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Patrimônio da vinícola desativada Sulvin será leiloado para o pagamento de dívidas

Valor mínimo do lance do primeiro encontro, a ser realizado em 2 de dezembro, é de R$ 1,8 milhão

No dia 2 de dezembro será realizado um leilão com bens da Vinícola Sulvin, que faliu e encerrou suas atividades há quase quatro anos. O ato ocorrerá no Fórum de Flores da Cunha a partir das 10h30min. Os bens que serão leiloados, juntos, são avaliados em mais de R$ 1,8 milhão, conforme edital divulgado na semana passada.

Segundo o escrivão judicial Gilmar José Andrzejewski, apenas em Flores da Cunha tramitam cerca de 70 ações de execução de cobranças contra a Sulvin. Ações trabalhistas foram encaminhadas para varas do Trabalho de Caxias do Sul. Andrzejewski não sabe informar o valor total de todos os processos que tramitam em Flores, mas acredita que as dívidas da empresa superem R$ 1,8 milhão.

Os bens em questão são o terreno localizado em Otávio Rocha com salão de eventos, uma casa de madeira, uma base para tanques viníferos, sala de balança e benfeitorias.

O leiloeiro responsável, Claudiomar Silveira, explica que na primeira tentativa os bens podem ser adquiridos a partir do valor da avaliação. No caso de não haver interessados um novo leilão será realizado em 16 de dezembro, no mesmo local e horário, com lances a partir de 60% do valor de avaliação. Caso não haja interessados, o processo é remarcado e novo edital é lançado.

Silveira explica que no processo não há registros de causas trabalhistas julgadas. O valor recolhido no leilão será pago aos autores que tiverem sentença favorável seguindo hierarquia de preferência: primeiro as ações trabalhistas, depois as de execução fiscal e, por último, o pagamento a terceiros, grupo que inclui fornecedores de uva. Não podem participar do leilão familiares do leiloeiro, depositários judiciais e funcionários do Poder Judiciário.

Em 2010 o jornal O Florense tentou produzir uma reportagem após ser informado sobre a falta de pagamento a produtores que entregaram uvas na Sulvin. Contudo, a matéria não foi publicada pelo fato de um dos sócios, Neimar Godinho, citado no edital do leilão a ser realizado em Flores da Cunha, não ter se manifestado sobre o assunto.

Área de 1,5 hectare está abandonada desde o final de 2008 no distrito de Otávio Rocha. - Camila Baggio
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