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Os preços dos combustíveis têm baixado em todo o país. Somente no mês de novembro, a Petrobras anunciou uma redução de 19% no valor da gasolina e o litro nas refinarias passou de R$ 1,55 para R$ 1,50, o que representa uma baixa de 3,53%. Entretanto, no início de dezembro os preços voltaram a subir. O último dado, registrado na quarta-feira, dia 5, mostra que a Petrobras está comercializando a gasolina às distribuidoras por R$ 1,53. Em Flores da Cunha e Nova Pádua, a tendência nacional tem ocorrido, mas de forma tímida. Num levantamento feito pelo Jornal O Florense, nesta semana, nos postos dos dois municípios, houve uma baixa de R$ 0,24 no preço dos combustíveis desde o mês de junho. Num comparativo de valores entre os mesmos postos nos meses de junho e de dezembro, a diminuição chegou a R$ 0,11 – um único posto teve aumento de combustível nesse período, totalizando em dezembro R$ 0,08 a mais do que o registrado em junho. Os preços dos combustíveis nos postos locais apresentam um equilíbrio que varia entre R$ 0,05 a R$ 0,15 dependendo do local (veja os preços dos combustíveis em cada um dos postos na tabela). Entretanto, os usuários têm uma desvantagem em abastecer em Flores e Nova Pádua se comparado a municípios vizinhos como Caxias do Sul. Os valores praticados aqui são mais altos, com diferenças que variam de até R$ 0,17. Enquanto que em Caxias do Sul os preços não ultrapassam os R$ 4,79, aqui chegam a R$ 4,89.

Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, de Empresas de Garagem, Estacionamento, de Limpeza e Conservação de Veículos e Lojas de Conveniência de Caxias do Sul e Região (Sindipetro Serra), Eduardo D´Agostini Martins, esse é um período bom para o setor. “Viemos de um mês e meio de queda que não esperávamos, mas essa semana já teve um aumento, pequeno, mas sempre é significativo. Estamos num período que esperamos que o combustível não volte a aumentar, porque quanto mais baixo o valor, mais combustível é vendido”, destaca Martins.

De acordo com ele, a queda mais lenta nos preços pagos pelo consumidor é explicada pelos altos impostos que incidem sobre o combustível. “Depois que a gasolina sai da refinaria é acrescido muito no valor. Tem toda uma carga tributária que gira em torno de 50%, o que encarece o produto. Para 2019 temos a expectativa que o preço se mantenha estável”, explica o presidente.

Mesmo com as baixas nas refinarias, na prática o preço da gasolina ficou apenas 1,75% mais barato no país, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Uma pesquisa realizada em 1º de dezembro aponta que o preço médio nas bombas é de R$ 4,77 – uma diferença de R$ 0,07 da última pesquisa realizada em 24 de novembro, quando o valor era de R$ 4,84.

O Procon de Caxias aponta que o preço do litro da gasolina poderia estar R$ 0,41 mais barato, sendo que o custo do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional sofreram redução constante e as refinarias baixaram o valor, mas as distribuidoras e, por consequência, os postos, não estão repassando a diminuição.