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A bela manhã de sol e temperatura agradável registrada nesta quinta-feira, dia 8, levou milhares de pessoas ao largo da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes para acompanhar a tradicional Missa de Corpus Christi, que culminou com a procissão do Santíssimo sobre os tapetes de serragem colorida.

Em uma cerimônia repleta de significado, o pároco Frei Jadir Segala proferiu: “Hoje celebramos uma das maiores festas da Igreja, para isso colocamos toda nossa emoção, carinho e devoção ao Santíssimo no tapete onde Ele vai passar. Para isso, descrevemos a nossa história, a história de Flores da Cunha, com o tema da Vindima, falando da colheita, do trabalho, do amor que os nossos agricultores tiveram e que hoje nós celebramos na festa da Vindima. Aquela mão calejada, aquela mão machucada que recebe a Eucaristia é a mão daquele que construiu a história dessa nossa caminhada”. E completou, provocando uma reflexão aos fiéis: “Não esqueçam que Deus caminha sempre conosco, e esse caminho de amor de Deus para conosco, Jesus retrata na Eucaristia, quando Ele nos dá a maior prova de amor: entrega-se de corpo para que possamos tornar isso comunhão, para que a gente possa tornar-se um pouco desse Cristo”.

Pessoas vindas de diversas partes do país e, até mesmo, do exterior, estiveram no município acompanhando a celebração e prestigiando os tapetes. De acordo com a Brigada Militar, cerca de 8 mil pessoas participaram da celebração religiosa e conforme estimado pela prefeitura municipal um público de mais de 20 mil pessoas visitarou Flores da Cunha nesta quinta-feira, dia 8. É o caso do estofador caxiense, Gilberto Binotti, de 54 anos, que veio pedalando e aproveitou a pausa para apreciar as obras. “Já tinha vindo, mas faz muitos anos. Aproveitei o dia para ‘dar uma pedalada’ e ver os tapetes, estou descansando, daqui a pouco vou voltar para casa. Está tudo muito bonito, um trabalho excelente. Com certeza pretendo voltar”, enaltece.

A data também foi aproveitada pelo casal de Caxias do Sul, Juliano e Lucimara Oliveira, de 41 e 45 anos, que estavam acompanhados da pequena Juliana Manuela Oliveira, de 3 anos. “Todos os anos a gente vem. A nossa filha nunca faltou, ela vem desde a barriga da mãe”, declaram, elogiando o trabalho realizado pelos voluntários. Opinião compartilhada por outro casal caxiense, Eduardo e Ivanete Silvestro, de 50 e 48 anos, que visitam a cidade pelo terceiro ano no feriado: “Estamos achando bem legal, dessa vez levamos o pai e a mãe, Inês Zanardi Pistore e Modesto Pistore, que nunca tinham vindo. A gente gosta, todo ano tem alguma coisa diferente para ver, se inspirar, o ambiente aqui é bom, tem energia boa”, enaltecem.

De Arroio do Meio, a família de Plínio Hammes, de 57 anos, prestigiou o evento pela primeira vez. “Tivemos que sair às 6h para poder chegar aqui, essa é a primeira vez que viemos”, conta, acrescentando que ter acordado cedo valeu muito a pena.

E o município também contou com a presença internacional do italiano Lino Bonomo, de 81 anos, que reside em Flores da Cunha desde novembro de 2022. Ele aproveitou o momento para registrar os tapetes e mostrar para sua filha, Raquele, de 20 anos, que mora na terra natal. “Lá é parecido com aqui, aqui é a Itália. Eu só conheço Corpus Christi na Itália, lá eles fazem um tapete só, com o rosto de Nossa Senhora, não é como aqui que tem vários. É a primeira vez que eu vejo em Flores da Cunha e estou achando lindo”, empolga-se.