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Preço mínimo da uva ainda está sem definição

Valor do quilo a ser aprovado pelo Conselho Monetário Nacional nos próximos dias deve ser de R$ 0,57, tendo como referência a uva Isabel de 15 graus babos.

O prazo fixado pela legislação, de que o preço mínimo da uva deve ser divulgado 60 dias antes do início da safra, já passou faz tempo. Os produtores aguardam uma definição do Conselho Monetário Nacional (CMN). O valor a ser definido é de R$ 0,57, obtido por meio de levantamentos feitos pelos produtores de uva da região, levando em conta fatores como a inflação, o salário mínimo e valores dos insumos agrícolas utilizados na produção.

O coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin, explica que todos os documentos, tabelas e levantamentos necessários estão com o CMN, que deve colocar o assunto em pauta e aprová-lo nos próximos dias. “O que falta é só questão burocrática para que o acordo seja aprovado. Existe certa urgência, pois na próxima semana já existem regiões que iniciam a safra e precisamos da tabela. Acredito que nos próximos dias isso será homologado”, acredita Schiavenin.
Levando em consideração o preço mínimo definido na safra de 2011 (R$ 0,52), a proposta deste ano (R$ 0,57) teve crescimento real de 3% após quatros anos de valores sem alteração. O valor tem como referência o quilo da uva Isabel de 15 graus babos (graus de açúcar na uva), por ser a variedade mais produzida.

Já o custo de produção da uva definido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi de R$ 0,62, inferior ao da Comissão Interestadual da Uva, que ficou em R$ 0,65. “Pelo custo, o preço mínimo deveria ser mais alto, mas é sempre muito difícil devido à inflação. Foi o máximo que conseguimos depois de muita luta e trabalho”, ressalta Schiavenin.

Qualidade deve marcar safra de 2012
Apesar das perdas ocasionadas pela chuva de granizo e pela estiagem, uma das expectativas para a colheita de uva deste ano é a alta qualidade do produto. De acordo com o coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidente do STR de Flores e Nova Pádua, Olir Schiavenin, com exceção das uvas atingidas pela chuva de granizo, os vinhedos estão bonitos e prometem garantir uma boa safra. “A parreira está bem sã, verde e com uma boa sanidade, e os cachos estão parelhos, o que é garantia de qualidade”, conta. Para a expectativa ser confirmada, o tempo deve colaborar, mas tudo indica que a safra de 2005 será superada, considerada a de mais alta qualidade nos últimos anos.

Em termos de quantidade, a produção deve ser menor do que a de 2011. Mesmo com novas áreas que entram em produção, as perdas com o granizo foram bastante significativas (mais de 20% em Flores da Cunha), além da estiagem. O chefe do escritório da Emater em Flores da Cunha, Valdir Franceschet, também enfatiza uma produção de qualidade para 2012. “Foi um ano mais enxuto e, com isso, a uva tende a ter mais qualidade. Quanto mais chuva, aumenta o custo e diminui a qualidade”, explica.



Em 2011, Flores da Cunha produziu 106,6 milhões de quilos da fruta. - NaHora/Antonio Coloda
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