Geral

Desde a antiguidade o relógio é utilizado como medidor do tempo. É uma das mais antigas invenções humanas e ao longo dos séculos foi mudando de formato e estilo. Dos relógios medidos pelo sol foram evoluindo até chegarem ao formato digital. Foi pensando nisso que o Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi está com a exposição temporária Tic Tac do Despertar. A mostra pode ser vista na sala de exposições do Museu até o dia 13 de maio. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min, e das 13h às 17h30min. Já as visitas em grupo devem ser agendadas antecipadamente pelo telefone 3292.2777. A exposição reúne cerca de 30 relógios antigos. A maior parte da coleção pertence ao acervo do Hotel Fiório e alguns dos objetos são próprios do Museu Municipal. Quem visitar a mostra poderá conferir relógios de diversos países, como França, Alemanha, China, Suíça, Grã Bretanha, Tchecoslosváquia, Itália, Brasil, entre outros. Na mostra há também um relógio despertador datado de 1910, relógios de bolso e de parede. Os objetos pertencem às décadas de 1940 a 1970. Conforme o coordenador do Museu Municipal, Eloi Triaca, o espaço para as exposições está sendo reaberto num outro ambiente do Museu – a antiga sala de exposições está sendo ocupado pelo Telecentro Digital – e veio para dar continuidade as mostras. “Estamos já agendando e planejando novas exposições para os próximos meses”, destaca. A exposição temporária tem entrada franca. O relógio através dos tempos O primeiro aparelho medidor do tempo que se tem conhecimento está datado de 3500 a.C. Eram os obeliscos, utilizados como relógios de sol rudimentares. Este é apenas um dos muitos métodos que foram usados no passado para medir o tempo. Outros métodos são: a observação das estrelas, os relógios de água e areia, e outros engenhos que com maior ou menor acerto fazem parte de um percurso que continuou até aos nossos dias. Todos os relógios funcionam seguindo um princípio semelhante, que consiste em contar um ciclo regular que permite medir o tempo. Dito de outra forma, a medição do tempo consiste na comparação de um evento fixo com outros que usualmente desconhecemos. Na antiguidade usavam-se como pontos de referência para a medição do tempo os acontecimentos naturais como, por exemplo, a duração do dia ou a observação dos astros. Por vezes a medição não era destinada a determinar a hora do dia mas mostrava determinados eventos que interessavam aos nossos ancestrais como, por exemplo, os solstícios. Outros relógios, em vez de se fixarem num acontecimento externo usam um mecanismo próprio com uma duração constante. Um dos primeiros aparelhos deste tipo foi criado pelos egípcios cerca de 1400 anos a.C., e denomina-se clepsidra ou relógio de água. O seu princípio consiste no fato de uma determinada quantidade de água necessitar sempre do mesmo tempo para passar gota a gota de um recipiente para outro. Os egípcios além de clepsidras utilizaram relógios de sol para a medição do tempo. Um destes relógios, datado do século VIII a.C., ainda se conserva no Egito. Outras civilizações utilizaram objetos simples de forma engenhosa como, por exemplo, na civilização chinesa onde queimava-se uma corda com nós regulares e observavam o intervalo de tempo necessário para que o fogo passasse de um nó ao seguinte. Em 1595, Galileu Galilei decobriu a Lei do Pêndulo. Os relógios mecânicos apareceram no Século XIII, sendo bastante inexatos e em muitos casos aparatosos. Com os relógios mecânicos surge uma grande variedade de técnicas de registro da passagem do tempo. Os relógios deste tipo podem ser de pêndulo, de quartzo ou cronômetros. Os primeiros relógios utilizados foram os de bolso. Eram muito raros e tidos como verdadeiras joias, pois somente a alta aristocracia os possuía. Projeta-se a invenção dos relógios de pulso a Santos Dumont, no fim do Século XIX.