Projeto estimula um mundo melhor por meio da educação
Ação 'Vida, Valores e Cidadania', do Consepro, teve início com estudantes das escolas Tancredo Neves e Interativa
Proporcionar ao aluno o contato direto com líderes e profissionais de referência, com temas relevantes na vida e na formação dos valores desses jovens. Este é o objetivo do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) de Flores da Cunha com o projeto Vida, Valores e Cidadania, que teve início no dia 9, na Escola Interativa. Até novembro, cerca de 70 estudantes do 8º e 9º anos das escolas Interativa e Tancredo Neves, ambas localizadas no bairro União, terão mais oito encontros, em formato de seminário, sempre divididos em até três palestrantes. Os temas abordados serão os mais diversos, como espiritualidade, economia, bulling, ética, cidadania, entre outros relacionados à formação dos adolescentes.
Para o presidente do Consepro, o advogado Itamar Brusamarello, o projeto é uma forma de preparar jovens mais conscientes para o futuro. “É uma honra para o Consepro poder contribuir para um mundo melhor por meio da educação. Acreditamos que na educação se constrói, se modifica e se transforma e o projeto nasceu com o objetivo de resgatar a ética, a moral, os bons costumes, o respeito, o convívio em grupo e também familiar. Por meio dessa iniciativa vamos colocar os alunos em contato direto com líderes do nosso município, pessoas que exercem papel de responsabilidade e função social e, quem sabe, esses estudantes, que são nosso futuro, se espelhem nesses cidadãos de referência”, valorizou, durante a abertura do projeto.
A participação dos alunos será reconhecida com certificados e premiações para os melhores trabalhos realizados em sala de aula no decorrer dos seminários. Para Brusamarello, os jovens serão, a cada encontro, motivados a pensar o futuro que almejam. “Temos que capacitar vocês para o amanhã. O que vocês querem para o amanhã como pessoas, como florenses, como cidadãos? Como vocês vão atingir os seus objetivos sem desrespeitar o próximo, sem deixar o outro aquém? São essas respostas que esses seminários multidisciplinares vão tentar ajudar vocês a encontrarem”, pontuou.
Neste ano, o projeto funcionará de forma experimental. Se ao final for avaliado de forma positiva, será apresentado para a Secretaria da Educação com o intuito de ser levado também para outras instituições de ensino. “Procuramos duas escolas com realidades distintas para avaliar como o projeto é recebido. Neste primeiro encontro tivemos uma sinalização muito positiva dos alunos e pessoas envolvidas”, adianta Brusamarello.
Os temas
Até novembro os encontros mensais abordarão assuntos variados e serão realizados no Espaço Cultural São José, no Centro Empresarial, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, no Sindicato da Construção Civil e Mobiliário, na Câmara de Vereadores, além de outras entidades. Os temas foram listados pela diretoria do Consepro, levando em conta a realidade dos jovens e também a escolha da futura profissão. “Buscamos assuntos relevantes para a idade deles e relacionados à formação dos adolescentes, mas também buscando atrelá-los a profissionais e líderes do município, levando aos estudantes o contato com diferentes profissionais já que dentro de poucos anos eles terão a escolha da própria profissão”, enfatiza o presidente.
Opiniões do Judiciário e da Polícia Civil
Neste primeiro encontro, os convidados foram a delegada Aline Martinelli e o juiz Roberto Laux Junior. Ele falou sobre a responsabilização do menor infrator. “A Constituição prevê que a pessoa se desenvolve de maneira gradual com o passar dos anos. Com isso, entende-se que, a partir dos 12 anos, a criança passa a ser adolescente e, em caso de ato infracional, responde a medidas socioeducativas. Com essa idade a pessoa tem um determinado nível de entendimento sobre o que está fazendo. Dos 18 anos em diante, tem plena capacidade de entender o que pode ou não fazer”, explicou aos alunos. A redução da maioridade penal para 16 anos também foi citada por Laux.
A titular da Delegacia de Polícia falou sobre os crimes na era digital, o uso seguro e os perigos da exposição na internet. “Costumamos dizer que hoje são dois mundos, o real e o virtual. Este último é mais ousado, onde é muito mais fácil se esconder, contudo, se a internet evoluiu, o nosso trabalho de investigação também, na maioria dos casos que envolvem a internet conseguimos chegar até o autor. O cyberbullying tem sim consequências e os responsáveis têm responsabilização, inclusive se for adolescente. As formas de uso da internet são várias, temos que ter responsabilidade com o próximo sempre”, destacou a delegada.
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