Prefeito de Nova Pádua anuncia obras para 2011
Em entrevista exclusiva, Itamar Bernardi disse também que o ano de 2010 serviu para consolidar sua administração
“As pessoas entenderam a nossa forma de governar.” Dessa forma o prefeito de Nova Pádua, Itamar Bernadi (PMDB), o Kiko, iniciou a entrevista para avaliar o seu segundo ano à frente do poder público. Elogiando a condição financeira do município e prometendo uma obra surpresa com custo estimado em R$ 300 mil para janeiro de 2011, ele projeta que o próximo ano será muito importante para a economia paduense, principalmente pelo fato de que a União de Vinhos encaminhará a instalação da sua matriz no município.
A grande obra do mandato de Kiko, que deve sair do papel neste ano, é o novo Centro Administrativo. Já existe verba reservada para que o prédio seja erguido atrás da atual prefeitura. O projeto está pronto. Confira a seguir os principais trechos da entrevista com Kiko, concedida em seu gabinete.
O Florense: Que avaliação que o senhor faz do segundo ano à frente da prefeitura de Nova Pádua?
Itamar Bernardi: No último ano conseguimos avançar no que eu mais esperava: o nosso jeito de trabalhar, com dinamismo e visão. Este segundo ano consolidou a nossa administração, a do Kiko e do Ronaldo. Consolidou no sentido de que a administração e os servidores sabem o que precisa ser feito. Isso passa pela parte administrativa e pelos serviços que oferecemos. Os funcionários e a população estão entendendo o jeito que a gente queria e quer trabalhar até o final do mandato. Temos a possibilidade de investir, não se esquecendo de alcançar os índices na saúde e na educação. Nós sabemos que, a cada ano, aumentam as obrigações das prefeituras, e o orçamento não muda muito. O custo dos serviços oferecidos pela prefeitura está crescendo, e isso você pode perceber em qualquer administração, seja em Flores da Cunha ou Caxias do Sul. Por exemplo: em 2011, teremos uma espécie de nova secretaria, que é do meio ambiente. Teremos de manter isso, um novo serviço ao cidadão. Em contrapartida, não receberemos nada. Teremos de ter um fiscal de meio ambiente e uma bióloga. Claro que existirão algumas taxas por trás disso, mas provavelmente o custo será maior. Dentro do que nos propomos a fazer desde o início, mesmo encontrando resistências dentro da administração – algumas pessoas me diziam “Ah, mas eu sempre fiz assim” –, conseguimos mudar alguns processos. Essa resistência acabou porque as pessoas entenderam a nossa forma de governar.
O Florense: Sobre o orçamento, já que ele aumenta pouco a cada ano, o que a prefeitura pode ou tem feito para aumentar os investimentos?
Bernardi: Aqui em Nova Pádua existe uma particularidade. O município é praticamente agrícola. Na teoria, quanto mais se investir na agricultura, maior seria o retorno, desde que as condições do tempo não prejudiquem as safras. O que procuramos fazer: subsidiar o trabalho no campo com horas-máquinas, entregando-a na hora certa para o agricultor preparar a terra. O Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola (Pida), seja para ampliações das estruturas existentes ou construções de novas, é uma maneira de permitir que o produtor faça sua criação, lucre e gere receita para o município. Uma agricultura forte produz mais retorno de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Repito: desde que nenhuma intempérie atrapalhe, ou que o preço mínimo não seja respeitado. Sobre este último assunto, em 2010 tivemos problemas. Alguns produtores receberam R$ 0,28 pelo quilo da fruta, ou menos (o preço mínimo estipulado pelo governo era de R$ 0,46). Isso diminuiu o retorno de ICMS, porque a produção foi menor. Além de prejudicar o agricultor, diminui a arrecadação da prefeitura. Esperamos que o preço mínimo da uva de R$ 0,52 para 2011 seja respeitado. A uva é o nosso principal produto, é o nosso carro-chefe.
O Florense: Já que o senhor falou da uva, ao conversar com os produtores, qual a expectativa da safra 2010/2011? Alguns comentários são referentes que será muito boa...
Bernardi: Por enquanto está tudo dando certo. O clima está colaborando, com chuvas caindo no tempo certo e o sol aparecendo forte. Isso é muito importante na fase da floração. Pelos relatos que ouvi será uma safra interessante – o agricultor está contente com o que está vendo no seu parreiral. Claro, se tudo correr bem até fevereiro. Torço para que isso aconteça. Daí teremos um considerável aumento da quantidade de quilos e do preço, em relação a 2011. Isso vai ocasionar o quê? Um maior retorno de ICMS aos cofres da prefeitura.
O Florense: Vou repetir uma pergunta feita ao senhor em meados e no final de 2009: como estão as finanças do município? O caixa não ficou mais “raspado”?
Bernardi: Não, não está “raspado”. Investimos R$ 1 milhão na estrada do Travessão Divisa, um dinheiro que sobrou. Em 2010 serão mais de 18% investidos na saúde (o mínimo, por lei, é de 15% do orçamento), 28% na educação (mínimo é 25%), e mesmo assim pudemos investir. Compramos o terreno destinado à União de Vinhos, que custou quase R$ 700 mil. Licitamos em dezembro R$ 180 mil para asfaltar um trecho da Rua Dom Júlio Scardovelli – temos em caixa o valor. Ainda trocamos redes de esgoto no centro e no loteamento Jorge Baggio e bueiros no interior. Isso tudo é investimento. Também no interior, foram quase R$ 300 mil em brita para estradas. Isso é uma forma de incentivar a agricultura. Tirando a receita de dezembro, que é considerado o mês mais “gordo” do ano, temos em caixa R$ 700 mil, que é um valor considerável.
O Florense: No ano passado o senhor prometeu que uma grande vinícola iria se instalar no município. Hoje, como anda o processo para que a União de Vinhos monte sua matriz no município?
Bernardi: Acredito que está tudo encaminhado. A vinícola está organizando questões de licenciamento ambiental, ou seja, estamos no aguardo da empresa. A União de Vinhos não pode investir sem saber se a área será liberada ou não. A parte da prefeitura está feita: o terreno está escriturado em nome do poder público e a questão das máquinas para terraplanagem foi definida. Provavelmente encaminharemos o processo com cessão de uso da área.
O Florense: Na área política, o senhor não encontra dificuldades na Câmara de Vereadores pelo fato de a Situação ser maioria. É mais fácil governar assim?
Bernardi: Para qualquer administrador, se os projetos que você tem favoreçam Nova Pádua, não existiriam motivos para a Oposição votar contra. Claro que existem discussões, mas elas ficam no ambiente de Câmara de Vereadores. Eu sei separar muito bem isso, e não me envolvo. Eles têm a opinião deles. Acredito que não tenha um vereador que vote contra um projeto por causa de política. Espero que não tenha isso. E espero que não venha a ter, mesmo sabendo que aqui em Nova Pádua a política transcenda a ideia do todo. Na verdade, ter a maioria na Câmara facilita o encaminhamento de um projeto urgente.
O Florense: Sobre o assunto obras, qual a previsão para 2011?
Bernardi: Estamos abrindo a estrada do Cerro Largo, em direção a Nova Pádua. Em fevereiro deveremos asfaltá-la. Na cidade, vamos calçar a Rua Ângelo Pilatti. Tenho outra obra que só vou divulgar em janeiro... É uma ação que irá custar R$ 300 mil. Será outra ideia de investimento, mas que será importante para o município. A nossa grande obra será o Centro Administrativo. Temos o projeto pronto e vamos erguer todo o prédio. Reservamos inicialmente R$ 350 mil, mas terei toda a arrecadação a maior para aplicar nessa obra, totalizando R$ 1 milhão. Se não deixar 100% pronta em 2011, pelo menos faltará pouca coisa.
O Florense: Na saúde, o senhor havia frisado que estava com dificuldades para conseguir um médico para o turno da tarde no posto de saúde. Como está a situação?
Bernardi: Na parte da manhã não temos problemas. À tarde temos um contrato emergencial, que foi renovado por mais seis meses em novembro. Em fevereiro estamos nos programando para realizar um concurso público para médicos. Além disso, tenho uma vaga para professor para a escola municipal. São duas faltas pontuais.
O Florense: Que projeções o senhor faz para o terceiro ano do seu mandato?
Bernardi: Acredito que 2011 será um ano muito importante economicamente para Nova Pádua. Implantaremos o Plano Municipal do Meio Ambiente, um assunto novo para o município e para a população. Em termos de obras, 2011 foi todo planejado – asfaltamentos, a nova prefeitura, a obra surpresa e, provavelmente, a nova vinícola. A vinda de uma nova empresa no setor vitivinícola tem a finalidade de destinar a matéria-prima que temos em abundância: a uva. Essa empresa será uma garantia de destinação da nossa produção, deixando o agricultor tranquilo. Não é um investimento político, mas sim pensado no agricultor de Nova Pádua. A contrapartida disso é a geração de empregos e renda para o município. A produção de sucos, vinhos e espumantes gerará um dividendo interessante para Nova Pádua. Hoje alguns agricultores pegam o caminhão e vão entregar suas uvas em São Marcos e Caxias do Sul. Essa uva ficará aqui no município.
A grande obra do mandato de Kiko, que deve sair do papel neste ano, é o novo Centro Administrativo. Já existe verba reservada para que o prédio seja erguido atrás da atual prefeitura. O projeto está pronto. Confira a seguir os principais trechos da entrevista com Kiko, concedida em seu gabinete.
O Florense: Que avaliação que o senhor faz do segundo ano à frente da prefeitura de Nova Pádua?
Itamar Bernardi: No último ano conseguimos avançar no que eu mais esperava: o nosso jeito de trabalhar, com dinamismo e visão. Este segundo ano consolidou a nossa administração, a do Kiko e do Ronaldo. Consolidou no sentido de que a administração e os servidores sabem o que precisa ser feito. Isso passa pela parte administrativa e pelos serviços que oferecemos. Os funcionários e a população estão entendendo o jeito que a gente queria e quer trabalhar até o final do mandato. Temos a possibilidade de investir, não se esquecendo de alcançar os índices na saúde e na educação. Nós sabemos que, a cada ano, aumentam as obrigações das prefeituras, e o orçamento não muda muito. O custo dos serviços oferecidos pela prefeitura está crescendo, e isso você pode perceber em qualquer administração, seja em Flores da Cunha ou Caxias do Sul. Por exemplo: em 2011, teremos uma espécie de nova secretaria, que é do meio ambiente. Teremos de manter isso, um novo serviço ao cidadão. Em contrapartida, não receberemos nada. Teremos de ter um fiscal de meio ambiente e uma bióloga. Claro que existirão algumas taxas por trás disso, mas provavelmente o custo será maior. Dentro do que nos propomos a fazer desde o início, mesmo encontrando resistências dentro da administração – algumas pessoas me diziam “Ah, mas eu sempre fiz assim” –, conseguimos mudar alguns processos. Essa resistência acabou porque as pessoas entenderam a nossa forma de governar.
O Florense: Sobre o orçamento, já que ele aumenta pouco a cada ano, o que a prefeitura pode ou tem feito para aumentar os investimentos?
Bernardi: Aqui em Nova Pádua existe uma particularidade. O município é praticamente agrícola. Na teoria, quanto mais se investir na agricultura, maior seria o retorno, desde que as condições do tempo não prejudiquem as safras. O que procuramos fazer: subsidiar o trabalho no campo com horas-máquinas, entregando-a na hora certa para o agricultor preparar a terra. O Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola (Pida), seja para ampliações das estruturas existentes ou construções de novas, é uma maneira de permitir que o produtor faça sua criação, lucre e gere receita para o município. Uma agricultura forte produz mais retorno de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Repito: desde que nenhuma intempérie atrapalhe, ou que o preço mínimo não seja respeitado. Sobre este último assunto, em 2010 tivemos problemas. Alguns produtores receberam R$ 0,28 pelo quilo da fruta, ou menos (o preço mínimo estipulado pelo governo era de R$ 0,46). Isso diminuiu o retorno de ICMS, porque a produção foi menor. Além de prejudicar o agricultor, diminui a arrecadação da prefeitura. Esperamos que o preço mínimo da uva de R$ 0,52 para 2011 seja respeitado. A uva é o nosso principal produto, é o nosso carro-chefe.
O Florense: Já que o senhor falou da uva, ao conversar com os produtores, qual a expectativa da safra 2010/2011? Alguns comentários são referentes que será muito boa...
Bernardi: Por enquanto está tudo dando certo. O clima está colaborando, com chuvas caindo no tempo certo e o sol aparecendo forte. Isso é muito importante na fase da floração. Pelos relatos que ouvi será uma safra interessante – o agricultor está contente com o que está vendo no seu parreiral. Claro, se tudo correr bem até fevereiro. Torço para que isso aconteça. Daí teremos um considerável aumento da quantidade de quilos e do preço, em relação a 2011. Isso vai ocasionar o quê? Um maior retorno de ICMS aos cofres da prefeitura.
O Florense: Vou repetir uma pergunta feita ao senhor em meados e no final de 2009: como estão as finanças do município? O caixa não ficou mais “raspado”?
Bernardi: Não, não está “raspado”. Investimos R$ 1 milhão na estrada do Travessão Divisa, um dinheiro que sobrou. Em 2010 serão mais de 18% investidos na saúde (o mínimo, por lei, é de 15% do orçamento), 28% na educação (mínimo é 25%), e mesmo assim pudemos investir. Compramos o terreno destinado à União de Vinhos, que custou quase R$ 700 mil. Licitamos em dezembro R$ 180 mil para asfaltar um trecho da Rua Dom Júlio Scardovelli – temos em caixa o valor. Ainda trocamos redes de esgoto no centro e no loteamento Jorge Baggio e bueiros no interior. Isso tudo é investimento. Também no interior, foram quase R$ 300 mil em brita para estradas. Isso é uma forma de incentivar a agricultura. Tirando a receita de dezembro, que é considerado o mês mais “gordo” do ano, temos em caixa R$ 700 mil, que é um valor considerável.
O Florense: No ano passado o senhor prometeu que uma grande vinícola iria se instalar no município. Hoje, como anda o processo para que a União de Vinhos monte sua matriz no município?
Bernardi: Acredito que está tudo encaminhado. A vinícola está organizando questões de licenciamento ambiental, ou seja, estamos no aguardo da empresa. A União de Vinhos não pode investir sem saber se a área será liberada ou não. A parte da prefeitura está feita: o terreno está escriturado em nome do poder público e a questão das máquinas para terraplanagem foi definida. Provavelmente encaminharemos o processo com cessão de uso da área.
O Florense: Na área política, o senhor não encontra dificuldades na Câmara de Vereadores pelo fato de a Situação ser maioria. É mais fácil governar assim?
Bernardi: Para qualquer administrador, se os projetos que você tem favoreçam Nova Pádua, não existiriam motivos para a Oposição votar contra. Claro que existem discussões, mas elas ficam no ambiente de Câmara de Vereadores. Eu sei separar muito bem isso, e não me envolvo. Eles têm a opinião deles. Acredito que não tenha um vereador que vote contra um projeto por causa de política. Espero que não tenha isso. E espero que não venha a ter, mesmo sabendo que aqui em Nova Pádua a política transcenda a ideia do todo. Na verdade, ter a maioria na Câmara facilita o encaminhamento de um projeto urgente.
O Florense: Sobre o assunto obras, qual a previsão para 2011?
Bernardi: Estamos abrindo a estrada do Cerro Largo, em direção a Nova Pádua. Em fevereiro deveremos asfaltá-la. Na cidade, vamos calçar a Rua Ângelo Pilatti. Tenho outra obra que só vou divulgar em janeiro... É uma ação que irá custar R$ 300 mil. Será outra ideia de investimento, mas que será importante para o município. A nossa grande obra será o Centro Administrativo. Temos o projeto pronto e vamos erguer todo o prédio. Reservamos inicialmente R$ 350 mil, mas terei toda a arrecadação a maior para aplicar nessa obra, totalizando R$ 1 milhão. Se não deixar 100% pronta em 2011, pelo menos faltará pouca coisa.
O Florense: Na saúde, o senhor havia frisado que estava com dificuldades para conseguir um médico para o turno da tarde no posto de saúde. Como está a situação?
Bernardi: Na parte da manhã não temos problemas. À tarde temos um contrato emergencial, que foi renovado por mais seis meses em novembro. Em fevereiro estamos nos programando para realizar um concurso público para médicos. Além disso, tenho uma vaga para professor para a escola municipal. São duas faltas pontuais.
O Florense: Que projeções o senhor faz para o terceiro ano do seu mandato?
Bernardi: Acredito que 2011 será um ano muito importante economicamente para Nova Pádua. Implantaremos o Plano Municipal do Meio Ambiente, um assunto novo para o município e para a população. Em termos de obras, 2011 foi todo planejado – asfaltamentos, a nova prefeitura, a obra surpresa e, provavelmente, a nova vinícola. A vinda de uma nova empresa no setor vitivinícola tem a finalidade de destinar a matéria-prima que temos em abundância: a uva. Essa empresa será uma garantia de destinação da nossa produção, deixando o agricultor tranquilo. Não é um investimento político, mas sim pensado no agricultor de Nova Pádua. A contrapartida disso é a geração de empregos e renda para o município. A produção de sucos, vinhos e espumantes gerará um dividendo interessante para Nova Pádua. Hoje alguns agricultores pegam o caminhão e vão entregar suas uvas em São Marcos e Caxias do Sul. Essa uva ficará aqui no município.
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