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Polícia Federal prende em Flores da Cunha suspeito de integrar esquema que teria fraudado contratos em Florianópolis

Operação Ave de Rapina cumpriu 38 mandados de busca, apreensão e prisão em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Homem foi detido no Centro do município

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã de hoje, dia 12 de novembro, pela operação Ave de Rapina, pessoas que integrariam uma organização criminosa que praticava crimes contra a administração pública de Florianópolis (SC). Ao todo foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e de prisão. Além da capital catarinense, foram detidos suspeitos em Joaçaba (SC), Porto Alegre, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul e Flores da Cunha. No Centro de Flores o preso, que não teve o nome revelado pela Polícia Federal, seria executivo de uma empresa que fabrica e instala lombadas eletrônicas (controladores de velocidade). O dono desta empresa também foi preso.

Conforme a PF, no Rio Grande do Sul foram apreendidos cerca de R$ 100 mil em dinheiro. Aproximadamente 200 policiais federais atuaram na Ave de Rapina. A investigação comprovou a existência de um esquema de corrupção inserido na Câmara de Vereadores de Floripa, no Instituto de Planejamento Urbana de Florianópolis (Ipuf) e na Fundação Cultural Franklin Cascaes, no que se refere ao recebimento de dinheiro de empresários por servidores públicos, em troca da manutenção ou elaboração de contratos milionários.

Em um primeiro plano, segundo a Polícia Federal, foi comprovado que empresas especializadas em radares e lombadas eletrônicas simulavam concorrência em licitações com o apoio de servidores para garantir a elaboração de contratos com o poder público. Em troca, pagavam mensalmente propina aos integrantes da organização criminosa.

Em um segundo plano, constatou-se que empresários especializados em eventos festivos e culturais fraudavam licitações, também com a participação ativa de agentes públicos de Florianópolis, por meio do recebimento de informações privilegiadas relativas às empresas concorrentes e orientações de como proceder para fraudar o trâmite, com consequente desvio/apropriação de recursos públicos.

Finalmente, num terceiro plano, apurou-se que a existência de corrupção na elaboração de leis municipais em Florianópolis, visando beneficiar empresários, que pagavam altas quantias em dinheiro para ter seus interesses estampados nas normas municipais. Também durante as investigações foram comprovados a realização de depósitos e saques do dinheiro referente à propina, com a utilização da conta de ‘laranjas‘.

Agentes apreenderam no Estado R$ 100 mil em dinheiro. - Polícia Federal/Divulgação
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