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Prefeito Lídio quer o pedágio longe de Flores da Cunha

Prefeitos devem reivindicar a extinção da praça e melhorias na ERS-122, que apresenta pontos críticos

Pelo menos seis prefeitos da região, entre eles o florense Lídio Scortegagna (PMDB), irão deixar seus gabinetes na manhã de hoje, dia 28, rumo a Porto Alegre, para uma reunião com a diretoria da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). O pedido é pela extinção da praça de pedágio da ERS-122 na localidade de São Roque, em Flores da Cunha. Após duas semanas do repasse da administração do posto à estatal, a rodovia apresenta inúmeros buracos desde Caxias do Sul até Antônio Prado. Na tarde de ontem, dia 27, alguns trechos receberam manutenção.

Os prefeitos de Antônio Prado, Nilson Camatti (PT); Nova Roma do Sul, Marino Testolin (PT); Nova Pádua, Itamar Bernardi (PMDB); Ipê, Valério Marcon (PP); Campestre da Serra, Marta Gieltzer (PMDB); e Flores da Cunha, Lídio Scortegagna, se reunirão com o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, para tentar resolver os problemas que o pedágio traz para a região. Principalmente para Flores, no argumento de Lídio. “A cidade está dividida pela praça. O pedido é, em último caso, pela alteração da localização do pedágio”, comenta o prefeito florense.

De acordo com Lídio, além de reivindicações, a expectativa é de um encontro de troca de ideias. “Num primeiro momento vamos levar nosso descontentamento por ter uma praça de pedágio em Flores da Cunha. Depois, queremos agradecer por as portas serem abertas para a conversa e diálogo. Tivemos um governador que implantou o pedágio, outro que colocou a bidirecionalidade, ambos sem conversar com o município. Esse governo pelo menos está abrindo o diálogo”, valoriza Scortegagna.

O principal pedido será para a remoção da praça de pedágio. “De fato vamos pedir o que será feito com o pedágio, a extinção ou mudança do local. Queremos ouvir eles e as alternativas”, acrescenta o prefeito. Além da praça, Scortegagna deve levar a proposta de manutenção da rodovia e também de um convênio para a instalação de uma lombada eletrônica na ERS-122, no trecho que passa pelo loteamento Pérola – o que já deveria ter ocorrido desde 2009.

O encontro com o presidente da EGR servirá também para tirar dúvidas, já que agora a concessão da rodovia é do Estado. “A mobilização foi feita pela deputada Marisa Formolo (PT), a partir de um encontro que tivemos no início de junho. Fiquei pressionando ela, afinal, Flores tem o maior interesse. Queremos saber exatamente de quem é a responsabilidade pela manutenção da ERS-122 agora. Vamos pedir sobre os trevos, acessos a empresas, para esclarecer como será de agora em diante”, explica Scortegagna.

O jornal O Florense tentou quatro contatos com Bertotto ontem, da EGR, que limitou-se a informar, por meio de sua assessoria de imprensa, que o encontro será para receber os pedidos, “mais para ouvir do que falar”.

Encontro articulado
A reunião com a EGR contará também com a presença da deputada estadual Marisa Formolo (PT). A parlamentar foi uma das articuladoras do encontro que deve discutir a situação do pedágio em Flores da Cunha. No dia 4 de junho ela recebeu em seu gabinete regional, em Caxias do Sul, os prefeitos que apresentaram as reivindicações, entre elas mais investimentos no trecho pedagiado, a localização do posto de cobrança, a situação do passe livre, entre outras. Desde então a deputada buscou uma data para o encontro. A pedido da EGR, a reunião foi marcada somente para o final do mês para que a estatal tivesse condições de colher informações precisas sobre a estrada e a situação da praça.

Relembre
Em função do fim do contrato de concessões privadas, a EGR passou a ser a administradora do trecho entre Caxias e Antônio Prado, que conta com 46,4 quilômetros. O valor do pedágio florense é o mais alto (R% 5,20) entre as outras três praças administradas pela empresa (Encantado, Boa Vista do Sul e Cruzeiro do Sul). Os moradores de São Roque e do entorno da praça continuam com o benefício de passe livre pelas cancelas mediante a apresentação do cartão de registro. Os pedágios de Vila Cristina e de São Marcos deixaram de existir por estarem localizados em rodovias federais. A praça de Farroupilha foi fechada em cumprimento à promessa de campanha do governador Tarso Genro (PT).

Falta manutenção
A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) assumiu no dia 12 de junho a administração de 216 quilômetros de rodovias no Rio Grande do Sul. Além de Flores da Cunha, Encantado, Boa Vista do Sul e Cruzeiro do Sul, passaram para a concessão estadual. Passados 16 dias, as condições da ERS-122, que liga Caxias do Sul, Flores da Cunha e Antônio Prado, está deixando muitos motoristas mais atentos durante a viagem. De Caxias até Flores são pelo menos oito pontos com muitos buracos que obrigam o motorista a fazer desvios.

De Flores até Antônio Prado a situação não é diferente, embora grande parte da rodovia esteja em boas condições. Alguns trechos possuem panelões que, com as chuvas constantes dos últimos dias e o alto fluxo de veículos, ficam cada vez maiores. Até então a manutenção da 122 era de responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RE); agora, a EGR deve assumir os investimentos das melhorias.

Nos dias 26 e 27 uma empresa terceirizada, contratada pela EGR, fez a manutenção dos trechos mais perigosos. A empresa estima que mais de 50 pontos receberam melhorias. Mesmo assim, o motorista ainda precisa de atenção especial para não cair em um dos incontáveis buracos. Nos próximos dias a EGR deve assumir mais três praças de pedágio na região central do Estado. Os pedágios de Venâncio Aires, Candelária e Rio Pardo estão de cancelas abertas desde a manhã de quarta-feira.

ERS-122 ficou esburacada após saída da Convias. Operação tapa-buraco era realizada ontem no trecho entre Caxias do Sul e Flores da Cunha. - Larissa Verdi
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