Geral

Projeto amplia número de servidores públicos

Prefeito Ernani Heberle (PDT) enviou proposta à Câmara de Vereadores que prevê o aumento do funcionalismo. Argumento é de que a estrutura administrativa está defasada, no comparativo com o início da década

Tecnicamente é necessário. Com essa frase o prefeito Ernani Heberle (PDT) sustenta o envio do projeto à Câmara de Vereadores que prevê a ampliação do quadro de servidores municipais de Flores da Cunha. A proposta que cria 30 cargos começou a ser discutida pelo poder legislativo no dia 2. “Nossa realidade é diferente. Temos quase o mesmo número de funcionários de 2001. A população cresceu, e as atribuições também”, argumenta Heberle.

O projeto prevê vagas para técnico em contabilidade (1), fiscal de posturas, obras e meio ambiente (2), engenheiro civil (1), arquiteto (1), assistente social (1), psicólogo (1) e técnico em enfermagem (5) e agente administrativo (18). “Queremos qualificar a estrutura de atendimento. Estamos trabalhando no sufoco. Sobre os agentes, serão eles que, dentro da Reforma Administrativa, ficarão com as informações em cada secretaria. Atualmente, os dados ficam com CCs (cargos comissionados)”, explica o prefeito.

Os postos administrativos serão destinados para todas as secretarias. Na Saúde serão três vagas, e na Educação, duas – vão liberar professores para as salas de aula. No Planejamento, uma das duas vagas será para atuação na captação de recursos junto ao governo federal. As pastas de Administração e Governo e Fazenda terão três novos funcionários cada. Um cargo será destinado ao atendimento das demandas dos conselhos municipais e, outro, para o serviço de proteção e orientação ao consumidor, o chamado Procon, ainda a ser criado em Flores da Cunha.

O prefeito ressalta que desde que assumiu a administração teve a preocupação de criar uma estrutura adequada, sem comprometer as finanças e estabelecer um teto para conter as despesas com pessoal e com a manutenção da estrutura pública. “Com isso, pretendemos diminuir a quantidade de horas-extras”, pontua Heberle, salientando que a constante descentralização de serviços por parte dos governos federal e estadual, fruto de novos programas, faz com que a prefeitura absorva novas atribuições.

A Secretaria da Administração e Governo realizou um diagnóstico da estrutura, considerando a evolução do quadro de servidores e a receita do município nos últimos 10 anos. Em 2001, a prefeitura arrecadou R$ 16,5 milhões e tinha 429 servidores – o que correspondia a 41,88% do orçamento com despesa de pessoal. Passada uma década, a previsão de orçamento é de R$ 46,2 milhões e são 483 trabalhadores – o que corresponde a 40,39% do orçamento com o custeio de pessoal. Os servidores inativos aumentaram de 53 para 124, no mesmo período.

Na Câmara, alguns vereadores da Oposição começaram a articular críticas contra a medida do Executivo. Em defesa, o líder de governo, Osmar Doro (PDT), explicou resumidamente os motivos pelos quais o projeto, que não tem prazo para ser votado, foi enviado ao legislativo.


Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário