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Para auxiliar a formação de leitores

Feira do Livro de Flores da Cunha começa hoje, dia 13, na Praça da Bandeira, com a presença do patrono Henrique Schneider e homenagem ao escritor Flávio Ferrarini

A festa da literatura florense abre hoje, dia 13, a partir das 19h, na Praça da Bandeira. A 39ª edição da Feira do Livro se estende até 19 de maio com uma programação que contempla Mostra Cultural Taliana, peças teatrais, apresentações diversas, visitas das escolas, e claro, os anfitriões do evento: os livros. Quatro livrarias (editoras Ediouro e Correa e livrarias Almanaque Cultural e Clássica) estarão com vendas promocionais e descontos durante as próximas semanas (veja a programação abaixo). 

Uma das atrações do evento serão os bate-papos com o patrono Henrique Schneider. Natural de Novo Hamburgo, desde jovem Schneider teve aproximação com a literatura. Ao lado das brincadeiras, estavam os livros e as revistas. “Comecei a escrever muito cedo, aos sete anos já tinha escrito meu primeiro poema. Escrever é vital”, conta. 

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do RS (UFRGS), publicou seu primeiro livro ainda na faculdade, Pedro Bruxo. Depois, vieram O Grito dos Mudos (vencedor do Prêmio Maurício Rosemblatt), A Segunda PessoaContramãoAvenida de HistóriasNovo Hamburgo – A Cidade se Revela (obra compartilhada com fotógrafos), A Vida é Breve e Passa ao LadoO Tempo Quase e Respeitável Público
Além dos livros individuais, participou de diversas antologias. Possui textos publicados na Espanha, México e Argentina e, desde 2007, realiza leituras públicas e gratuitas dos contos da coluna Vida Breve, do jornal ABC Domingo

Confira uma pequena entrevista com Henrique Schneider sobre a importância da Feira do Livro, leituras indispensáveis e escritos.

O Florense: O que significa para você ser patrono da 39ª Feira do Livro de Flores da Cunha?
Henrique Schneider:
 É, ao mesmo tempo, uma emoção, uma alegria, uma honra e uma responsabilidade. Emoção porque não há maior homenagem a um escritor do que a condição de patrono de uma Feira do Livro. Alegria porque a mistura de livro e praça, livro e rua, livro e árvore, livro e gente, livro e criança – isso tudo é uma alegria só. Honra porque ao meu lado, na condição de escritor homenageado, está o ótimo poeta Flávio Ferrarini, precocemente falecido, e cuja ótima obra mereceria mais amplitude do que já tem. E responsabilidade porque feiras devem ter o papel de auxiliar na formação de leitores – e o patrono precisa estar consciente deste papel.

O Florense: O que lhe despertou a vontade de escrever?
Schneider:
 Fundamentalmente, logo cedo, foi a minha ainda mais antiga condição de leitor. Sempre fui um apaixonado pela leitura (gibis, revistas, livros – tudo isso povoou minha infância, que também foi cheia de campinhos de futebol, joelhos ralados, jogo de taco e tudo o mais de direito...) e a possibilidade da criação de uma espécie de mundo fora do mundo, da vida inventada além da vida vivida, sempre foi uma maravilha para mim. Além disso, inconscientemente, acho que me moveu a vontade de alguma forma tocar corações e mentes das pessoas – a literatura faz isso, tem este poder.

O Florense: Em sua opinião, qual o papel de uma Feira do Livro?
Schneider:
 O Rio Grande do Sul é pródigo em Feiras do Livro. E a maioria delas acontece em praças, em locais abertos que privilegiam o ir e vir. Isso é ótimo. Uma Feira do Livro tem o papel de incentivar a boa leitura. Mas isso só acontece se algumas condições também acontecerem: a existência de um bom trabalho de incentivo pré-feira e pós-feira, garantindo que a Feira em si não seja algo isolado; bons preços; variedade de títulos e assuntos, garantindo que a pessoa que vá uma vez à feira tenha vontade de voltar.

O Florense: Que obras o senhor considera indispensável para a leitura dos jovens?
Schneider: 
Minha literatura é mais adulta, por isso tenho certa dificuldade para responder esta questão. Mas acho sempre boa a literatura que sai do lugar comum, da ‘moda’ e incentiva o pensar. Porque é isso: literatura é sempre ponto de partida, nunca ponto de chegada – o meu texto só se completa com a leitura e a interpretação do leitor.


Capa temática d‘O Florense desta sexta-feira. O jornal é apoiador da Feira do Livro.

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Programação

13 de maio – Sexta-feira
19h – Abertura da Feira do Livro com a presença do patrono Henrique Schneider, autoridades e entidades. Apresentação do Coro Municipal e homenagem ao escritor Flávio Ferrarini.

14 de maio – Sábado
8h – Visita dos alunos das séries iniciais das escolas municipais. 
– Bate-papo com o patrono Henrique Schneider.
– Animação cultural com Roger de Castro.
– Peça teatral Cadê o Circo, da Cia da Garagem.
16h – 8º Festival de Coros e Canarinhos de Flores da Cunha, Bento Gonçalves, Garibaldi e Farroupilha.
18h – Mostra Cultural Taliana (gastronomia, jogos e exposições).
20h30min – Grupo Vocal Alegro: show Cantare e Balare.

15 de maio – Domingo
15h – Apresentação da Equilíbrio Escola de Dança.
16h – Apresentações da Associação dos Produtores de Arte e Cultura (Apac), grupo Herança Cultural Capoeira, Dança do Ventre – Maisa Von Dentz, grupo DançArte, banda TriHull e acústico Dom Glayber de Souza.

16 de maio – Segunda-feira
8h – Bate-papo com o patrono Henrique Schneider.
– Visita das escolas municipais (6º e 7º anos).
– Bate-papo com o escritor Antonio Schimeneck.
– Animação cultural com Roger Castro.
– Peça teatral Um por Todos, da Cia da Garagem.
13h30min – Visita das escolas estaduais e particular (anos iniciais).
– Bate-papo como o patrono Henrique Schneider.
– Bate-papo com o escritor Eliandro Rocha.
– Animação cultural com Roger de Castro.
– Peça teatral Cadê o Circo, da Cia de Garagem.
– Visita dos alunos do EJA
20h – Bate-papo com o jornalista do jornal Zero Hora e da RBS TV Tulio Milman (parceria com o Centro Empresarial Jovem).

17 de maio – Terça-feira
8h – Visita dos alunos das escolas estadual e particular (6º e 7º anos).
– Bate-papo com o patrono Henrique Schneider.
– Peça teatral Um por Todos, da Cia da Garagem.
– Bate-papo com o escritor Antonio Schimeneck.
– Animação cultural com Roger de Castro.
13h30min – Visita das escolas estaduais (anos iniciais).
– Peça teatral Cadê o Circo, da Cia de Garagem.
– Bate-papo com o patrono Henrique Schneider.
– Bate-papo com o escritor Antonio Schimeneck.
– Animação cultural com Roger de Castro.
– Circuito Acústico ATL – programação com a rádio Atlântida 105,7 FM.

18 de maio – Quarta-feira
8h – Visita dos alunos das escolas municipais e da Apae (séries finais).
– Peça teatral Um por Todos, da Cia da Garagem.
– Bate-papo com o escritor Antonio Schimeneck.
– Animação cultural com Roger de Castro.
13h30min – Visita de alunos do ensino médio.
– Peça teatral Um por Todos, da Cia da Garagem.
– Animação cultural com Roger de Castro.
20h – Show MagicOz.

19 de maio – Quinta-feira
8h – Visita de alunos do ensino médio.
– Animação cultural com Roger de Castro.
13h30min – Visita das escolas municipais e particulares (educação infantil).
– Peça teatral Cadê o Circo, da Cia de Garagem.
19h30min – Cine Solaris: filme Diminuta (com cenas filmadas em Flores da Cunha e com atuação do ator Reynaldo Gianecchini).

Exposições permanentes
– Traçando Histórias – Ilustrações da literatura infantil e juvenil.
– Mostra Simões Lopes Neto.

Henrique Schneider é o patrono do evento deste ano. - Thaís Lehmann/Divulgação
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