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Ordem de despejo à União pela Vida Animal

Falta de pagamento de alugueis é motivo alegado por proprietário da chácara localizada em São Caetano

A União Pela Vida Animal (Upeva) de Flores da Cunha recebeu uma ordem judicial para desocupar a chácara na localidade de São Caetano, que abriga cerca de 150 animais abandonados. O proprietário do espaço encaminhou ação contra a ONG e contra a prefeitura pelo não pagamento dos alugueis desde março de 2009 – valor total de R$ 19,9 mil. Há tempo hábil para a Upeva recorrer.

O advogado da entidade, Elenílson Ballardin Moraes, argumenta que a defesa será apresentada para evitar o despejo. “A única solução para evitar isso é a quitação do débito. O contrato de aluguel daquela chácara foi feito entre o proprietário e a prefeitura. Não foi a Upeva que deixou de pagar”, sustenta Moraes.

O secretário da Saúde de Flores da Cunha, Moacir Matana, avisa que o poder público pretende liberar uma verba para regularizar a situação. Ele salienta que existe uma nova área destinada aos animais da Upeva – Capela Medianeira. Para o mesmo local será transferido o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que atualmente fica junto à Mineração Florense e abriga outros 80 animais.

Na próxima semana o secretário avisa que será feita uma reunião para definir a forma de doação do novo espaço. Por meio de nota emitida pela assessoria da prefeitura, foram informados alguns valores investidos em cuidados com os animais abandonados no município – em 2011, foram R$ 22,1 mil com manutenção do CCZ e outros R$ 3,7 mil com alimentação (ração para gatos e cachorros). Desde 2008, o poder público aplicou mais de R$ 138 mil no Centro de Zoonoses.

Na mesma nota da prefeitura consta que a Upeva recebeu em 2009 um repasse de R$ 30 mil. Outros R$ 10 mil foram destinados para castrações e compra de ração. Em 2010 o montante total cedido foi de R$ 19,5 mil. Em 2011, mais R$ 3,7 mil. A presidente da entidade, Justina Salvador, lamenta o ocorrido e espera que a situação seja resolvida o mais breve possível. “Estou preocupada com essa ação de despejo. Há anos estão fazendo isso conosco”, desabafa a empresária voluntária.



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