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Renato Borghetti faz show na Mostra Flores

Ícone da gaita, músico se apresenta neste domingo, dia 3, às 16h, no Parque da Vindima. A entrada é franca

Poucas pessoas devem saber, mas o ícone da gaita e artista internacional Renato Borghetti tem raízes em Flores da Cunha. Seu pai, Rodi Borghetti, nasceu em Nova Pádua, quando o hoje município era distrito de Flores. De tempos em tempos, Borghettinho visita a cidade para rever os familiares. Neste domingo, dia 3 de março, ele estará novamente por aqui. Mas, dessa vez, para apresentar a sua música por meio do projeto Canto da Terra. O cantor e acordeonista faz show a partir das 16h, na 5ª edição da Mostra Flores e 2ª Feira Agroindustrial, realizada no Parque da Vindima Eloy Kunz. A entrada e o estacionamento são gratuitos.

A apresentação de Borghetti em Flores da Cunha contará com o violinista Chico Saratt, o percussionista Caco Pacheco e o violinista de sete cordas Arthur Bonilla. “Nosso show será instrumental, mas com músicas também e acompanhamento de gaita”, adianta o cantor, em entrevista concedida por telefone.

Renato Borghetti começou a tocar gaita-ponto aos 10 anos. Em pouco tempo já era atração no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) comandado pelo pai. E com 16 anos se apresentou pela primeira vez. Seu primeiro disco, Gaita-Ponto, tornou-se o primeiro álbum de música instrumental brasileira a ganhar um disco de ouro, com 100 mil cópias vendidas. Excursionando por todo o Brasil – nesta semana estava em Goiânia (GO) para uma apresentação com a orquestra sinfônica –, ele esteve também na Europa e nas Américas. Levou a música gaúcha para a Croácia, República Tcheca, Áustria, Alemanha, França, Portugal, Hungria, Holanda, Eslovênia, Bélgica, Suíça e Argentina, e fez uma temporada no S.O.B’s, em Nova Iorque.

“A sonoridade do acordeon é familiar para o público europeu, mas o que noto no Brasil e também na Europa é que a música gaúcha não é muito conhecida. Não vejo isso como um problema e nem como uma verdade absoluta. O povo gaúcho é mais apegado à terra e tem muito apreço a sua região e a música não atinge o grande centro”, diz Borghetti, que complementa: “Na Europa se pensa o Brasil como samba, então sempre explico que a música que tocamos vem de uma região que neva em determinadas épocas, que produz bons vinhos. Mas tudo isso é uma realidade que não atrapalha em nada”.

O acordeonista está na estrada há mais de 25 anos, tem 15 discos e dezenas de participações em gravações de outros músicos. Em 1991, ganhou o prêmio Disco do Ano, categoria Regional, entregue pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Seu estilo, mesclado entre modernidade e folclore, é inconfundível. Perguntado sobre o sucesso ele é taxativo: “Teimosia (risos). Eu acho que qualquer atividade que se faça tem que buscar a qualidade. Na música se consegue isso, estudando, tendo intimidade com os instrumentos e buscando embasamento. Procuro fazer a música regional com muito cuidado, critério, de modo que não se perca as referências e identidade da minha terra”, salienta.

Para 2013 os projetos seguem intensos. Os trabalhos com orquestras sinfônicas, que foram recorrentes em 2012, devem ganhar um registro musical. Outra ideia é lançar um álbum com o violinista Arthur Bonilla. “Já viajei com ele pela Europa, América e Brasil e ainda não temos um trabalho registrado. Está na hora de lançar o trabalho em duo”, diz. O show de Renato Borghetti na Mostra Flores tem o apoio cultural da Fábrica de Móveis Florense e institucional do jornal O Florense e da rádio Pop Show.

Programe-se
Domingo, dia 3 de março*

14h30min – Chimarreando com a Pop Show e apresentação do grupo Camoatin
16h – Projeto Canto da Terra – show de Renato Borghetti

* A entrada e o estacionamento no Parque da Vindima Eloy Kunz, em Flores da Cunha, são gratuitos.

Com origens em Nova Pádua, Renato Borghetti tem mais de 25 anos de carreira e 15 discos lançados. - Natasha Uccusik/Divulgação
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