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O mercado de locação de salas comerciais parece estar retomando o fôlego neste início de ano, em Flores. É o que acreditam os representantes das imobiliárias consultados pela reportagem, que apostam no otimismo dos empreendedores em relação à economia para fechar novos contratos. Um cenário bem diferente ao mostrado pelo Jornal O Florense em fevereiro de 2017, quando as placas de “aluga-se” proliferavam-se em praticamente todas as principais ruas da cidade. Agora, as poucas ofertas restringem-se a áreas mais afastadas do Centro. “Estamos alugando salas que estavam ‘encalhadas’ há anos. Só esta semana alugamos três imóveis. O pessoal está mais animado, vendo uma luz no fim do túnel. É um bom sinal”, avalia o proprietário da Imobiliária Francescatto, Oscar Francescatto, que está no mercado há mais de 30 anos. Ele acrescenta que a renegociação do valor do aluguel tem sido a alternativa para os proprietários manterem os espaços ocupados. “Todo mundo tem que ceder um pouco, mas alguns donos são teimosos e não querem baixar o preço”, afirma.

O engenheiro civil Fernando Veadrigo, da Nós Empreendimentos, também analisa positivamente os primeiros dias de 2020. “Percebemos uma procura maior, desde o fim do ano passado. As pessoas querem abrir um negócio próprio, e a locação tem sido a melhor alternativa. Também temos tido procura por lojas de Caxias que buscam um ponto em Flores”, afirma, citando a maior confiança na geração de empregos e renda entre os fatores que impulsionam este movimento.

Uma rápida circulada pelas ruas mostra que somente salas de grande porte, geralmente em bairros, exibem placas anunciando locação. As menores estão praticamente todas ocupadas.

“O ano de 2019 fez muitas pessoas colocarem o nariz para fora, e alguns setores representaram crescimento expressivo, incluindo o comércio. Tivemos também um aumento no número de associações e consultas, o que mostra que a economia, mesmo lenta, mostra sinais de recuperação. É evidente que esse ambiente reflete na abertura ou locação de novos espaços. Estamos otimistas de que, a partir do segundo trimestre, a economia tenda a aquecer com movimentação nas vendas, retomada do consumo e a retomada da iniciativa empreendedora”, avalia o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Jásser Panizzon.