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Revitalização do Campo Santo dos Imigrantes é entregue à comunidade

Solenidade ocorreu na tarde deste sábado, dia 30

A solenidade de entrega da revitalização do Campo Santo dos Imigrantes – antigo cemitério da capela São Martinho – ocorreu na tarde deste sábado, dia 30. O primeiro bem tombado pelo patrimônio histórico municipal passou por uma revitalização e ampliação, com a criação de um estacionamento, ajardinamento, placas de identificação e plantio de árvores. O ato de apresentação das obras contou com uma missa celebrada pelo pároco Edson Cecchin. O trabalho de revitalização foi realizado numa parceria entre a prefeitura municipal e a Associação dos Amigos do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi.

Segundo Fátima Caldart Galiotto, filha de Domingos Caldart – o ‘guardião’ do cemitério, falecido em setembro – atitudes como a da revitalização do espaço fazem toda a diferença. “Este cemitério é um museu a céu aberto e hoje preservamos a história dos que aqui estão enterrados”, disse.

A presidente da Associação dos Amigos do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, Lorete Calza Paludo, definiu o momento como emocionante. “Esse lugar não será mais o mesmo depois de hoje. A revitalização é uma vitória da cultura”, declarou.

De acordo com o prefeito, Lídio Scortegagna, é importante manter e preservar o patrimônio da comunidade. “É uma história que não pode se perder, vamos continuar torcendo e zelando para que isso se perpetue”, disse o prefeito.

História

O Campo Santo dos Imigrantes, assim denominado após o seu tombamento histórico em agosto de 2018, é o primeiro cemitério da comunidade do Travessão Martins, sendo formado exclusivamente por covas subterrâneas demarcadas por cruzes de ferro forjadas artesanalmente. O cemitério é cercado por uma taipa de pedra e tem como característica marcante o limbo, construído fora dos limites bentos do cemitério e destinado aos não católicos, os desconhecidos e as crianças que morriam antes de serem batizadas.

Outra curiosidade do Campo Santo é que durante a Revolução de 1923, devido a falta de espaço no limbo, foram enterrados cerca de 40 soldados que teriam sido mortos em confronto armado ocorrido na antiga Estrada entre o Travessão Martins e o Alfredo Chaves. Em 2015, o morador Plínio Mioranza, para demarcar o local onde esses soldados foram enterrados, colocou diversas cruzes menores.

No ano de 2016, os irmãos Liamar, Francisco Roberto, Paulo Renato, Ricardo e Jose Virgilio Venturini, filhos de Claudino Venturini e Oliva Caldart Venturini e descendentes de Domenico Caldart, adquiriram as terras onde se localiza o cemitério, com o objetivo de preservar o patrimônio histórico. O cemitério foi desativado em 1941, sendo o mais antigo e ainda preservado em suas características originais.

O ato de apresentação das obras contou com uma missa celebrada pelo pároco Edson Cecchin. - Bruna Marini
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