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Reinvindicações da ERS-122 ainda não atendidas

Há seis meses, uma reunião com a EGR ocorreu para avaliar a situação da ERS-122, principalmente entre os quilômetros 106 a 108, que possuem os maiores índices de acidentes

Há seis meses, em 28 de janeiro, após reinvindicações dos municípios de Flores da Cunha e Antônio Prado, uma reunião com a EGR ocorreu para avaliar a situação da ERS-122, principalmente entre os quilômetros 106 a 108, próximos à ponte Passo do Zeferino, que possuem os maiores índices de acidentes. Representa ndo a empresa esteve o diretor técnico da EGR, Milton Cipel, e as engenheiras civis Franciele Pereira Magnos, responsável pela análise de projetos, e Carla Trindade Scherer, responsável pela sinalização, os quais visitaram e projetaram algumas melhorias. Na época, o diretor técnico da EGR, destacou que a estrada tem uma concepção antiga, que favorece os acidentes. “Nosso objetivo é diagnosticar os pontos mais críticos. Com isso, o primeiro trabalho vai ser educativo. Vamos aumentar a sinalização, colocar placas de advertência, fazendo com que os motoristas tomem mais cuidado”, afirma. De acordo com Cipel, em 30 dias a sinalização deveria ser providenciada e instalada, mas até o momento nada se fez. 
O mesmo ocorreu em relação às obras, sobre as quais foram apontadas alterações pontuais. “Precisamos ter lugares mais seguros para os caminhões pararem. Os refúgios compostos por caixas de brita serão analisados”, garantiu Cipel na época.
O prefeito Lídio Scortegagna viajou para Porto Alegre na quarta-feira, dia 29, e disse à reportagem do O Florense que visitaria a EGR para pedir em que pé estão as melhorias. 
Conforme a Polícia Rodoviária Estadual, em 2019, no trecho administrado pela EGR, do km 80 (Caxias do Sul) ao 132 (Antônio Prado), foi registrado 73 acidentes, envolvendo 139 veículos e resultando em 85 pessoas feridas e 10 óbitos.
A assessoria da EGR, em nota encaminhada ao O Florense, destaca que “o trecho recebe serviços permanentes de conservação rodoviária, solucionando defeitos como buracos, de forma imediata. A estrada receberá nas próximas semanas revitalização de sinalização. A EGR também está elaborando um projeto de engenharia para licitar, ainda neste ano, uma empresa para realizar obras de recuperação de pavimento do segmento que administra, que vai do Km 80 ao 129, de Caxias do Sul a Antônio Prado”, declaram em nota.

A frustração da comunidade

Para o morador da comunidade do Travessão Rondelli Bertinho Piccoli, que já integrou o Conselho Comunitário da EGR, o pedágio impede o desenvolvimento da localidade. “Não sabemos até hoje que critérios foram usados para colocar o pedágio em São Roque. Nós, moradores, dizemos que é tão somente para arrecadação”, informa. Conforme Piccoli, que reivindica melhorias desde 1998, até 2015 a comunidade era ouvida. A partir daí, o contato foi só piorando. Ele ainda informa que tem moradores da localidade que ainda não possuem o cartão de passagem liberada. “Precisamos que a EGR se dedique ao lado social, as famílias que estão ali”. 
Piccoli ressalta, além da obra prometida há seis meses, de sinalização e caixas de brita, que em julho de 2019 os diretores da EGR informaram que estava sendo licitada o acesso da ERS-122 para RSC-453 e que imediatamente se faria essa obra. De acordo com a EGR, “a alça possibilitará que os condutores saiam da ERS-122 e acessem diretamente o trecho urbano da Rota do Sol”. “Essa obra também foi esquecida”, comenta o morador. 
Conforme Bertinho, o Travessão Rondelli quer discutir uma pauta junto à EGR. “Queremos as placas indicativas, proteção de metal, duas caixas de brita e rever o vale cartão pedágio, além de roçadas. Essas são feitas até Flores da Cunha, e, o sentido Antônio Prado está esquecido. Estamos desassistidos. Tudo se coloca agora por causa da Covid-19, mas a arrecadação continuou e, nós como moradores, queremos os nossos direitos”, finaliza.

ERS-122 entre Flores da Cunha e Antônio Prado pede melhorias.  - Gabriela Fiorio
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