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Pai que matou filho vai a júri popular segunda

Cleomar da Silva será julgamento por homicídio qualificado e atentado violento ao pudor

Um dos crimes de repercussão estadual registrado nos últimos anos e que chocou a comunidade florense, no final de 2007, poderá ter o capítulo final na próxima segunda-feira, dia 31, quando Cleomar da Silva, 22 anos, sentará no banco dos réus. Silva foi indiciado por homicídio qualificado e atentado violento ao pudor contra um de seus filhos gêmeos, Kauê Fernando Rodrigues dos Santos, na época com um ano e quatro meses. O crime ocorreu dia 2 de dezembro de 2007, em Otávio Rocha. Se condenado, o acusado pode pegar uma pena que somada deve ultrapassar a 40 anos de prisão. O réu se encontra recolhido no Presídio Central de Porto Alegre. O julgamento está marcado para às 10h, no salão de júri do Fórum de Flores da Cunha. De acordo com a denúncia, Cleomar da Silva foi indiciado com base nos artigos 121 (homicídio qualificado por asfixia), artigo 214 acumulado com o artigo 224, e artigo 226, (atentado violento ao pudor praticado contra ascendente menor de 14 anos), todos do Código Penal (CP). Na época dos fatos, num primeiro momento Cleomar negou participação no crime, alegando que o filho havia se engasgado com leite e bolacha. No entanto, em depoimento na Polícia Civil, além de confessar que matou a criança, disse ter abusado sexualmente do menino. Segundo ele, as agressões teriam ocorrido no momento que sua companheira e o outro filho estavam no pátio da casa, e ele levou Kauê para o quarto para dar mamadeira, e o choro do bebê o irritou. Por isso, passou a agredi-lo. O assassino revelou que com uma das mãos segurou no pescoço do menino e com a outra desferiu diversos tapas no rosto, na cabeça e no peito do filho, até não se mexer mais. Em seguida, abusou da criança. O menino foi encaminhado ao Hospital Fátima da cidade, mas chegou sem vida. De acordo com o laudo pericial, Kauê morreu vítima de asfixia mecânica (esganamento) e hemorragia interna. A perícia apontou ainda lesões no couro cabeludo, além de fratura no braço esquerdo. O julgamento está marcado para as 10h de segunda-feira, dia 31, e será presido pela juíza Tânia Cristina Dresch Buttinger, enquanto o promotor de justiça Stéfano Lobato Kalbach atuará na acusação. Na defesa do réu estarão atuarão os defensores públicos Danusa Cecatto e Rafael Raphaeli.
Processo que envolve o assassinato de menino é composto por três volumes com 420 páginas. - Na Hora / Antonio Coloda
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