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Prefeitura amplia a compra de serviços de saúde

Renovação do contrato com o Hospital Fátima permite que sejam usados até R$ 170 mil mensais dos recursos públicos de Flores da Cunha para o custeio de atendimentos médicos

As dificuldades financeiras enfrentadas pelo Hospital Nossa Senhora de Fátima, devido à falta e atraso de repasses dos governos estadual e federal, tiveram um alento nesta semana. No dia 20 o prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna, renovou o contrato do poder público com a instituição e assinou um termo aditivo que permite a ampliação de repasses. De acordo com o documento, a prefeitura poderá encaminhar, por meio de recursos próprios, até R$ 170 mil mensais para a compra de serviços e também para a complementação do custeio de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até então, o contrato permitia a contratação de até R$ 158 mil em serviços.

De acordo com a diretora administrativa do Hospital Fátima, Andréia Francescato Vignatti, a renovação do contrato focou-se em três pontos: o reajuste de 8,76% para cobrir a inflação das tabelas de serviços e exames, a ajuda de custeio de R$ 15 mil para o Pronto-Socorro (que até então não existia) e os 100% dos sobreavisos hospitalares assumidos pela prefeitura. “Existe essa parceria entre hospital e prefeitura, a qual nos deu essa pequena ajuda de custo. Tudo nos ajuda, mas não resolve o problema, porque ainda temos verbas atrasadas da União e do Estado”, salienta a diretora.

No montante de R$ 170 mil, o novo contrato prevê que até R$ 66.960 sejam destinados para a contratação de plantões de ginecologistas, pediatras, anestesistas e cirurgiões. Na complementação de custeio o teto mensal estabelecido é de R$ 15 mil para procedimentos ambulatoriais; R$ 4 mil para serviços de ecografia; e R$ 6 mil para médico internista; somando um total de até R$ 91.960 para manter os serviços básicos de saúde. O município também custeia R$ 300 por cada parto realizado e R$ 54 por consulta médica, entre outros itens. A complementação de custeio consiste na diferença entre o valor da tabela do SUS e o valor do procedimento.

De janeiro a junho deste ano, segundo o prefeito florense, o município comprou serviços e complementou a tabela do SUS do Hospital Fátima com R$ 812.564, valor 30% superior ao mesmo período do ano passado, quando foram gastos R$ 624.280. Em 2015, o governo federal já repassou (janeiro a junho) R$ 659.928 para o Hospital (foram R$ 495.746 em 2014); e o governo estadual enviou R$ 524 mil, acréscimo de 17%.

Até o mês de junho foram repassados à instituição hospitalar quase R$ 2 milhões, somando-se as verbas da União, do Estado e do município. “Acreditamos que com a ampliação dos repasses dos governos federal, estadual e municipal, neste ano o Fátima conseguirá melhorar seus indicadores econômicos. Antes do comprometimento da realização de qualquer obra, a prefeitura garantiu verba para pagar em dias os valores destinados ao Hospital e aos serviços de saúde e educação”, aponta o prefeito Scortegagna. Conforme ele acrescenta, em 2014 saiu do cofre municipal R$ 1.514.512 para o Hospital Fátima (contabilizando as verbas estaduais e federais, o Fátima recebeu R$ 4.051.182).


Da esquerda para a direita, secretário da Saúde, Vanderlei Stuani; presidente do Hospital Fátima, Bruno Debon; prefeito florense, Lídio Scortegagna; e diretora administrativa do hospital, Andréia Francescato Vignatti. - Bárbara Lipp/Prefeitura de FC/Divulgação
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