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Quarenta por cento do vinho gaúcho está no portfólio da Agavi

Com 49 empresas associadas, entidade soma um volume de produção superior aos 100 milhões de litros de vinhos, espumantes e sucos de uva

A Associação Gaúcha de Vinicultores nasceu com a participação de 46 representantes de vinícolas da região, chegou a reunir 83 empresas e hoje firma-se com 49 importantes nomes do setor vinícola gaúcho (confira todos na contracapa). Essas empresas estão situadas em nove cidades da Serra, reunindo o que há de melhor no terroir gaúcho. A constante busca por crescimento e qualidade é uma característica dessa representativa parcela do setor vinícola gaúcho, que a cada ano inova e apresenta para o mercado produtos modernos.
Hoje, cerca de 60% do total de produção dos associados da Agavi é composta por vinhos de mesa, ou seja, aqueles elaborados a partir de uvas americanas. E engana-se quem leva para estes rótulos alguma diferenciação de qualidade, isso porque o produto tem alcançado patamares altos de consumo e de destaque no mercado, resultado de anos de evolução, especialmente no crescimento do engarrafamento. “Antigamente, praticamente todo o nosso vinho de mesa era vendido a granel. Hoje isso mudou muito graças aos incentivos e investimentos em qualificação e maquinário, especialmente nessa mudança na comercialização. Atualmente o granel é minoria e nossos associados garantem a qualidade no engarrafamento, rotulagem e, consequentemente, mais valor agregado”, destaca o diretor Executivo Darci Dani.
Nestes 40 anos, investir em engarrafamento sempre foi uma das bandeiras da Agavi, pensando em retorno para o associado, mas também para o setor como um todo, que consegue dar ênfase à qualidade dos vinhos. “Sempre foi um incentivo nosso o investimento no engarrafamento, pois só assim o produtor tem o controle sobre aquele produto até a mesa do consumidor.  Se ganha em valor de mercado, abrindo a possibilidade para que o consumidor conheça a marca e consuma outros produtos. Um vinho bom abre portas para muitos outros”, avalia Dani.
E foi assim que o portfólio das vinícolas associadas à Agavi foi ampliado e o vinho de mesa ganhou aporte no suco de uva, nos vinhos finos e nos espumantes. “Não são todas, mas muitas das nossas empresas já têm uma representativa produção de vinhos finos e espumantes, e isso acaba criando um padrão daquela vinícola junto ao consumidor, que se gostar, vai conhecer e consumir outros produtos. As vinícolas só têm a ganhar”, complementa o diretor.
Os 49 associados da Agavi somam cerca de 40% do total de vinho elaborado e comercializado no Rio Grande do Sul. São mais de 100 milhões de litros de vinhos e sucos. “Esses são dados de alguns anos, mas os percentuais se mantêm, pois as empresas só aumentam suas produções. Todo mundo cresce a cada ano”, finaliza Dani.

Terroir marcante

Este é o conceito que remete a um espaço de conhecimento entre ambiente físico e biológico e as práticas enológicas aplicadas, proporcionando características distintas aos produtos originários deste espaço. A Serra Gaúcha é um dos principais terroirs do Brasil – foi aqui que surgiu a primeira Denominação de Origem para vinhos do país, a D.O. Vale dos Vinhedos –, e mais do que isso, é um dos principais terroirs do mundo para a produção de espumantes.
E é na Serra Gaúcha que estão localizadas as 49 empresas associadas à Agavi, destacando-se assim produtos de excelente qualidade não apenas para espumantes, mas também para tintos e brancos. Estamos presentes em: Flores da Cunha, Nova Pádua, Caxias do Sul, Farroupilha, São Marcos, Campestre da Serra, Antônio Prado, Bento Gonçalves e Monte Belo do Sul. 

A modernização da Lei do Vinho

Uma lei antiga (a chamada Lei do Vinho, de 1988) ainda regulamenta a vitivinicultura brasileira. E reformular parte destas regras é uma das ações em que a Agavi está participando, juntamente com diversas entidades de todo o país, junto à Câmara Setorial do Vinho, em Brasília. Para o presidente Leocir Luvison, a atualização de alguns pontos e a simplificação de outros é fundamental para acompanhar o desenvolvimento do setor. “Veja bem quanto o setor mudou, cresceu e se desenvolveu. É preciso fazer essa revitalização e ajustar alguns parâmetros que estão, inclusive, atrapalhando os enólogos na parte da composição do produto, resultando em dificuldades para se lançar alguns itens”, alega Luvison.
O debate sobre a Portaria nº 346, de 1º de julho de 2021, que estabelece os Padrões de Identidade e Qualidade, bem como as regras complementares relativas à rotulagem e ao processo produtivo para os Vinhos Derivados da Uva e do Vinho e revoga atos normativos com matérias pertinentes, deverá ser pauta mais um tempo e, quando concluído, seguirá ao Ministério da Agricultura, que tem a competência de regulamentar a produção de vinhos no País.

 - Divulgação
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