Geral

Símbolo do “bairrismo italiano”, característica transportada incólume a bordo dos navios, na Itália, cada pequena comunidade exibia as suas torres. No Brasil, a rivalidade entre as comunidades se manifesta na altura dos campanários, que mostram a união dos moradores e a qualidade de vida das famílias. 
Os moradores do Trav. Marcolino Moura, 10ª Légua da Colônia Caxias, edificaram na pequena localidade de “Marcolina”, ainda no início do ano de 1900, uma das primeiras igrejas de alvenaria da região. A partir de 1904, passa a participar do 4º distrito de Nova Pádua, do município de Caxias. Graças à fartura dos vinhedos, compraram sinos. A partir de 1919, uniram-se para construir um campanário e foi estabelecido uma taxa de 8%, 6% e 4% sobre a produção de vinho para custear a construção. Essa taxa terminou em 1925. Em 10 de março de 1919, foi contratada a construção do campanário com Luiz Segalla (a parte de pedra). Em 10 de novembro de 1919, foi dado a bênção à pedra angular. Medindo 35 metros de altura, dos quais 25 em pedra, tem no seu topo uma estátua de Cristo Redentor, tendo sido executada por Michelangelo Zambelli, em cimento, medindo 2,80 metros.  
A torre foi inaugurada em 22 de maio de 1921, com invulgar solenidade. 
Os sinos foram denominados de Pierina, doado por Pietro Molon; Romana, por Romano Galiotto e o outro, refundido em 1960, perdeu o nome para a história.
Um Campanário, mais que uma obra, é a representação da união de uma comunidade.  

Modelo arquitetônico
É interessante destacar, pelas imagens recuperadas, a semelhança entre os campanários do Santuário de Caravaggio e o de Otávio Rocha. A Torre de Caravaggio foi construída em 1900, e nas fotos observa-se a evolução do mesmo, tendo ficado um tempo sem a parte de cima da parte de pedra e posteriormente recebeu uma estátua de um anjo. Em Otávio Rocha, recebeu a estátua de Cristo Redentor, antes da inauguração da famosa estátua do Rio de Janeiro, que teria sido inaugurada em 12 de outubro de 1931.