutura que apresentava pouca drenagem de água está cedendo junto ao Arroio Curuzu e se tornou um problema ainda maior. É o que aconteceu na Rua Luiz Zanandréa, em São Cristóvão, trecho onde o córrego passa e depois cruza a Avenida 25 de Julho. Além do muro de contenção estar caído desde fevereiro, em outro ponto, a pouco mais de 200 metros, o asfalto cedeu por completo deixando todo arroio ao ar livre. Obras exigem alto valor de investimento e não possuem previsão para início.

O trecho cedeu na noite do sábado, dia 2 de junho, e na manhã de segunda-feira as máquinas da prefeitura fizeram a limpeza do espaço para que a água pudesse seguir o fluxo. De acordo com o secretário de Obras e Viação, Valter Sgarioni, os 20 metros onde a galeria cedeu aguardam por melhorias, assim como o trecho que desabou em fevereiro. “Interditamos a rua. Assim que houver uma definição colocaremos a mão na massa”, complementa Sgarioni.

Há quatro meses, quando as fortes chuvas caíram em Flores da Cunha, além de alargar o leito do arroio e da galeria existente, a prefeitura apontou outros locais que necessitam de atenção especial, como o loteamento Parque dos Pinheiros e toda a extensão da Avenida 25 de Julho.

Conforme o prefeito Ernani Heberle (PMDB), as obras receberão prioridade, mas dependem de alto investimento. Ele explica que será iniciada uma avaliação técnica de toda a galeria. O trecho que cedeu fica no meio da rua e é provável que outros pontos também estejam comprometidos. Depois da avaliação, serão realizados orçamentos para levantar os custos das obras. “Infelizmente hoje não temos dinheiro sobrando, mas provavelmente será suspendida outra obra, onde já se tinham investimentos destinados, para fazermos essas melhorias que são prioridades e precisam ser feitas logo”, sustenta Heberle.

Desde fevereiro, quando parte do muro desabou, a prefeitura realizou a limpeza do arroio e uma drenagem, além de melhorias no muro de contenção. Segundo o prefeito, as equipes devem aguardar o nível de água baixar para iniciar as avaliações. “Provavelmente a estrutura sofreu com a ação da água naquele temporal, além das infiltrações. Temos um problema ainda maior, que é de não saber como está a situação do resto da galeria. Pode ser necessário abrir tudo”, observa.

Heberle mostra preocupação com o custo do trabalho: “Essas obras são caríssimas. Além de refazer a galeria, vamos aproveitar e aumentar a vazão da água. Após a avaliação e o orçamento, faremos uma estimativa de gastos para buscar as verbas”. Embora a solução desses gargalos seja prioridade, Heberle destaca que o orçamento de 2012 já está destinado para outras ações, por isso não há previsão de início das obras.

Estudos
Uma empresa será contratada para fazer a avaliação e os estudos técnicos de todas as regiões que possuem problemas de drenagem de água. Entre elas, a Avenida 25 de Julho, em São Cristóvão e no loteamento Pérola. O levantamento irá apontar soluções para escoamento da água e desobstrução do Arroio Curuzu. “Chega de improvisar. A partir de agora, quando colocarmos a mão, será para resolver. Para o ano que vem serão assegurados outros investimentos e priorizadas essas obras”, garante Heberle.

Relembre o caso
Foi exatamente no trecho do Arroio Curuzu que a enxurrada registrou o caso mais grave, a morte do taxista Olásio Minetto, 57 anos, que teve o carro levado pelas águas do córrego, o qual corta a localidade de São Cristóvão, na área sul do município, no dia 25 de fevereiro. Na intempérie Minetto dirigia o Prisma placas ISJ-1149. Ele levava na carona a namorada, Líbera Silveira Sgarioni, 46 anos – ambos se deslocavam para a casa de um irmão dele para prestar ajuda devido a um alagamento.
O motor do veículo desligou devido à grande quantidade de água que estava na rua. O Prisma começou a ser levado pela correnteza e a mulher conseguiu sair do automóvel. Líbera sofreu um ferimento na cabeça, foi socorrida e atendida no Hospital Fátima. O corpo de Minetto foi encontrado no dia seguinte, distante cerca de 400 metros de onde o carro caiu.

Trecho da Rua Luiz Zanandréa está interditado. - Camila Baggio
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário