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Otávio Rocha: Necessidades e reivindicações

Mesmo sendo bastante independente, comunidade precisa de atenção

Otávio Rocha cresceu por si só, através de uma comunidade unida e que via a força da localidade. Com grande potencial turístico, Otávio Rocha se tornou uma rota visitada por muitos, pelas suas belas paisagens, pelas peculiaridades da localidade e, principalmente, pela gastronomia. 
“Hoje Otávio Rocha necessita de um olhar mais cuidadoso quanto a infraestrutura para recepcionar melhor seus visitantes”, relata o presidente do Roteiro Turístico Micael Molon. Entre os locais elencados por ele que precisam de atenção estão os banheiros públicos, o prédio da Subprefeitura e a Vinícola Slaviero. 
E estas deficiências são elencadas por diversos moradores da localidade, inclusive o presidente da Associação dos Amigos de Otávio Rocha e vereador, Ademir Barp. “Precisamos de medidas urgentes que impeçam a continuidade da degradação do prédio da Vinícola Slaviero, patrimônio histórico, que está sob a guarda da prefeitura municipal de Flores da Cunha, e a restauração do prédio da Subprefeitura, que abriga o Museu Padre Alberto Lamonatto, que também está em avançado estágio de degradação”, afirma. 
Outra necessidade da comunidade é a construção de ciclovia entre Otávio Rocha e Linha 60, para dar abrigo às dezenas de ciclistas que percorrem o trecho, principalmente no final de semana. 
Mas, um aspecto negativo ronda Otávio Rocha: o fechamento de inúmeras vinícolas que foram desaparecendo com o tempo, entre elas a Slaviero, a primeira grande engarrafadora de Flores da Cunha, e outras como Conte Agroindústria Ltda, Vinícola Manosso Ltda, Vinícola Dani Ltda, Vinícola Caldart Ltda.
O subprefeito da localidade, Bruno Debon, também afirma que a comunidade pede mais atenção do órgão público para as estradas de chão, escoamento de produção, transporte público e embelezamento do distrito. Além dessas questões, Debon destaca a construção de dois pórticos. 
Os jovens, que darão andamento a tantas evoluções de Otávio Rocha, também relatam as necessidades da comunidade. “Para que o crescimento prossiga, precisamos de maiores incentivos em infraestrutura e desenvolvimento, isto é, melhores acessos e vias asfaltadas, bem como abertura de novas quadras que possam atrair novos moradores e principalmente negócios. A comunidade, e o próprio turista que nos procura, precisa de acesso a serviços bancários, farmácia e comércios variados com maior facilidade, que no momento estão escassos”, elenca a presidente do Jucri, Kelen Molon.

João Slaviero e Cia Ltda

Flores da Cunha poderia ter tido seu desenvolvimento e área central no distrito de Otávio Rocha. Isto se deve à Cantina Slaviero, fundada em 1958 - João Slaviero & Cia Ltda. O empreendimento teve a participação de 35 agricultores como sócios. O objetivo da Cantina Slaviero era engarrafar na origem vinhos de viníferas com um padrão internacional. Com seu jeito amável, também atraiu centenas de lideranças políticas à visitação de sua propriedade e nos estandes dos ‘Vinhos Slavieros’ nas festas da Uva, de Caxias do Sul. A produção na época chegava a um milhão de litros. Chegou a ocupar a oitava posição, em 1961, no ranking gaúcho. Com uma visão empreendedora, João foi um dos primeiros a abrir as portas para o enoturismo. Para poder recepcionar os visitantes de diversos estados brasileiros construiu, em 1956, uma pequena pousada de madeira junto à Granja São Mateus. Começou ali um empreendimento que deu resultados positivos. Dois anos depois, inaugurou o Hotel Otávio Rocha, no centro da vila, dando o pontapé inicial ao enoturismo na região.

Subprefeitura

Foi em janeiro de 1935 que foi iniciada a construção do prédio da Subprefeitura de Otávio Rocha. A firma vencedora da licitação foi a Companhia Construtora Caxiense, durante o governo do prefeito Heitor Curra. O telhado apresenta-se com quatro-chuvas, que permite a ocupação total dos espaços embaixo do telhado. No subsolo funcionou, de forma precária, uma cadeia. O prédio serviu ainda de residência dos subprefeitos, uma vez que no início da administração muitos eram originários de outras localidades. Hoje, o prédio acolhe além dos serviços administrativos, Posto dos Correios e o Museu Pe. Alberto Lamonatto. O mesmo é composto por rico acervo de licores e objetos antigos da imigração italiana. 
 

 - Arquivo O Florense
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