Pedágio aumenta de valor sem prestação de serviços na ERS-122
Valores reajustados em 34,6% estão em vigor desde o dia 2. Ações mais recentes da EGR no trecho entre Flores da Cunha e Caxias do Sul se resumem às roçadas, enquanto que buracos e desníveis se multiplicam
O mês de outubro iniciou com mais despesas para os usuários de rodovias pedagiadas no Estado. Depois do aumento nos últimos dias no preço dos combustíveis e no gás de cozinha, na segunda-feira, dia 2, foi a vez do valor do pedágio subir nas 14 praças administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Os valores tiveram aumento de 34,6%. As tarifas têm preços variados para veículos de passeio, caminhões e pela quantidade de eixos. Na praça de Flores da Cunha, o valor mínimo de R$ 5,20 que era praticado para veículos de passeio aumentou para R$ 7. A tarifa mais cara passa a ser para caminhões de carga com seis eixos ou mais, que saltou de R$ 18,50 para R$ 24,90.
Segundo o diretor-presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, os preços não eram reajustados há 10 anos. A empresa foi criada em julho de 2012 e passou a operar um ano depois. Antes disso, as praças que eram administradas por concessionárias tiveram as tarifas reduzidas, ao serem absorvidas pela EGR, aos valores praticados em 2007. A recomposição levará as tarifas ao patamar que já era cobrado antes da redução. Para ele, o aumento servirá para melhorar os serviços prestados pela empresa nas estradas, como serviço de resgate e a disponibilização de ambulâncias com investimento de R$ 160 milhões em um ano. A EGR administra 901,3km de estradas.
Argumentos
Na contramão do aumento das tarifas de pedágio andam os investimentos e a manutenção das rodovias pedagiadas. Embora tenha sido recapeado recentemente, quando foram investidos R$ 20,1 milhões, o trecho de 46km entre Caxias do Sul e Antônio Prado começa a apresentar problemas. Em alguns pontos, especialmente entre os Kms 89 e 92, próximo à localidade de São Gotardo, o asfalto apresenta desníveis e surgem rachaduras nos locais onde foram abertas canaletas para drenagem na época da Convias. Além disso, no Km 127, próximo a Antônio Prado, num trecho de 100m na pista para quem transita em direção Flores-Antônio Prado o asfalto cedeu devido ao excesso de tráfego, formando verdadeiras valas.
Se de um lado a estatal espera arrecadar um volume maior com as novas tarifas, por outro, os motoristas tentam de todas as formas desviar esse novo obstáculo que refletirá no bolso do trabalhador. O reflexo pode ser o aumento do fluxo na estrada do desvio do pedágio, a Estrada das Indústrias. Conforme recente levantamento feito pela reportagem do Jornal O Florense, a passagem de veículos na praça de pedágio de Flores no mês de junho foi de 83.410, sendo que 36.828 (44%) foram caminhões de carga com até seis eixos, responsáveis por 59% da arrecadação no período, que foi de R$ 695,9 mil. No entanto, o mês de setembro, o último período antes do aumento, registrou o menor fluxo de veículos desde quando a EGR assumiu a concessão, há pouco mais de quatro anos, com a passagem de 78.638 veículos, incluindo carros de passeio, caminhões, ônibus e utilitários. Do total, 43.347 (45%) foram veículos de passeio e 33.201 (42%) caminhões de carga.
As novas tarifas
Veículos de passeio e utilitários com 2 eixos: R$ 7,00
Veículos comerciais com 2 eixos: R$ 8,20
Veículos comerciais com 3 eixos: R$ 12,40
Veículos comerciais com 4 eixos: R$ 16,50
Veículos comerciais com 5 eixos: R$ 20,70
Veículos comerciais com 6 ou mais eixos: R$ 24,90
Veículos de passeio e utilitários com 2 eixos e reboque com 1 eixo: R$ 10,50
Veículos de passeio e utilitários com 2 eixos e reboque com 2 eixos: R$ 14,00
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