Geral

Projeto de reciclagem gera renda às escolas florenses

Ação Plástico do Bem contribui para o descarte correto de resíduos e a preservação do meio ambiente

Muitas são as preocupações sobre o meio ambiente, e as escolas de Flores da Cunha estão engajadas numa ação conjunta quando se trata de educação ambiental. Desde agosto, oito escolas municipais participam do projeto Plástico do Bem, que orienta sobre ações de sustentabilidade, descarte correto de resíduos e preservação do meio ambiente. 
A iniciativa do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), juntamente com o Departamento Municipal de Meio Ambiente, multiplicará conhecimentos de reciclagem e criará oportunidade de renda extra às escolas. Conforme o responsável do trabalho de educação ambiental no município, o biólogo Elias Zientarski Michalski, o projeto dissemina conhecimentos de separação, limpeza e destinação correta de resíduos plásticos pós-consumo para a reciclagem, além de fomentar a economia. “Quando iniciamos o trabalho de educação ambiental no início do ano, vi a necessidade de por em prática aquilo que se ensina. Por isso, buscamos mais um projeto para agregar e mobilizar não só as escolas, mas também a comunidade”, revela o biólogo.
Os professores e alunos do 1º ao 9º ano das instituições florenses, durante os meses de agosto e setembro, passaram por capacitações com o biólogo Rafael Lima, com o apoio didático do Plastivida e do Instituto do PVC, que trabalhou ludicamente a ideia de disseminar noções de consumo responsável, descarte e destinação correta do plástico. Com os novos subsídios, os alunos e professores aprenderam a coletar, selecionar e limpar os resíduos plásticos. Mais de 1,7 mil alunos e 245 professores florenses foram capacitados.

Engajamento 
As escolas Francisco Zilli, do distrito de Otávio Rocha, Benjamin Constant e 1º de Maio, se engajaram e foram as primeiras a completar os recipientes, trocando o plástico por renda extra para auxiliar a escola. “Não imaginava que íamos arrecadar tantas coisas. Os pais chegam na escola para trazer os filhos com os porta-malas cheios de plástico. E os alunos não estão engajando só os familiares, mas também bares e restaurantes que estão guardando as garrafas pet para eles”, conta a diretora da Escola Municipal 1º de Maio, Silvana Leandra Deon Rigo.

O que é o projeto

A iniciativa do Simplás iniciou em abril de 2018 com as escolas de Farroupilha, e, no início do ano, expandiu o projeto para Caxias do Sul. “Essas novas conquistas são muito benéficas. Quando iniciamos esse projeto, a ideia era a expansão para outros municípios, mas hoje podemos ver que o Plástico do Bem está tomando uma proporção muito grande porque as pessoas estão vendo a sua importância, tanto em âmbito da educação ambiental quanto na geração de renda para as escolas” destaca a gerente executiva da entidade, Daniela Camargo. 
Desde o início do projeto, mais de 40 toneladas de material foram encaminhadas para a reciclagem, gerando uma renda de aproximadamente R$ 40 mil para as escolas integrantes. Conforme Daniela, cada instituição é livre para utilizar sua parcela dos recursos da maneira que considerar mais adequada. 
Com a participação de Flores, o intuito é aumentar ainda mais esses números. “Evidentemente, a renda adicional obtida com a destinação do material para a reciclagem faz muita diferença para cada uma das escolas e é por isso que todas estão tão empenhadas em melhorar cada vez mais o seu desempenho de arrecadação. É um acréscimo importante no orçamento. Mas, para a sociedade como um todo, o principal é a formação e consolidação desta nova geração de cidadãos mais conscientes e responsáveis com aquilo que é produzido e consumido por todos. Este é o benefício coletivo que será percebido realmente no futuro”, assinala a gerente executiva. 
No total, mais de 35 mil estudantes e 3,6 mil professores das redes públicas municipais já foram capacitados para a separação, limpeza e destinação correta de materiais plásticos pós-consumo. 

Como funciona

- O Simplás oferece capacitação e material didático para professores e orientadores das escolas, empresas, associações, clubes ou quaisquer outras organizações interessadas em participar da iniciativa.
- Os professores, orientadores ou líderes capacitados pelo Simplás trabalham noções de reciclagem e sustentabilidade com suas turmas ou grupos, ensinando formas de descarte correto, separação e limpeza dos materiais plásticos. 
- Em suas residências, os estudantes, funcionários ou demais participantes do projeto coletam, separam e limpam o material plástico que poderá ser reaproveitado e o levam de volta às respectivas escolas ou organizações.
- Nas instituições, o material trazido pelos estudantes é armazenado em recipientes de grande porte (os big bags), também fornecidos pelo Simplás. Quando o big bag estiver cheio, a entidade aciona a empresa recicladora para fazer a coleta do material.
- A empresa recicladora vai até cada entidade participante, mediante agendamento, recolhe o material, faz a pesagem e substitui os big bags cheios por outros vazios.
- O peso do material recolhido determina o valor pago à escola ou organização pela empresa recicladora. É importante que o material esteja separado e limpo corretamente – em 2019 o valor corresponde a R$ 1 por quilo de plástico limpo recolhido.
- Cada escola ou entidade participante do projeto Plástico do Bem poderá utilizar como quiser os recursos obtidos com a venda do material para reciclagem.

 

Alunos e professores de Flores da Cunha já passaram pela capacitação do Simplás.  - Simplás/Divulgação
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário