Prefeitura custeou quase 80% da Festa de 2011
Prestação de contas do evento realizado entre fevereiro e março deste ano mostrou que, pela falta de patrocínios, poder público teve de investir mais de R$ 680 mil. Presidente da Associação Comunitária deixou um recado: Festa precisa ser reavaliada
A Festa Nacional da Vindima (Fenavindima) 2011 teve um gasto total de R$ 873.734,11. A receita do evento atingiu R$ 891.179,00, resultando em um pequeno saldo positivo de R$ 11 mil, valor que foi devolvido aos cofres do poder público. Em resumo, a prefeitura custeou quase 80% da Festa – especificamente 78,2% –, a qual não teve nenhum grande patrocinador. A única verba extra registrada no balanço foi repassada pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), de R$ 20 mil. Esses e outros números foram apresentados na prestação de contas realizada no final da tarde de terça-feira, dia 9, no gabinete do prefeito de Flores da Cunha, Ernani Heberle (PDT).
No total, a prefeitura encaminhou R$ 683,4 mil para a realização da Festa. Entre as outras receitas estão valores arrecadados com eventos, como as festas de escolha e coroação das soberanas, aluguel de espaços e bilheteria (veja todos os números no quadro à esquerda). A Fenavindima teve público pagante total de 18.342 pessoas. Além disso, foram distribuídos cerca de 20,5 mil ingressos cortesia e um sábado do evento teve entrada franca.
Entre as despesas, os principais montantes foram aplicados nos pavilhões do Parque da Vindima Elóy Kunz, na mídia (rádios, jornais, TVs), em shows e sonorização e nos desfiles. Cabe ressaltar que grande parte do valor gasto é considerada investimento, principalmente aquela aplicada na estrutura do parque e na reforma dos carros alegóricos.
O presidente da Associação Comunitária Fenavindima, Sérgio Dal’Alba, ressaltou que o balanço financeiro fora apresentado à prefeitura ainda no dia 13 de maio e, agora, à sociedade. “Todos os fornecedores foram pagos em dia e nenhum centavo está pendurado”, avisou. Dal’Alba agradeceu o apoio da prefeitura e do Ibravin, de todas as comissões, da presidente da Festa, Cristiane Passarin, de todas as secretarias municipais e das soberanas – rainha Elisa Toigo e princesas Ariane Schiavenin e Duana Nesello. “Um agradecimento especial fica para o Nei Manosso, que foi meu braço direito e, muitas vezes, o esquerdo também”, disse o ex-secretário de Administração e Governo. Manosso, atual secretário da Fazenda, é vice-presidente da Associação Fenavindima.
Ao término do encontro, Dal’Alba frisou que a Festa foi “um pouco atípica, pois a equipe de captação de recursos esperava um resultado que não se concretizou”. “A Fenavindima merece ser repensada: para quem, para que”, pontuou o presidente da Associação. Coincidentemente, mas não com as mesmas palavras, foi o recado dado por Valmor Ghelen em 2009, o qual presidiu a 11ª edição.
Março de 2010
Em março do ano passado, durante o pré-lançamento da Fenavindima na Festa da Uva, em Caxias do Sul, o prefeito Ernani Heberle havia dito que um projeto de reformulação total do Parque da Vindima havia sido cadastrado em Brasília, totalizando R$ 1,8 milhão. O valor não foi liberado pelo governo federal. Além disso, um projeto de revitalização feito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) em parceria com a prefeitura de Flores estava em andamento. Por meio dele a proposta seria remodelar o espaço, incluindo o pavilhão principal, o que também não foi concretizado.
No total, a prefeitura encaminhou R$ 683,4 mil para a realização da Festa. Entre as outras receitas estão valores arrecadados com eventos, como as festas de escolha e coroação das soberanas, aluguel de espaços e bilheteria (veja todos os números no quadro à esquerda). A Fenavindima teve público pagante total de 18.342 pessoas. Além disso, foram distribuídos cerca de 20,5 mil ingressos cortesia e um sábado do evento teve entrada franca.
Entre as despesas, os principais montantes foram aplicados nos pavilhões do Parque da Vindima Elóy Kunz, na mídia (rádios, jornais, TVs), em shows e sonorização e nos desfiles. Cabe ressaltar que grande parte do valor gasto é considerada investimento, principalmente aquela aplicada na estrutura do parque e na reforma dos carros alegóricos.
O presidente da Associação Comunitária Fenavindima, Sérgio Dal’Alba, ressaltou que o balanço financeiro fora apresentado à prefeitura ainda no dia 13 de maio e, agora, à sociedade. “Todos os fornecedores foram pagos em dia e nenhum centavo está pendurado”, avisou. Dal’Alba agradeceu o apoio da prefeitura e do Ibravin, de todas as comissões, da presidente da Festa, Cristiane Passarin, de todas as secretarias municipais e das soberanas – rainha Elisa Toigo e princesas Ariane Schiavenin e Duana Nesello. “Um agradecimento especial fica para o Nei Manosso, que foi meu braço direito e, muitas vezes, o esquerdo também”, disse o ex-secretário de Administração e Governo. Manosso, atual secretário da Fazenda, é vice-presidente da Associação Fenavindima.
Ao término do encontro, Dal’Alba frisou que a Festa foi “um pouco atípica, pois a equipe de captação de recursos esperava um resultado que não se concretizou”. “A Fenavindima merece ser repensada: para quem, para que”, pontuou o presidente da Associação. Coincidentemente, mas não com as mesmas palavras, foi o recado dado por Valmor Ghelen em 2009, o qual presidiu a 11ª edição.
Março de 2010
Em março do ano passado, durante o pré-lançamento da Fenavindima na Festa da Uva, em Caxias do Sul, o prefeito Ernani Heberle havia dito que um projeto de reformulação total do Parque da Vindima havia sido cadastrado em Brasília, totalizando R$ 1,8 milhão. O valor não foi liberado pelo governo federal. Além disso, um projeto de revitalização feito pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) em parceria com a prefeitura de Flores estava em andamento. Por meio dele a proposta seria remodelar o espaço, incluindo o pavilhão principal, o que também não foi concretizado.
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