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Pedágio continua e municípios criarão conselho comunitário

Reunião em Porto Alegre entre prefeitos da Serra e representantes da EGR resultou na criação de um grupo de trabalho para definir as prioridades na praça de Flores da Cunha

A reunião entre prefeitos da Serra com a direção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), intermediada pela deputada Marisa Formolo (PT), deve duas definições na manhã desta sexta-feira, dia 28 de junho. A primeira é que a praça de pedágio em Flores da Cunha continua na localidade de São Roque. A segunda é que os prefeitos terão de criar um conselho comunitário para ajudar na definição das prioridades a serem atendidas no posto da localidade de São Roque, em Flores. A primeira reunião para dar andamento ao assunto ocorrerá no gabinete do prefeito florense Lídio Scortegagna (PMDB) na próxima quarta-feira, dia 3 de julho. Lídio encabeça o movimento pela retirada da praça de pedágio do município.

No encontro de hoje participaram os prefeitos, vereadores e secretários de Antônio Prado, Caxias do Sul, Campestre da Serra, Flores da Cunha, Ipê, Nova Pádua e Nova Roma do Sul, além do presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, da deputada Marisa e de representantes de comunidades e entidades como a Associação dos Usuários de Rodovias (Assurcon) da Serra.

Conforme ficou definido, o conselho comunitário a ser formado atuará nas decisões sobre a praça de pedágio de Flores da Cunha, localizada no Km 100 da ERS-122. Na pauta dos prefeitos estiveram a redução de tarifas, a mudança de local da praça, a volta do serviço de guincho e ambulância e a manutenção da estrada. 

O presidente da EGR lembrou que as condições das estradas onde já havia pedágio comunitário, como o de Portão, estão muito melhores. “É preciso deixar claro que todos os recursos que a EGR recebe vão para a manutenção das rodovias. Nada vai para o governo." Segundo Bertotto, até quinta-feira a praça havia arrecadado R$ 179 mil, mas essa amostra não é suficiente para projetar a arrecadação e investimentos até o final do ano. “Precisamos pelo menos 60 dias para fazer um planejamento com base em dados confiáveis”, argumenta.

O presidente também argumentou que não é possível comparar as tarifas da praça de Flores da Cunha com a de Portão, que é comunitária e com cobrança em apenas um sentido. “Pela praça de Flores passam cerca de 3,5 mil veículos por dia nos dois sentidos, enquanto que na de Portão são 20 mil em um único sentido”, citou Bertotto.

Os termos do acordo
- A operação tapa buracos, já iniciada, será mantida.
- Os serviços de guincho e ambulância serão restabelecidos até o final de julho.
- A definição sobre a localização da praça de pedágio de Flores será feita em âmbito regional, por meio do conselho comunitário.
- Os representantes dos municípios envolvidos devem encaminhar à EGR até o final da próxima semana um plano de trabalho do conselho comunitário.
- O conselho comunitário terá como prerrogativa decidir, prioritariamente, investimentos e a localização da praça.
- O grupo cobrará a responsabilidade da concessionária, que deveria ter entregue as estradas com vida útil.
- A EGR terá um prazo de no mínimo 60 dias para a avaliação da receita e cálculo das tarifas.
- A rodovia será recuperada de maneira estrutural no prazo de dois anos, ao custo estimado de quase R$ 9 milhões.

Fontes: EGR e assessoria da deputada Marisa Formolo.

Lídio (E) participou do encontro intermediado pela deputada Marisa com o presidente da EGR. - Claiton Stumpf/Divulgação
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