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Pais preocupados com brigas de estudantes

Dois registros policiais ocorreram na Escola Estadual Frei Caneca na última semana

Brigas constantes e insegurança no ambiente escolar têm deixado os pais dos alunos da Escola Estadual Frei Caneca preocupados com a situação. Na última semana, foram registradas duas brigas entre estudantes e adolescentes (não alunos da instituição) na saída do período escolar. Os fatos acabaram sendo registrados em boletim de ocorrência pela Brigada Militar. Um deles, ocorrido no dia 20, por volta das 17h30min, aponta uma briga entre os estudantes. Conforme a ocorrência, um aluno teria sido agredido por outros três estudantes e um ex-aluno. Eles teriam desferidos chutes e ameaçado o jovem em outra ocasião. Relatos apontam que um dos jovens estaria armado com um revólver. A briga teria sido apartada por uma professora e um motorista. Em outro registro, no dia 21, a BM foi acionada já que um estudante estaria na escola portando uma faca. Ambas as ocorrências não foram divulgadas para a imprensa.

De acordo com o pai de um aluno do 7º ano e que procurou o Jornal O Florense, a situação mostra-se preocupante e tem deixado os pais apreensivos. “Queremos providências para que isso não se repita. Pensamos em contratar um segurança na hora da saída, mas a diretora comunicou que a instituição não possui verbas para esse tipo de gasto. É complicado saber que nossos filhos estão em um ambiente assim. A escola é o único lugar onde não deveria ocorrer esse tipo de violência”, desabafa o pai.

Nesta terça-feira, dia 27, a Escola Frei Caneca reuniu os pais dos estudantes do 6º, 7º e 8º anos para uma palestra com o promotor Stéfano Lobato Kaltbach. Segundo Kaltbach, a ideia da reunião com alunos e responsáveis é identificar os estudantes envolvidos com atos de agressão e aplicar as medidas necessárias, bem como aqueles que, não sendo alunos da escola, se aproximam “para tumultuar de algum modo”. “Para que isso se resolva também vamos precisar do auxílio da Brigada Militar para monitorar o local”, enfatiza o promotor.

De acordo com o promotor, embora tenham aumentado situações de violência nas escolas, esse é um fenômeno isolado. “Em Flores da Cunha ainda é bastante pontual. Não há notícias que esses fatos tenham se repetido. Há um ou outro caso e envolve apenas determinados adolescentes. Penso que ainda é possível atacar pontualmente”, declara.

Conforme a vice-diretora da escola, Raquel Mainardi, desde 2016 a instituição vem realizando algumas medidas de proteção. “Antes, quando o sinal batia, todos os alunos aguardavam seus transportes na calçada da escola. Agora, a direção está prontamente cuidando e conforme os ônibus chegam os alunos são liberados”, explica. Segundo ela, como a calçada é um local público, não existe a possibilidade de impedir a chegada de outros jovens, que não estudam na escola. “Sempre estamos em contato com a Brigada Militar que, quando necessário, passa pela escola”, afirma.

 - Gabriela Fiorio
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