Geral

Prefeito ‘congela’ seu salário, do vice e dos secretários

Medida anunciada por Lídio Scortegagna gerou manifestações durante sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, na qual foram aprovados cinco projetos, entre eles, o que concede reposição salarial ao funcionalismo público

Com o argumento de conter despesas, o prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna (PMDB), anunciou o congelamento do seu salário, do vice-prefeito e dos secretários. A medida integra um dos cinco projetos encaminhados à Câmara de Vereadores com a solicitação da realização de uma sessão extraordinária, ocorrida ontem, dia 25 de janeiro. Na mesma proposta estava prevista a reposição salarial do funcionalismo municipal, de 10,67%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses.

Em acordo com o sindicato da categoria, haverá o repasse de 6,67% em janeiro e de 4% em maio. “Estamos cientes da crise que o país está vivenciando e o nosso município também sofre com isso. Com o congelamento dos salários dos agentes políticos teremos uma economia de R$ 170 mil no ano”, afirma o prefeito.

Com o ‘bloqueio’ dos vencimentos dos secretários (CCs) e do prefeito e vice, fica a Câmara com a incumbência de encaminhar ou não um projeto para aumento de salários dos parlamentares. “O prefeito tomou uma decisão correta e não precisa encaminhar projeto para reajuste dos vereadores. Quem quiser encaminhar projeto para aumento dos vereadores que encaminhe, essa casa é soberana”, opinou o líder de governo, Valdir Franceschet (PMDB).

“Respeito a decisão do prefeito, mas tem respingos políticos nisso. É um jogo político do prefeito em cima da Câmara de Vereadores”, disse Élio Salvador (PP).

“Isso é demagogia do prefeito a meu ver, mas precisamos pensar nos servidores. E eles são a maioria. Foi deselegante do prefeito essa atitude”, ponderou o presidente da Casa, Luiz Antônio Pereira dos Santos (PDT).

Em Flores da Cunha o prefeito recebe R$ 18.076,08; o vice, R$ 8.367,49; e os secretários, R$ 9.194,94 cada (são nove, mais o procurador-geral do município, que tem status de secretário). Os vereadores têm remuneração mensal de R$ 3.550,02 e, o presidente da Câmara, de R$ 5.325,02.

Na sessão extraordinária de ontem, além da aprovação do aumento do funcionalismo, os parlamentares foram favoráveis às seguintes propostas: repasse de R$ 120 mil para o projeto Mão Amiga; de R$ 120 mil para a União Pela Vida Animal (Upeva); de alteração do Fundo do Conselho Gestor dos Servidores; e repasse de R$ 197 mil para a Associação Florense de Esportes (AFE). 


O prefeito Lídio Scortegagna (D) com o vice-prefeito, Almir Zanin. - Fabiano Provin
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário