Projeto Comprador da Wine South America deve gerar mais de R$ 6 milhões em negócios
Rodadas incluíram mais de 130 representantes brasileiros e do exterior
Mais de R$ 6 milhões em negócios projetados para os próximos 12 meses e cerca de 700 contatos. O resultado do Projeto Comprador da Wine South America (WSA), apresentado nesta semana em reunião do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), foi considerado positivo pelo setor e, em especial, pelas quase cem vinícolas brasileiras que participaram da feira internacional, no final de setembro, em Bento Gonçalves (RS). A ação foi viabilizada por meio de parceria entre a empresa Milanez & Milaneze - representante do grupo Veronafiere - com o Ibravin, Sebrae Nacional e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Na primeira edição foi registrada a participação de cerca de seis mil visitantes, com a presença de 250 marcas expositoras.
No Projeto Comprador voltado à exportação, 22 vinícolas participaram de mais de 400 rodadas de negócio com representantes de empresas de 10 países - Chile, Peru, Paraguai, Colômbia, Panamá, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Espanha e Rússia. Para incentivar as vendas no mercado interno, o Projeto reuniu compradores dos 25 estados brasileiros, que prospectaram negócios com 65 vinícolas e devem resultar em R$ 2,5 milhões em vendas nos próximos 12 meses. Já na ação voltada ao mercado externo, os 30 compradores encaminharam cerca de R$ 3,5 milhões para o mesmo período.
O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, afirma que o Projeto Comprador foi umas das principais iniciativas realizadas junto à feira, destacando o período do ano como estratégico para o fechamento de negócios. “A vinda de mais de 130 compradores, entre os representantes brasileiros e do exterior, e o volume de negócios que foram encaminhados ajudaram a alavancar as vendas para o final de ano”, acredita. Bertolini acrescenta que no braço internacional o destaque foi para a presença de 70% de compradores de países da América Latina, mostrando o potencial deste mercado para o vinho brasileiro.
O diretor comercial Franco Perini participou das rodadas de negócios com compradores nacionais e destacou o projeto como uma importante plataforma de relacionamento. Segundo ele, mais do que fechar negócios, o objetivo é receber os compradores na região para associar as atividades comerciais com turismo e gastronomia. “São fatores que ajudam neste tipo de ação. Receber bem os compradores, mostrar novidades, mas também proporcionar momentos de lazer para esses visitantes. Tudo isso ajuda para atingir o objetivo principal que é a venda”, acredita.
A agente internacional Mari Balsan elogiou o foco dado à vinda de buyers da América do Sul. Segundo a executiva, são muitas as vantagens de negociar com os países vizinhos. “A proximidade com estes mercados acaba gerando custos menores, menor tempo para envio dos produtos, a logística toda é mais facilitada”, resume.
Mari enfatiza que o Brasil tem uma imagem positiva junto aos países da América Latina, o que auxilia no fechamento de negócios. “É importante nos fortalecermos como um bloco de países produtores, o que acaba ajudando também em outros mercados, como Europa e Ásia”, diz.
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