Geral

Poder Judiciário definirá o futuro da empresa Metalbus

Continuidade da recuperação judicial ou falência são as alternativas analisadas pelo juiz da Comarca de Flores da Cunha. Fabricante de ônibus está fechada e trabalhadores estão sem receber desde setembro de 2014

Após quase 10 meses de portas fechadas, segue indefinido o futuro da Metalbus Indústria Metalúrgica, detentora da marca Maxibus, instalada no Travessão Marquês do Herval, na Linha 80, em Flores da Cunha. Com um processo de recuperação judicial aberto desde 2008, a empresa fechou as portas em setembro de 2014 e deixou cerca de 120 funcionários sem trabalho. O processo, acompanhado pelo administrador judiciário José Paulo Soares, designado pela Justiça, foi encaminhado no início de junho ao Ministério Público (MP) e ao juiz da Comarca de Flores da Cunha, Roberto Laux Junior. É a Justiça que irá apontar a viabilidade em manter a recuperação judicial da empresa ou então abrir o pedido de falência, desdobrando o patrimônio e a lista de credores da Metalbus.

Um empreendimento que chegou a ocupar lugar de destaque no ranking das maiores empresas de Flores da Cunha, a metalúrgica fabricava carrocerias para três diferentes segmentos de ônibus (rodoviário, urbano e micro-ônibus) e chegou a exportar 100% da produção. Porém, há sete anos luta para superar o processo de recuperação. De acordo com Soares, o cenário de crise contribuiu com a dificuldade de investimento na área, assim como os obstáculos na missão de reativar a empresa.

Segundo o juiz florense, a última manifestação do administrador judiciário chegou ao Fórum no dia 12. Antes disso passou pelo Ministério Público. De agora em diante, o magistrado deve analisar, de acordo com o que está no documento, se é possível ou não prosseguir com o plano de recuperação. A ação também deve passar pela Justiça do Trabalho. “Se a empresa não tiver condições de seguir com o processo de recuperação, será aberta a falência. As indenizações trabalhistas, porém, não são de competência da Justiça. O que está em discussão por nós agora é considerar a continuação ou não dessa recuperação da Metalbus”, explica Laux.

Clique aqui e leia mais sobre o fechamento da empresa.

A recuperação judicial da Metalbus abrange dívidas trabalhistas, tributárias e de fornecedores. No processo de falência, o patrimônio será avaliado e só então a Justiça do Trabalho formará o grupo de credores. “Será analisado, entre outras demandas, se o patrimônio será suficiente e quem irá receber primeiro. A empresa tem uma lista de dívidas”, complementa o juiz. “O que estamos fazendo é o cumprimento da lei. Em 2008, quando o processo de recuperação judicial foi solicitado pela direção da metalúrgica, o pedido foi aprovado pelos credores e homologado pelo Judiciário. Agora precisamos decidir se ele prossegue ou não”, enfatiza.

O jornal O Florense recebe com frequência ligações de trabalhadores da Metalbus em busca de informações – a maioria deles está sem receber salário, 13º, férias e demais benefícios desde setembro do ano passado.


Empresa metalúrgica fechada desde setembro passado tem dívidas trabalhistas, tributárias e com fornecedores. - Camila Baggio
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário